sábado, 30 de novembro de 2013

Assassinatos de indígenas no Brasil crescem

Assassinatos de indígenas no Brasil crescem 269% nos governos Dilma e Lula

Publicado . em Denúncia

Integrantes da cúpula petista já contabilizam a crise indígena na conta das falhas de articulação política do governo Dilma, assim como ocorreu com a MP dos Portos
Ricardo Galhardo

São Paulo - Os assassinatos de indígenas no Brasil aumentaram 269% nos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff em comparação com os oito anos do tucano Fernando Henrique Cardoso, segundo dados do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), órgão ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

"Metade dos documentos de posse de terra no Brasil é ilegal"

"Metade dos documentos de posse de terra no Brasil é ilegal"

Publicado . em Meio Ambiente Rural
A afirmação é do geógrafo Ariovaldo Umbelino, para quem o programa Terra Legal permitirá que terras do patrimônio público ocupadas ilegalmente se transformem em propriedade privada
Por Marcella Lourenzetto

geógrafo, pesquisador e professor da USP Ariovaldo Umbelino fala sobre a situação de propriedades que utilizam terras retiradas do patrimônio público ilegalmente, os famosos casos de grilagem, e também se diz contrário ao programa “Terra Legal” do Governo Federal.

civilizações destruídas por mudanças climáticas?

Cinco civilizações destruídas por mudanças climáticas

Publicado . em Mudanças Climáticas
Por Cesar Grossmann

Será que as grandes civilizações do passado desapareceram por causa de mudanças climáticas? Esta ideia não é nova, e estudos recentes mostram que muitos colapsos históricos, ou períodos de guerra e agitação, coincidiram com mudanças climáticas. Porém, o papel destas mudanças climáticas permanece controverso.
 

Você conhece VNV Nation?

VNV Nation é a abreviação de Victory Not Vengeance (Vitória Não Vingança), é uma banda de música eletrônica de Londres que combina elementos de techno, trance e synthpop, dentro do que chamam futurepop.



 https://www.youtube.com/watch?v=7hrHGDv0leY









Illusion

I know its hard to tell
How mixed up you feel
Hoping what you need
Is behind every door
Each time you get hurt
I don't want you to change
Cuz everyone has hopes
You're human after all

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Sobre a Análise do Discurso - Maria Alice Siqueira Mendes e Silva


Sobre a Análise do Discurso




Maria Alice Siqueira Mendes e Silva
FATEC, Ourinhos, SP.
(Mestre em Psicologia pela UNESP/Assis e docente do curso de Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação da FATEC de Ourinhos)
Revista de Psicologia da UNESP, 2005


Resumo: Este artigo tem por objetivo demonstrar o modo como a Análise do Discurso foi se configurando, historicamente, como um campo teoricometodológico que fornece subsídios para a análise de discursos. Norteando-se pelas concepções de Orlandi (1996,1999), Brandão (1986) e Fiorin (1994), destacam-se as principais contribuições do Marxismo, da Psicanálise e da Linguística para esse campo do saber. Ficou demonstrada a contribuição da Análise do Discurso como um instrumento técnico, tanto das pesquisas em Psicologia, como das diversas áreas do conhecimento.

Palavras-chave: Análise do Discurso; Marxismo; Psicanálise; Lingüística 

Koan para meditação



Tanzan e Ekido certa vez viajavam juntos por uma estrada lamacenta. Uma pesada chuva ainda caía, dificultando a caminhada. Chegando a uma curva, eles encontraram uma bela garota vestida com um quimono de seda e cinta, incapaz de cruzar a intercessão.
"Venha, menina!" disse Tanzan de imediato. Erguendo-a em seus braços, ele a carregou atravessando o lamaçal.
Ekido não falou nada até aquela noite quando eles atingiram o alojamento do Templo. Então ele não mais se conteve e disse a Tanzan:
"Nós monges não nos aproximamos de mulheres!! ...especialmente as jovens e belas. Isto é perigoso. Por que fez aquilo?"
"Eu deixei a garota lá," disse Tanzan. "Você ainda a está carregando"...

