sábado, 31 de maio de 2014

o que seria um "bom dia", para você?

Atente bem às reflexões do monge David Steindl-Rast 

"A Good Day"

 

autor: Louie Schwartzberg (2011)


O original está no site gratefulness.org, com a mesma narração do monge beneditino David Steindl-Rass (“Viver agradecidamente por esse momento presente: a felicidade do monge David Steindle-Rast, no TED“)

O texto, a narrativa e a argumentação são maravilhosas
“Você pensa que este é apenas um outro dia em sua vida? Não é apenas outro dia. É o único dia que lhe é dado hoje. É dado a você. É um presente. É o único presente que você possui agora mesmo, e a única resposta apropriada é gratidão”. 
A única resposta apropriada é a gratidão

Segue o vídeo com o texto (para ativar as legendas em português, acesse o youtube e use o controle na parte inferior do vídeo):





 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

realidade e impermanência


A contínua perda e criação do que existe


Mais uma interessante reflexão sobre a  impermanência. Profunda demais!
Alguns textos que reproduzo aqui nesse blog não são fáceis. Alguns dependem de alguma compreensão um pouco menos superficial da natureza das coisas, do mundo, do ego... outros dependem mais de coragem do que de entendimento... e outros dependem de todos os recursos de que pudermos dispor. 
A entrevista transcrita adverte que, embora concordemos de modo relativamente fácil, que a inconstância de todas as coisas seja um fato inexorável dessa vida, na prática não é tão fácil viver coerentemente com essa percepção. 

Primeiro, como definir 'impermanência'?

Segundo, qual a relação entre impermanência e sofrimento/insatisfação?

Outra reflexão importante: Daqui a alguns dias ou semanas, lembraremos daquelas emoções e/ou pensamentos frágeis e efêmeros que 'assistimos' agora há pouco em nossa tela mental? essas 'nuvens' vagueando pelos céus durarão quantos minutos até se transmutarem em outras formas fantasmagóricas, para por fim se desfazerem em nada?

Há uma prática meditativa muito válida que pode ser realizada a qualquer hora do dia ou da noite, não importa a circunstância: consiste em prestar atenção, momento a momento, sem julgamento, na "experiência da mudança".
Porém, tal consciência da impermanência está incluindo a nós mesmos? Nós também não estamos mudando constantemente? Por que temos a ilusão de que somos os mesmos, as mesmas pessoas, as mesmas identidades, antes de ontem, ontem e hoje?
o que é o ego? R: multiplicidade de eus...
o que é um eu? R: um nada... que passa, que passa rápido demais se não prestamos atenção a 'ele'.
Se nosso ego se resumo a uma soma de "nadas", então o que sobra para além deles? onde jaz nossa autêntica identidade?

Silvio MMax.


Veja na postagem abaixo, algumas dicas interessantes... 

domingo, 25 de maio de 2014

The Sound Of Silence - Simon & Garfunkel






The Sound Of Silence

Hello darkness, my old friend
I've come to talk with you again
Because a vision softly creeping
Left its seeds while I was sleeping
And the vision that was planted in my brain
Still remains
Within the sound of silence
In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone
'Neath the halo of a street lamp
I turned my collar to the cold and damp
When my eyes were stabbed by the flash of a neon light
That split the night
And touched the sound of silence

And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more
People talking without speaking
People hearing without listening
People writing songs that voices never share
And no one dared
Disturb the sound of silence

"Fools", said I, "You do not know
Silence like a cancer grows
Hear my words that I might teach you
Take my arms that I might reach you"
But my words, like silent raindrops fell
And echoed
In the wells of silence

And the people bowed and prayed
To the neon god they made
And the sign flashed out its warning
In the words that it was forming
And the sign said, "The words of the prophets are written on the subway walls
And tenement halls"
And whispered in the sounds of silence

 

tradução:

O Som do Silêncio

Olá escuridão, minha velha amiga
Eu vim para conversar contigo novamente
Por causa de uma visão que se aproxima suavemente
Deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo
E a visão que foi plantada em meu cérebro
Ainda permanece
Entre o som do silêncio

