sábado, 29 de novembro de 2014

Estados Unidos e a questão do racismo

mais um triste e trágico capítulo na história do racismo na nação-símbolo da liberdade, da democracia e do desenvolvimento econômico e cultural das Américas

 

Ferguson: 500 são presos em protestos na Califórnia

 

As tensões diminuíram na cidade norte-americana de Ferguson, em  St. Louis, na quinta-feira (27), depois de duas noites de violência e saques desencadeados pela revolta de cunho racial decorrente da decisão de um tribunal local de não indiciar um policial branco por matar a tiros um adolescente negro desarmado.
Os protestos também minguaram em outras partes dos Estados Unidos, já que o feriado de Ação de Graças e o tempo frio seguraram muitas pessoas em casa. Mas na Califórnia, cerca de 500 pessoas foram presas nos últimos dois dias em manifestações que fecharam estradas em grandes cidades.

Ferguson se tornou o cerne de uma discussão nacional sobre as relações raciais desde que o policial Darren Wilson matou Michael Brown no dia 9 de agosto. O Departamento de Justiça dos EUA está investigando possíveis abusos de direitos civis, e o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu reflexão sobre as dificuldades que as minorias enfrentam no país.

A polícia afirmou que duas pessoas foram presas em protestos de quarta para quinta-feira em Ferguson e que não foram registrados grandes incidentes. A decisão do tribunal, na segunda-feira, de não julgar Wilson levou a manifestações violentas, e mais de 100 pessoas foram postas sob custódia nas noites de segunda e terça-feira, quando edifícios foram incendiados e lojas saqueadas e a polícia usou equipamentos de tropa de choque e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.

Uma congregação pequena mas animada se reuniu na igreja Greater St. Mark Family, ponto de encontro de manifestantes e líderes religiosos, para uma cerimônia de Ação de Graças durante a qual muitos mostraram gratidão por suas bênçãos após uma semana tumultuada.

“Estou rezando pela família Brown. Também estou rezando pela família Wilson”, afirmou o pastor Tommie Pierson. “Vivemos em um país de leis. Mas tem que haver uma lei que governe a todos nós”.

Ferguson é uma cidade predominantemente negra onde quase todos os líderes políticos e policiais são brancos.

 fonte:




Milhares marcham em Ferguson contra a violência e racismo nos EUA  

As manifestações começaram nesta sexta-feira e ocorrerão durante quatro dias

France Presse
 
Publicação: 11/10/2014 20:16 



Saint Louis - Milhares de pessoas protestaram neste sábado nas ruas de Saint Louis, no estado norte-americano do Missouri, contra o racismo e a violência policial em memória de um jovem negro assassinado em agosto passado por um policial branco na cidade de Ferguson.

Os manifestantes, cerca de 5.000 segundo a reportagem da AFP, levaram cartazes com frases como "Justiça para todos" e "A vida dos negros também importa".

Mulheres levavam uma grande bandeira branca em que haviam pregado papéis em forma de mãos e de corações coloridos como forma de solidariedade a outras mães que perderam filhos para a repressão policial de Ferguson, na periferia de Saint Louis - onde o jovem negro Michael Brown, de 18 anos, foi assassinado no último 9 de agosto.

A polícia argumenta que Brown foi morto em legítima defesa pelo agente Darren Wilson, que teria sido atacado pelo adolescente numa tentativa de roubar-lhe sua arma. Testemunhas afirmam, contudo, que o jovem estava desarmado e que foi baleado enquanto estava com as mãos para o alto.

Leia mais notícias em Mundo


As manifestações, que ocorreram durante o que tem sido chamado de "fim de semana de resistência" e "outubro em Ferguson", começaram nesta sexta-feira e ocorrerão durante quatro dias.

Diferentes gerações caminharam por 19 quilômetros entre as cidades de Ferguson e Saint Louis.

"Aqui as pessoas são tranquilas e respeitosas. Foi uma boa caminhada", escreveu o chefe da polícia de Saint Louis, Sam Dotson, em sua conta no Twitter. Cerca de 200 manifestantes seguiram até o quartel geral da polícia de Ferguson, cercado por 50 homens.

Nesta semana novos protestos ocorreram em Ferguson após a morte de outro jovem negro, também baleado por um policial, a alguns metros do local onde Michael Brown foi abatido.

Segundo a polícia, o jovem, de 18 anos, disparou primeiro contra o policial, que não estava em serviço.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário