quinta-feira, 28 de novembro de 2013

felicidade: voltar ao ponto de partida



Quase todos sonham com alguém que os entenda, que os ouça, que os ampare e inspire, que os anime...
Homens e mulheres esperam por um companheiro(a) que os ajude a prosseguir mais confiantes... por alguém que os faça felizes, cúmplices de seus segredos...
enfim, alguém que os ame e entenda, que sinta sua falta, mas que também respeite seu espaço,...
Não querem mais saber de teorias, de máximas filosóficas, de ferramentas ou de ‘sabidões’ dizendo o que devem fazer...  "basta de conceitos, de disciplinas ou preceitos morais!!"
Estamos cansados! queremos colo!

Lá no fundo, ainda que vaguemos de festa em festa, de cinema em cinema, de shopping em shopping, continuamos, depois de um tempo, fatalmente cansados, frustrados ou desapontados com isto ou aquilo, com esta ou aquela pessoa, com este ou aquele lugar, emprego, diversão, etc...
sentimos às vezes, a solidão! às vezes, sentimos o medo! Medo da morte, medo do vazio, medo da "falta de sentido", do não reconhecimento, o medo de não-ser, e por fim o medo da perda... 
de perder nossos queridos livros, nossos CDs  ou LPs, tememos perder...da coleção de fotos e “souvenires” aos objetos decorativos, do carro à casa, da roupa ao celular, do cão de estimação ao esposo(a).
Então, resulta que gostaríamos de ter alguém que nos pegasse pelas mãos, nos conduzisse a um lugar tranquilo e nos colocasse "no colo". Esta pessoa nos incentivaria e tiraria de nós toda a angústia e pavor existencial.
Este homem ou esta mulher entenderia nosso sofrimento e nos libertaria... confiaria em nós e nos motivaria a manifestar todo nosso potencial!
Tal pessoa existe? 
Todos temos nossos “altos” e “baixos”. Nosso 'pêndulo interior' oscila... e, obviamente, não somos bons o bastante o tempo todo. Ora alegres, ora tristes, ora entusiasmados, ora desanimados... assim é o humano.
Então, ninguém pode corresponder às nossas expectativas. As expectativas do nosso ego são virtualmente infinitas e nunca suficientemente atendidas por muito tempo.
As gentes cobram posturas e desempenhos que não correspondem a seres humanos, mas a anjos, santos ou deuses. 
Ninguém é capaz de corresponder à ambição e expectativa de nosso ego.
Mas interpretamos e agimos segundo nossos filtros psicológicos...
Reproduzimos, criamos, justamente aquelas circunstâncias que mais temíamos em nossas mentes...
Onde está o erro? 
Que busca incessante é esta? 
Acharemos amor, apoio e carinho infinitos no "outro"?
Quem poderá corresponder a tais expectativas em tempo integral? 
Só há uma resposta para a angústia e carência humana, para a busca humana pela transcendência: o Absoluto!
As gentes lhe dão distintos nomes... Alguns preferem simplesmente dizer "Deus".
Ele sim pode corresponder a todos os legítimos anseios da alma. Ele sim tem o Poder absoluto para auxiliar, cuidar, motivar, animar e felicitar...
Por que, então, não O buscamos em primeiro lugar?
Por que continuamos a apostar nossa felicidade em pessoas, profissão, entorpecentes ou coisas que se compram a crédito?
Por que buscamos soluções fora de nós? 
Por que tão frequentemente nos esquecemos do Deus que habita em nós?
Por que não reconhecemos e sentimos a presença Dele "dentro", em nós mesmos, aqui e agora?
Que parte de... “Deus é onipresente”... você não entendeu?
Quando se medita, se encontra o momento-Absoluto capaz de suprir carências e temores profundos. Meditar é ir tomar seu lugar no “colo de Deus”.

Há várias formas de meditar, de marcar esse encontro com o Absoluto, de achegar-se em Seu colo. Sentir-se no “colo de Deus” faz consciência de que somos nada...
Aí descobrimos! descobrimos que tudo o que precisávamos fazer, desde sempre, era voltar ao ponto zero, ao ponto de partida, à Origem...
apagando nossas pegadas, no tempo e no espaço...
reconhecendo a Existência Absoluta, vai parar de lutar para existir... 
dor, ressentimento, apego, memória, bloqueio e cobiça,  devem morrer, se apagar, dissolver... 
Acalme-se...
sente-se...
respire... 
e apague tudo, apague seus rastros, suas pegadas, seus penduricalhos, seus apetrechos e gulodices... 
limpe... limpe... limpe...
sinta a “alegria sem razão”...
onde antes havia dor, carência, tristeza, apego, frustração, decepção ... agora só há gratidão, delicioso Absoluto, e Amor, e Abundância, e Paz, tudo... e mais um pouco.


silvio mmax.
(inspirado no texto "No colo de Deus", de Luiza Gonçalves) 

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