Tudo é Maya

“Todas as coisas visíveis são Maya. Maya desaparece através da sabedoria (Jnana), ou da meditação no Espírito (Atma). Deveríamos trabalhar para nos livrarmos de Maya. Maya nos atinge através da mente. A destruição da mente significa a aniquilação de Maya. A meditação profunda e repetida é a única maneira de conquistar Maya. Entre no silêncio. Medite. Medite. Solidão e intensa meditação são dois requisitos importantes para a auto-realização.
(…) São as ações da mente que são verdadeiramente denominadas Karmas. Assim que a pernambulação e distração da mente se vai, você terá uma boa meditação. A verdadeira liberação resultado no desentronamento da mente. Aqueles que libertaram a si mesmos das flutuações de suas mentes ganham a posse do Nishtha supremo (meditação). A mente deveria ser limpa de todas as suas impurezas, então ela se torna muito calma e todas as ilusões que aparecem nos nascimentos e mortes são destruídas.
(…) Se você colocar um grande espelho em frente a um cachorro e colocar um pedaço de pão na frente, o cachorro começará a latir ao olhar seu reflexo no espelho. Ele imagina tolamente que há um outro cachorro. Da mesma forma, o homem vê apenas seu próprio reflexo, através da mente-espelho, em todas as pessoas, mas imagina tolamente, como o cachorro, que são todos diferentes dele e luta contra o ódio e a inveja”.

~ Swami Sivananda, em “What Is Meditation?”

fonte:
http://dharmalog.com/2014/02/17/conquista-mundo-das-ilusoes-maya-meditacao-swami-sivananda/ 


quinta-feira, 22 de maio de 2014

de fato, conhecemos a nós mesmos?

“A maioria de nós, na maior parte do tempo, está contente em cegamente patinar sobre o gelo fino, tomando a vida como certa. Escolhemos padrões ou estratégias de comportamento para tentar controlar nosso mundo – em parte, para nos ajudar a evitar o tremor de ansiedade em nosso âmago. Todos nós temos estratégias com as quais temos familiaridade, como por exemplo, nos esforçar mais ou procurar diversões. Usamo-las para patinar pela vida, esperando evitar ter que sentir medos que não queremos enfrentar – como os medos da perda de controle, do fracasso, de não ter valor, de ficar sozinho, e daí por diante. Raramente questionamos nossas estratégias; geralmente apenas as seguimos cegamente. Mas ao segui-las, nós nos limitamos e definimos nossas fronteiras... E nossa vida se estreita para um senso de vaga insatisfação.

Temos que partir da premissa que realmente não nos conhecemos muito bem. Conhecer a nós mesmos envolve esclarecer todas as maneiras pelas quais somos controlados pela nossa mente auto-centrada. Isso significa que temos que descobrir nossas identidades e crenças mais básicas, observar nossas estratégias típicas de comportamento e talvez, mais importante de tudo, nos familiarizar com nossos medos.”

~ Ezra Bayda, em “The Authentic Life: Zen Wisdom for Living Free from Complacency and Fear


fonte:
http://dharmalog.com/2014/03/25/auto-conhecimento-enganos-medos-mente-ezra-bayda/

terça-feira, 20 de maio de 2014

sociedade e representatividade

A crise da representatividade no Brasil (*)  - 
(*) Jaime Luiz Klein
 
Publicado no Jornal Notícias do Dia, em SC
A democracia – conquistada a duras penas por idealistas que lutaram contra o autoritarismo e a tirania de governos absolutistas – no Brasil, como forma de governo, encontra-se insculpida na Constituição da República Federativa do Brasil, no artigo primeiro, como pilar do Estado Democrático de Direito.
Nos últimos anos, entretanto, o Poder Legislativo – que é a instituição que representa indiretamente esse poder popular - vem se deteriorando, revelando-se numa severa crise de representatividade, sobretudo pelo fato de não ecoar mais nas Casas do Povo, muitas vezes, os anseios populares, as reais necessidades dos cidadãos, o interesse público.


domingo, 18 de maio de 2014

Brothers In Arms - Dire Straits: música, arte e crítica social

Dire Straits e a fantástica Brothers In Arms

Acompanhe ao final, a tradução da letra para perceber o profundo conteúdo reflexivo filosófico contido nesta música. Aliás, esta é uma  característica marcante em todas as letras das músicas do grupo Dire Straits.