Você, nas Mãos do Destino


Certa ocasião, um grande guerreiro japonês chamado Nobunaga decidiu atacar o inimigo embora ele tivesse apenas um décimo do número de homens que seu oponente. Ele sabia que poderia ganhar mesmo assim, mas seus soldados tinham dúvidas. No caminho para a batalha ele parou em um templo Shintó e disse aos seus homens:
"Após eu visitar o relicário eu jogarei uma moeda. Se a 'cara' sair, iremos vencer; se sair a 'coroa', iremos com certeza perder. O Destino nos tem em suas mãos."
Nobunaga entrou no templo e ofereceu uma prece silenciosa. Então saiu e jogou a moeda. A 'cara' apareceu. Seus soldados ficaram tão entusiasmados a lutar que eles ganharam a batalha facilmente.
Após a batalha, seu segundo em comando disse-lhe orgulhoso:
"Ninguém pode mudar a mão do Destino!"
"Realmente não..." disse Nobunaga mostrando-lhe reservadamente sua moeda, que tinha sido duplicada, possuindo a "cara" impressa nos dois lados.



quinta-feira, 28 de novembro de 2013

felicidade: voltar ao ponto de partida



Quase todos sonham com alguém que os entenda, que os ouça, que os ampare e inspire, que os anime...
Homens e mulheres esperam por um companheiro(a) que os ajude a prosseguir mais confiantes... por alguém que os faça felizes, cúmplices de seus segredos...
enfim, alguém que os ame e entenda, que sinta sua falta, mas que também respeite seu espaço,...
Não querem mais saber de teorias, de máximas filosóficas, de ferramentas ou de ‘sabidões’ dizendo o que devem fazer...  "basta de conceitos, de disciplinas ou preceitos morais!!"
Estamos cansados! queremos colo!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O que aprendi observando a mente

Num vídeo gravado depois do seu retiro, em visita ao CEBB de São Paulo, e intitulado "O que aprendi observando a mente", Henrique deu um depoimento sobre sua experiência e alguns de seus insights, que abrangem o confronto com os obstáculos da sua vida, sua identidade, suas relações, as maneiras como reagimos aos acontecimentos do mundo e sobre o “caminho espiritual.



FONTE:

domingo, 24 de novembro de 2013

Tédio e zen

 
Vamos admitir. O Zen é um tédio. Você não encontrará uma prática mais maçante e tediosa que o Zazen. A filosofia é árida e nada empolgante. Para mim é incrível que alguém ainda leia esta página. Você não percebe que poderiam estar jogando Tetris, bem agora? Que existem milhões de sites pornôs por aí? Por que você não arranja outra coisa para fazer?

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O sujeito do discurso e a subjetivação



O sujeito do discurso e a subjetivação





O sujeito da Análise do Discurso não é o de Descartes (homem dono de si, consciente de suas ações e capaz de conhecer a verdade por meio da razão), nem o das Ciências Exatas (capaz de explicar o objeto através de um conhecimento imparcial). Não é novidade para nós que o sujeito exterior à realidade pesquisada e que observa o fenômeno com imparcialidade, neutralidade e objetividade é uma ficção. 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Autoconhecimento - Brockwood Park 1978 - Conversa 1



- Khrisnamurti - Autoconhecimento - Brockwood Park 1978


Mooji - A Compreensão do Apego - voltando ao ponto zero

A Compreensão do Apego e “o que fazer” com Ele



“Apenas observe o que aparece de uma posição de neutralidade total, você tem o poder de fazer isso, não é difícil, a maior parte do tempo você já faz isso, você já faz isso com várias coisas, porque você não tem nenhum relacionamento em particular com elas. 
Você pode ver esses dois objetos aqui (mostrando um retrato de Ramana Maharshi e um guardanapo), você pode ver ambos com igual claridade, mas se você tiver um relacionamento diferente com este (mostrando o retrato), então é esse que provavelmente vai lhe causar problemas, não este aqui (mostrando o guardanapo). 
A maior parte das coisas que você vê no mundo não lhe causam problemas, porque você não tem nenhum sentimento especial por elas, você geralmente é perturbado pelas coisas que se tornaram valiosas pra você.” 

 
fonte: dharmalog.com/2013/11/14/para-ver-claramente-e-viver-livremente-por-mooji-nao-se-livre-dos-apegos-apenas-reconheca-o-que-os-observa/



Mooji - Volte para o ponto zero


Trecho de um Satsang com Mooji ocorrido em 02/03/2008 (NOON), em Ubatuba (SP), Brasil. 

