quinta-feira, 16 de maio de 2013

Não medite para consertar a si mesmo

“Não medite para consertar a si mesmo, para se curar, para melhorar ou para se redimir: em vez disso, faça como um ato de amor, de profunda e afetuosa amizade consigo mesmo.

Dessa maneira não existe a menor necessidade da sutil agressão do auto-aperfeiçoamento nem da infinita culpa de não estar fazendo o suficiente. Esse jeito oferece um fim para a incessante roda de tentar com tanto esforço que amarra a vida de muitas pessoas em um nó. Ao invés disso agora há a meditação como um ato de amor. Como isso é infinitamente maravilhoso e encorajador.”

~ Bob Sharples, em “Meditation: Calming the Mind”
http://dharmalog.com/2013/05/10/meditacao-como-amor-e-profunda-amizade-consigo-mesmo-sem-ter-que-melhorar-ou-fazer-mais-por-bob-sharples/?utm_source=Assinantes+do+Dharmalog&utm_campaign=1ae5c14e63-RSS_EMAIL_CAMPAIGN&utm_medium=email&utm_term=0_eb93933aad-1ae5c14e63-296231497


Examinemos sinceramente nossa existência...

Como está nossa vida? Quais foram até agora nossas prioridades e o que queremos para o tempo de vida que nos resta?

Somos um misto de sombras e luzes, de qualidades e defeitos. Seria essa uma maneira de ser ideal, um fato inevitável? 

Se assim não for, o que fazer? 

Essas perguntas merecem ser feitas, sobretudo, se sentimos que uma mudança é possível e desejável.

Contudo, no Ocidente, devido às atividades que consomem, da manhã à noite, uma parte considerável de nossa energia, temos menos tempo para nos debruçar sobre as causas fundamentais da felicidade.
Imaginamos que, mais ou menos conscientemente, quanto mais multiplicamos nossas atividades, mais as sensações se intensificam e mais nossa insatisfação é estancada. 

Na realidade, muito são aqueles que, ao contrário, se sentem decepcionados e frustrados com o modo de vida contemporâneo. Sentem-se desarmados, mas não veem outra solução porque as tradições que preconizam a própria transformação estão fora de moda.

As técnicas de meditação visam transformar a mente. Não é necessário atribuir-lhes um rótulo religioso particular. Cada um de nós tem uma mente, cada um pode trabalhar com ela.


O texto a seguir foi extraído do livro, “A arte de meditar”, por Matthieu Ricard, páginas 11-12.


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