"Brothers in Arms" é o quinto álbum de estúdio da extinta banda de rock inglesa Dire Straits*, lançado em 1985. O álbum foi um marco na indústria fonográfica, sendo um dos pioneiros no processo de gravação, mixagem e masterização totalmente digitais.



* Dire Straits foi uma banda de rock britânica formada em 1977 por Mark Knopfler, seu irmão David Knopfler, John Illsley e Pick Withers.

 

Brothers In Arms

Those mist covered mountains
Are a home now for me
But my home is the lowlands
And always will be
Some day you'll return to
Your valleys and your farms
And you'll no longer burn
To be brothers in arms

despertando a consciência

Hoje vamos tratar a respeito de mais uma excelente publicação de Nando Pereira, a respeito do tema "despertar da consciência":

A "prática da atenção ao momento presente" é uma das mais importantes para quem deseja agir conscientemente. É, certamente, uma ótima forma de começar o processo de compreensão mais profunda de tudo que nos acontece, tanto agora como na vida toda.
Viver de momento a momento, como dizia M. Samael, é um dos maiores desafios no caminho do despertar, é o grande diferencial entre os que "sonham" e os que estão "despertos", em todos os mundos. 
Observando a fala do monge zen vietnamita Thich Nhat Hanh, notamos algumas dicas de como podemos utilizar elementos do cotidiano, aparentemente irritantes e inoportunos, como dispositivos que estimularão nossa consciência a "presentificar-se" cada vez mais intensamente, para que ela retorne ao "aqui e agora", que é o primeiro passo para o despertar da consciência e da sabedoria que jaz adormecida dentro de nós.
A "não identificação com as coisas da vida diária" paradoxalmente só é possível quando estamos com 100% de nossa atenção ao aqui e agora. Essa atenção dirigida ao momento não pode, porém, prescindir da auto-observação. De nada adiantaria focalizar a atenção em "elementos externos", se acabasse se esquecendo de si mesmo... 
Então, é correto dizer que a atenção consciente é sempre dividida em dois aspectos simultaneamente: atenção ao QUE acontece... e em QUEM vivencia o que acontece. 

Silvio M. Max.

sábado, 17 de maio de 2014

inversão surreal de valores

O rabo está abanando o cachorro


“No Brasil é tão normal um cidadão ter medo de andar pelas ruas e tão rotineiro abrir-se mão da cidadania mais básica que já não causa surpresa as vítimas estarem se transformando em culpadas pelos crimes”, diz desembargador

POR PEDRO VALLS FEU ROSA | 02/2014

José foi assaltado. Levaram o carro dele. Ao chegar em casa de táxi, ele imediatamente assumiu a culpa pelo roubo: “eu dei bobeira, não deveria ter parado naquele semáforo”. Maria foi estuprada, e quase morreu. Ao prestar depoimento, ela deixou bem clara sua responsabilidade pelo episódio: “eu vacilei, não deveria ter ido comprar pão sozinha”.
Um ladrão arrancou o telefone celular das mãos de João enquanto ele atendia uma ligação. Ele – o João, e não o ladrão – assumiu total culpa pelo crime: “eu não sei onde estava com a cabeça quando fui atender uma ligação no meio da rua”. Maria foi morta durante um assalto. Ela gritou e acabou levando um tiro. Por ocasião de seu enterro, Maria foi condenada por todos os presentes: “que estupidez dela ter gritado, todo mundo sabe que durante um assalto o melhor é ficar em silêncio”.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Tudo o que somos é "poeira no vento"?