"Esteja completamente vazio - jogue tudo fora!

Não tente manter as coisas boas - volte ao ponto zero. 

Não mantenha nenhuma intenção. 

Esteja completamente nu. As emoções podem acontecem; deixe estar, mas não preste muita atenção a nada. Não reprima nada. Permaneça como você é, sem qualquer associação. Não saiba de nada em absoluto. Permita-se simplesmente estar neste momento - nada vai sofrer por causa disso. Não escute a sua mente. Não toque em nenhum conceito." 

 

Este vídeo faz parte do segundo DVD de compilação dos melhores momentos dos Satsangs em Ubatuba, chamado UMA DESCOBERTA REVOLUCIONÁRIA. 

Este e outros DVDs e CDs dos encontros havidos no Brasil podem ser encomendados mandando-se um email para moojibrasil@gmail.com Informações: www.mooji.org

 

Funai faz contato com índios isolados

Agentes da Funai fazem contato com índios korubos, de uma tribo isolada na Amazônia


FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=RUDqf2UDhqk#t=15


Primeiro contato de uma tribo com o homem branco

Primeiro encontro da tribo Toulambi, uma tribo da região Owen Ranmge, em Papua Nova Guiné, com um homem branco (exploradores europeus), ocorrido em 1993, de acordo com o site oficial do jornalista belga Jean-Pierre Dutilleux.

As primeiras reações ao ver um homem branco são emocionantes.


Como seria ver alguém diferente pela primeira vez na vida?

Interessantes cenas, do início até o final: o receio e ao mesmo tempo a curiosidade diante do estranho, o primeiro contato com tecnologias e alimentos aparentemente banais como um simples espelho, uma faca, um gravador, arroz, açúcar etc. São imagens realmente impressionantes.


Esta tribo foi atacada pela malária e praticamente dizimada. Após o contato com os brancos, e com o auxílio da moderna medicina, foi possível fazer cessar a doença, o que permitiu a sobrevivência da tribo.

documentário completo:

https://www.youtube.com/watch?v=J7kqYOsZGJk

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Não ignore a impermanência





Mais uma vez, não ignore a impermanência. O que quer que pareça ser prioritário em sua vida é, na realidade, bastante temporário. Vem e vai. Nada é confiável.
Nascemos sós e nus. Conforme a nossa vida se desenrola, passamos por todas as situações possíveis: necessitar, possuir, perder, sofrer, chorar, tentar… mas depois morremos, e morremos sós. Não fará a menor diferença se fomos ricos ou pobres, conhecidos ou desconhecidos. A morte é o grande nivelador. Em um cemitério, todos os corpos são semelhantes.

armadilhas da meritocracia, num certo país do Terceiro Mundo

Meritocracia, democracia racial e cotas na educação



12/11/13 - Jornal da Cidade - Bauru

No Brasil, desigualdades entre afrodescendentes e brancos ainda são grandes em diversos setores. O polêmico debate sobre a política de ações afirmativas visando o combate à discriminação racial no Brasil tem por base estatísticas reveladoras: negros e pardos ocupam as funções mais modestas e recebem, em média, salário inferior ao dos brancos, mesmo desempenhando as mesmas funções; afrodescendentes com desempenho escolar inferior aos demais; “esquadrões da morte” matando aqui mais negros do que a polícia da África do Sul, durante o regime do Apartheid.

Após a abolição legal da escravidão, uma nova luta ideológico-cultural começou. Para entender a complexidade da questão, é necessário considerar vários fatores. De um dia para o outro, mais de setecentas mil pessoas foram colocadas à disposição de um mercado de trabalho fictício. Parte importante do problema do desemprego estrutural brasileiro nasce daí. Os efeitos contra o afrodescendente se fazem sentir até hoje. Trata-se de um desemprego e subemprego permanentes, que não se minimizou com o fim da escravidão, mas, ao contrário, perpetuou-se. Recentemente, porém, o Brasil optou por reconhecer, após persistente mobilização de minorias étnicas, a existência do racismo, da discriminação e de uma dívida social histórica, já que nem afrodescendente, nem indígenas, foram indenizados pelos séculos de abusos, escravidão e expropriação. Uma vez libertos formalmente, afrodescendentes tampouco tiveram acesso à Educação ou a qualquer tipo de qualificação profissional.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Associações no combate à corrupção

Associações civis tomam as rédeas do combate à corrupção

Gabriela Sales - Hoje em Dia



Montalvânia, vista antes como cidade sem lei, está estancando os desvios de dinheiro público


Usar a força do cidadão para com bater a corrupção é o grande objetivo de grupos populares, cada vez mais comuns, que tentam fiscalizar, denunciar e cobrar punição aos envolvidos em fraudes e desvios de dinheiro público. Organizações não governamentais (ONGs) e associações criadas sem vínculos político-partidários espalhadas pelo país acompanham os trabalhos desenvolvidos por gestores municipais. 
As atividades, que vêm ganhando adeptos em todo o Brasil, começam a dar bons resultados: cassação de gestores, afastamento e prisão de políticos, reparo em obras e até mesmo a devolução de verbas desviadas são alguns dos benefícios de quem dedica parte do tempo para o bem comum: a boa administração pública.

redução da maioridade penal: argumentos pró e contra

Pra que reduzir a Maioridade Penal?

18 razões contra a redução da maioridade penal

 

Grupo lista 18 razões contra a redução da maioridade penal


POR CONGRESSO EM FOCO | 11/11/2013

Movimento composto por mais de 80 entidades faz campanha contra a PEC 33, em discussão no Senado. Para eles, além de inconstitucional, proposta é inviável. Veja os argumentos apresentados:


1°. Porque já responsabilizamos adolescentes em ato infracional
A partir dos 12 anos, qualquer adolescente é responsabilizado pelo ato cometido contra a lei. Essa responsabilização, executada por meio de medidas socioeducativas previstas no ECA, têm o objetivo de ajudá-lo a  recomeçar e a prepará-lo para uma vida adulta de acordo com o socialmente estabelecido. É parte do seu processo de aprendizagem que ele não volte a repetir o ato infracional.
Por isso, não devemos confundir impunidade com imputabilidade. A imputabilidade, segundo o Código Penal, é a capacidade da pessoa entender que o fato é ilícito e agir de acordo com esse entendimento, fundamentando em sua maturidade psíquica. 

2°. Porque a lei já existe. Resta ser cumprida!
O ECA prevê seis medidas educativas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. Recomenda que a medida seja aplicada de acordo com a capacidade de cumpri-la, as circunstâncias do fato e a gravidade da infração.
Muitos adolescentes, que são privados de sua liberdade, não ficam em instituições preparadas para sua reeducação, reproduzindo o ambiente de uma prisão comum. E mais: o adolescente pode ficar até 9 anos em medidas socioeducativas, sendo três anos interno, três em semiliberdade e três em liberdade assistida, com o Estado acompanhando e ajudando a se reinserir na sociedade.
Não adianta só endurecer as leis se o próprio Estado não as cumpre!

3°. Porque o índice de reincidência nas prisões é de 70%
Não há dados que comprovem que o rebaixamento da idade penal reduz os índices de criminalidade juvenil. Ao contrário, o ingresso antecipado no falido sistema penal brasileiro expõe as(os) adolescentes a mecanismos/comportamentos reprodutores da violência, como o aumento das chances de reincidência, uma vez que as taxas nas penitenciárias são de 70% enquanto no sistema socioeducativo estão abaixo de 20%.
A violência não será solucionada com a culpabilização e punição, mas pela ação da sociedade e governos nas instâncias psíquicas, sociais, políticas e econômicas que as reproduzem. Agir punindo e sem se preocupar em discutir quais os reais motivos que reproduzem e mantém a violência, só gera mais violência.

4°. Porque o sistema prisional brasileiro não suporta mais pessoas
O Brasil tem a 4° maior população carcerária do mundo e um sistema prisional superlotado com 500 mil presos. Só fica atrás em número de presos para os Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhões) e Rússia (740 mil).
O sistema penitenciário brasileiro NÃO tem cumprido sua função social de controle, reinserção e reeducação dos agentes da violência. Ao contrário, tem demonstrado ser uma “escola do crime”.
Portanto, nenhum tipo de experiência na cadeia pode contribuir com o processo de reeducação e reintegração dos jovens na sociedade.