lindíssima melodia e letra, e poesia... fantástica e profunda reflexão...
mais uma oportunidade de ponderar filosoficamente sobre o que somos, de um ponto de vista bastante existencialista...
a cada dia, importante que tenhamos alguns princípios em conta... 
no momento de correr atrás de tanta coisa, de tantas metas, vale a pena por um momento, todos os dias, refletir se não estamos de repente perdendo o foco, perdendo de vista o real sentido de nossas existências...
se vale a pena lutar, pelo que lutamos?
Vamos tratar de entender pelo menos o porquê de nossas escolhas... 
Temos o direito de lutar, de trabalhar... 
mas é triste quando não fazemos a menor ideia do porquê estamos vivendo... 
é patético e até desesperador perdemos a noção de quem somos, de onde viemos e para onde estamos indo.
Quando nos esquecemos de nós mesmos, e apenas nos identificamos com o sonho, com o filme, com a película que se reproduz no palco da vida, tudo acaba se resumindo em nascer, crescer, envelhecer e morrer... há algum sentido nisso?
então, nesses momentos, pensemos: 
Somos nada mais que poeira ao vento? 
Somos algo mais?
Somos mais do que pensamos ser?
Somos menos do que cremos ser? 
Nossas crenças tem algum fundamento real?
Há alguma razão ou sentido em nossos dramas, sofrimentos, ansiedades? 
Qual a razão de nossas lágrimas e de nossas lutas diárias? 
Qual o sentido de nossa ação?
Nossas ações reverberam em alguma dimensão?

Silvio M.Max.


"Dust in the Wind” (Grupo Kansas - 1977)

I close my eyes
Only for a moment
And the moment's gone
All my dreams
Pass before my eyes, in curiosity

Dust in the wind
All we are is dust in the wind

quinta-feira, 15 de maio de 2014

pesquisas que confundem

As pesquisas que confundem os animais


As idas e vindas de um “hipocondríaco fanático” diante das fantásticas descobertas das publicações científicas que ora concluem uma coisa, ora o contrário

POR PEDRO VALLS FEU ROSA | 18/02/2014
Chico Kafka da Silva é um hipocondríaco fanático, daqueles que se acham muito doentes e passam o dia todo lendo pesquisas sobre saúde. Ele leu uma do Medical College, da Georgia (EUA), dizendo que cachorros e gatos reduzem o risco de alergias.
Como seria de se esperar, Chico foi correndo a uma loja comprar dois gatos e dois cachorros, com os quais esperava curar suas alergias. E lá vinha ele de volta, feliz com seus animais, quando resolver parar em uma banca de jornais e comprar a revista Epidemiology. Abriu-a e descobriu outra pesquisa, também norte-americana, concluindo que “as crianças que tinham um animal de estimação em casa estavam mais propensas a desenvolver asma”. Horrorizado, Chico voltou correndo à loja e devolveu a bicharada que havia adquirido.

Viva la Vida - Coldplay

Viva La Vida

I used to rule the world
Seas would rise when I gave the word
Now in the morning I sleep alone
Sweep the streets I used to own

I used to roll the dice
Feel the fear in my enemy's eyes
Listen as the crowd would sing
"Now the old king is dead!
Long live the king! "

terça-feira, 13 de maio de 2014

a questão fundiária indígena, na visão do STF

STF considera nulos títulos de terra localizados em área indígena no sul da Bahia


02 de maio de 2012
O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou parcialmente procedente a Ação Cível Originária (ACO) 312, que discutia a anulação de títulos de propriedade de terras localizadas na área da Reserva Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, no sul da Bahia. A Funai (Fundação Nacional do Índio), autora da ação, alegou que a área é ocupada desde tempos remotos pelos índios pataxó-hã-hã-hãe. Por maioria, os ministros consideraram nulos os títulos de propriedade localizados dentro da reserva.

sábado, 10 de maio de 2014

coragem, concórdia e esperança

Devemos promover a coragem onde há medo,
promover o acordo onde existe conflito,
e inspirar esperança onde há desespero.

Nelson Mandela

enigmas sobre o cérebro humano


Oito coisas que nós simplesmente 

não entendemos sobre o cérebro humano




PUBLICADO EM CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Apesar de todos os avanços recentes da neurociência e dos processos cognitivos, ainda há muito sobre o cérebro humano que nós não sabemos. Aqui estão 8 dos problemas mais desconcertantes enfrentados atualmente pela ciência.
8. O que é a consciência?
Sem dúvida, a consciência é o mais surpreendente aspecto do cérebro humano. É isso, basicamente, que nos faz criaturas únicas e diferentes de todas as outras que habitam o planeta conosco: a autorreflexão de quem somos. A consciência nos permite experimentar e reagir ao nosso meio ambiente de uma forma aparentemente autônoma. Nós não somos zumbis, temos os nossos próprios pensamentos, sentimentos, opiniões e preferências – e essas características nos permitem descobrir o mundo e viver dentro dele.