5°. Porque reduzir a maioridade penal não reduz a violência
Muitos estudos no campo da criminologia e das ciências sociais têm demonstrado que não há relação direta de causalidade entre a adoção de soluções punitivas e repressivas e a diminuição dos índices de violência.
No sentido contrário, no entanto, se observa que são as políticas e ações de natureza social que desempenham um papel importante na redução das taxas de criminalidade.
Dados do Unicef revelam a experiência mal sucedida dos EUA. O país, que assinou a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aplicou em seus adolescentes, penas previstas para os adultos. Os jovens que cumpriram pena em penitenciárias voltaram a delinquir e de forma mais violenta. O resultado concreto para a sociedade foi o agravamento da violência.

6°. Porque fixar a maioridade penal em 18 anos é tendência mundial
Diferentemente do que alguns jornais, revistas ou veículos de comunicação em geral têm divulgado, a idade de responsabilidade penal no Brasil não se encontra em desequilíbrio se comparada à maioria dos países do mundo.
De uma lista de 54 países analisados, a maioria deles adota a idade de responsabilidade penal absoluta aos 18 anos de idade, como é o caso brasileiro.
Essa fixação majoritária decorre das recomendações internacionais que sugerem a existência de um sistema de justiça especializado para julgar, processar e responsabilizar autores de delitos abaixo dos 18 anos.

7°. Porque a fase de transição justifica o tratamento diferenciado
A Doutrina da Proteção Integral é o que caracteriza o tratamento jurídico dispensado pelo Direito Brasileiro às crianças e adolescentes, cujos fundamentos encontram-se no próprio texto constitucional, em documentos e tratados internacionais e no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Tal doutrina exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada, mediando e operacionalização de políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa.
A definição do adolescente como a pessoa entre 12 e 18 anos incompletos implica a incidência de um sistema de justiça especializado para responder a infrações penais quando o autor trata-se de um adolescente.
A imposição de medidas socioeducativas e não das penas criminais relaciona-se justamente com a finalidade pedagógica que o sistema deve alcançar, e decorre do reconhecimento da condição peculiar de desenvolvimento na qual se encontra o adolescente.

8°. Porque as leis não podem se pautar na exceção
Até junho de 2011, o Cadastro Nacional de Adolescentes em Conflito com a Lei (CNACL), do Conselho Nacional de Justiça, registrou ocorrências de mais de 90 mil adolescentes. Desses, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número, embora seja considerável, corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil, que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.
Sabemos que os jovens infratores são a minoria, no entanto, é pensando neles que surgem as propostas de redução da idade penal. Cabe lembrar que a exceção nunca pode pautar a definição da política criminal e muito menos a adoção de leis, que devem ser universais e valer para todos.
As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com a adoção de leis penais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Ações no campo da educação, por exemplo, demonstram-se positivas na diminuição da vulnerabilidade de centenas de adolescentes ao crime e à violência.

9°. Porque reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, não a causa!
A constituição brasileira assegura nos artigos 5º e 6º direitos fundamentais como educação, saúde, moradia, etc. Com muitos desses direitos negados, a probabilidade  do envolvimento com o crime aumenta, sobretudo entre os jovens.
O adolescente marginalizado não surge ao acaso. Ele é fruto de um estado de injustiça social que gera e agrava a pobreza em que sobrevive grande parte da população.
A marginalidade torna-se uma prática moldada pelas condições sociais e históricas em que os homens vivem. O adolescente em conflito com a lei é considerado um ‘sintoma’ social, utilizado como uma forma de eximir a responsabilidade que a sociedade tem nessa construção.
Reduzir a maioridade é transferir o problema. Para o Estado é mais fácil prender do que educar.

10°. Porque educar é melhor e mais eficiente do que punir
A educação é fundamental para qualquer indivíduo se tornar um cidadão, mas é realidade que no Brasil muitos jovens pobres são excluídos deste processo. Puni-los com o encarceramento é tirar a chance de se tornarem cidadãos conscientes de direitos e deveres, é assumir a própria incompetência do Estado em lhes assegurar esse direito básico que é a educação.
As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com adoção de leis penais mais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Ações no campo da educação, por exemplo, demonstram-se positivas na diminuição da vulnerabilidade de centenas de adolescentes ao crime e à violência.
Precisamos valorizar o jovem, considerá-los como parceiros na caminhada para a construção de uma sociedade melhor. E não como os vilões que estão colocando toda uma nação em risco.

11°. Porque reduzir a maioridade penal isenta o estado do compromisso com a juventude
O Brasil não aplicou as políticas necessárias para garantir às crianças, aos adolescentes e jovens o pleno exercício de seus direitos e isso ajudou em muito a aumentar os índices de criminalidade da juventude.
O que estamos vendo é uma mudança de um tipo de Estado que deveria garantir direitos para um tipo de Estado Penal que administra a panela de pressão de uma sociedade tão desigual. Deve-se mencionar ainda a ineficiência do Estado para emplacar programas de prevenção da criminalidade e de assistência social eficazes, junto às comunidades mais pobres, além da deficiência generalizada em nosso sistema educacional.

12°. Porque os adolescentes são as maiores vítimas, e não os principais autores da violência
Até junho de 2011, cerca de 90 mil adolescentes cometeram atos infracionais. Destes, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número, embora considerável, corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.
Os homicídios de crianças e adolescentes brasileiros cresceram vertiginosamente nas últimas décadas: 346% entre 1980 e 2010. De 1981 a 2010, mais de 176 mil foram mortos e só em 2010, o número foi de 8.686 crianças e adolescentes assassinadas, ou seja, 24 POR DIA!
A Organização Mundial de Saúde diz que o Brasil ocupa a 4° posição entre 92 países do mundo analisados em pesquisa. Aqui são 13 homicídios para cada 100 mil crianças e adolescentes; de 50 a 150 vezes maior que países como Inglaterra, Portugal, Espanha, Irlanda, Itália, Egito cujas taxas mal chegam a 0,2 homicídios para a mesma quantidade de crianças e adolescentes.

13°. Porque, na prática, a PEC 33/2012 é inviável!!
A Proposta de Emenda Constitucional quer alterar os artigos 129 e 228 da Constituição Federal, acrescentando um parágrafo que prevê a possibilidade de desconsiderar da inimputabilidade penal de maiores de 16 anos e menores de 18 anos.
E o que isso quer dizer? Que continuarão sendo julgados nas varas Especializadas Criminais da Infância e Juventude, mas se o Ministério Publico quiser poderá pedir para ‘desconsiderar inimputabilidade’, o juiz decidirá se o adolescente tem capacidade para responder por seus delitos. Seriam necessários laudos psicológicos e perícia psiquiátrica diante das infrações: crimes hediondos, tráfico de drogas, tortura e terrorismo ou reincidência na pratica de lesão corporal grave e roubo qualificado. Os laudos atrasariam os processos e congestionariam a rede pública de saúde.
A PEC apenas delega ao juiz a responsabilidade de dizer se o adolescente deve ou não ser punido como um adulto.
No Brasil, o gargalo da impunidade está na ineficiência da polícia investigativa e na lentidão dos julgamentos. Ao contrário do senso comum, muito divulgado pela mídia, aumentar as penas e para um número cada vez mais abrangente de pessoas não ajuda em nada a diminuir a criminalidade, pois, muitas vezes, elas não chegam a ser aplicadas.

14°. Porque reduzir a maioridade penal não afasta crianças e adolescentes do crime
Se reduzida a idade penal, estes serão recrutados cada vez mais cedo.
O problema da marginalidade é causado por uma série de fatores. Vivemos em um país onde há má gestão de programas sociais/educacionais, escassez das ações de planejamento familiar, pouca oferta de lazer nas periferias, lentidão de urbanização de favelas, pouco policiamento comunitário, e assim por diante.
A redução da maioridade penal não visa a resolver o problema da violência. Apenas fingir que há “justiça”. Um autoengano coletivo quando, na verdade, é apenas uma forma de massacrar quem já é massacrado.
Medidas como essa têm caráter de vingança, não de solução dos graves problemas do Brasil que são de fundo econômico, social, político. O debate sobre o aumento das punições a criminosos juvenis envolve um grave problema: a lei do menor esforço. Esta seduz políticos prontos para oferecer soluções fáceis e rápidas diante do clamor popular.
Nesse momento, diante de um crime odioso, é mais fácil mandar quebrar o termômetro do que falar em enfrentar com seriedade a infecção que gera a febre.

15°. Porque afronta leis brasileiras e acordos internacionais
Vai contra a Constituição Federal Brasileira que reconhece prioridade e proteção especial a crianças e adolescentes. A redução é inconstitucional.
Vai contra o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) de princípios administrativos, políticos e pedagógicos que orientam os programas de medidas socioeducativas.
Vai contra a Doutrina da Proteção Integral do Direito Brasileiro que exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada às políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa.
Vai contra parâmetros internacionais de leis especiais para os casos que envolvem pessoas abaixo dos dezoito anos autoras de infrações penais.
Vai contra a Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Declaração Internacional dos Direitos da Criança compromissos assinados pelo Brasil.

16°. Porque poder votar não tem a ver com ser preso com adultos
O voto aos 16 anos é opcional e não obrigatório, direito adquirido pela juventude. O voto não é para a vida toda, e caso o adolescente se arrependa ou se decepcione com sua escolha, ele pode corrigir seu voto nas eleições seguintes. Ele pode votar aos 16, mas não pode ser votado.
Nesta idade ele tem maturidade sim para votar, compreender e responsabilizar-se por um ato infracional.
Em nosso país qualquer adolescente, a partir dos 12 anos, pode ser responsabilizado pelo cometimento de um ato contra a lei.
O tratamento é diferenciado não porque o adolescente não sabe o que está fazendo. Mas pela sua condição especial de pessoa em desenvolvimento e, neste sentido, o objetivo da medida socioeducativa não é fazê-lo sofrer pelos erros que cometeu, e sim prepará-lo para uma vida adulta e ajuda-lo a recomeçar.

17°. Porque o Brasil está dentro dos padrões internacionais
São minoria os países que definem o adulto como pessoa menor de 18 anos. Das 57 legislações analisadas pela ONU, 17% adotam idade menor do que 18 anos como critério para a definição legal de adulto.
Alemanha e Espanha elevaram recentemente para 18 a idade penal e a primeira criou ainda um sistema especial para julgar os jovens na faixa de 18 a 21 anos.
Tomando 55 países de pesquisa da ONU, na média os jovens representam 11,6% do total de infratores, enquanto no Brasil está em torno de 10%. Portanto, o país está dentro dos padrões internacionais e abaixo mesmo do que se deveria esperar. No Japão, eles representam 42,6% e ainda assim a idade penal no país é de 20 anos.
Se o Brasil chama a atenção por algum motivo é pela enorme proporção de jovens vítimas de crimes e não pela de infratores.

18°. Porque importantes órgãos têm apontado que não é uma boa solução
O UNICEF expressa sua posição contrária à redução da idade penal, assim como à qualquer alteração desta natureza. Acredita que ela representa um enorme retrocesso no atual estágio de defesa, promoção e garantia dos direitos da criança e do adolescente no Brasil. A Organização dos Estados Americanos (OEA) comprovou que há mais jovens vítimas da criminalidade do que agentes dela.
O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) defende o debate ampliado para que o Brasil não conduza mudanças em sua legislação sob o impacto dos acontecimentos e das emoções. O CRP (Conselho Regional de Psicologia) lança a campanha Dez Razões da Psicologia contra a Redução da idade penal CNBB, OAB, Fundação Abrinq lamentam publicamente a redução da maioridade penal no país.
Mais de 80 entidades brasileiras aderem ao "Movimento 18 Razões para a Não redução da maioridade penal.



 Organizações/Movimentos que assinam o documento:
  1. Ação Educativa
  2. Adolescência, Conflitualidade e Direitos Humanos
  3. Advogados sem Fronteiras
  4. Agência de Notícias da Infância Matraca
  5. Aldeias Infantis SOS Brasil
  6. Articulação da Juventude Salesiana
  7. Associação Ação Comunitária Nova Heliópolis SP
  8. Associação Catarinense de Conselheiros Tutelares de Santa Catarina
  9. Associação Cultural e Beneficente Morro dos Quadros (ACBMQ)
  10. Associação de Apoio à Moradia de Braganey do Estado do Paraná
  11. Associação Evangélica Beneficente
  12. CCP Henry Ford
  13. Cedeca Sapopemba Monica Paião Trevisan – Núcleo Jardim Sinhá
  14. Centro Comunitário Castelinho – Serviço de Medida Socioeducativa em Meio Aberto
  15. Centro Comunitário Raposo Tavares
  16. Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca Pé na Taba)
  17. Centro de Estudos e Pesquisas da Adolescência – Faculdade de Educação/Universidade Federal de Goiás (CEPEA)
  18. Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos (CEBI)
  19. Centro Salesiano do Adolescente Trabalhador (ISJB – CESAM-ES)
  20. Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada
  21. Cipó – Comunicação Interativa
  22. Colégio Estadual José Aluísio Aragão (SEED-PR)
  23. Conexão Jovem
  24. Conselho Municipal da Juventude de Marília de São Paulo
  25. Conselho Municipal de Juventude de Santa Bárbara d’Oeste
  26. Conselho Municipal de Juventude de São Luís do Maranhão (COMJOVEM)
  27. Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC)
  28. Conselho Regional de Psicologia
  29. Conselho Tutelar de São Mateus
  30. Conselho Tutelar de Teresina (PI) –  Região Sudeste
  31. Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE)
  32. Coordenadoria Municipal de Juventude
  33. Curso Mafalda
  34. Desabafo Social
  35. Diaconia
  36. Diretório Acadêmico da Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias
  37. Escola de Conselhos do Pará
  38. Espaço Juventude e Cidadania – Serviço de Medida Socioeducativo em Meio Aberto
  39. Espaço Progredir
  40. Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais (Flacso Brasil)
  41. Fórum Ecumênico ACT Brasil (FEACT Brasil)
  42. Fórum Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente de Mogi das Cruzes (FMDDCA)
  43. Fórum Popular pelo Fim da Violência e das Mortes da Juventude
  44. Fórum Regional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Mateus (FDCA São Mateus)
  45. Frente de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Alto Paranaíba
  46. Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente
  47. Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa)
  48. GFWC Crê-Ser
  49. Grupo de Rap na Zona Leste de São Paulo Vinícius Preto Zamba Rap Clube
  50. Grupo DiverCidade Brasil – Associação Brasileira de Proteção a Vida, Combate ao Preconceito e Defesa dos Direitos Humanos e da Diversidade Sexual de Crianças e Adolescentes LGBTT’s (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).
  51. Grupo Kilombagem
  52. GT Juventude da Rede Nossa São Paulo
  53. Guerrilha Virtual
  54. Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB)
  55. Instituto Aliança
  56. Instituto Daniela Brasil
  57. Instituto Simãodiense de Juventude (ISAJE)
  58. Instituto Yrê Projetos Sociais e Culturais
  59. Juventude do PT
  60. Juventude do PT de Santos
  61. KOINONIA – Presença Ecumênica e Serviço
  62. MDS
  63. Movimento de Adolescentes e Crianças (MAC)
  64. Movimento Estudantil Independente (MEI)
  65. Ministério Públicos do Trabalho – Blumenau
  66. Núcleo de Estudos de Ciências Criminais da Univille (NUCRIM – Universidade da Região de Joinville)
  67. Núcleo Especializado da Infância e Juventude da Defensoria Pública do Estado de São Paulo
  68. Pastoral da Juventude (PJ)
  69. Pastoral da Juventude Bahia
  70. Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Curitiba
  71. Pastoral da Juventude de Roraima
  72. Ponto de Cultura Casa dos Meninos
  73. Ponto Missionário da Liberdade Ieab – Dar
  74. Projeto A cidadania da infância em hipermídia (Universidade Federal de Minas Gerais)
  75. Projeto O que eu sempre quis falar
  76. Rede Acreana de Jovens em Ação (REAJA)
  77. Rede Ecumênica da Juventude (REJU)
  78. Rede Nacional de Advogadas e Advogados de Santa Catarina
  79. Secretaria Nacional de Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT)
  80. Sindicato APEOC
  81. Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Várzea Nova – Bahia)
  82. Smema Vila Medeiros
  83. União da Juventude Socialista UJS do Estado de São Paulo
  84. Verbo Coletivo
  85. Viração Educomunicação

Silvio M. Max.