quarta-feira, 25 de março de 2015

Seja um iniciado em... você mesmo!

Seja um iniciado em... você mesmo!


se alguém vai a um centro mediúnico, antes de conjurar entidades de outros mundos ou pessoas desencarnadas, que tal incorporar alguém que há muito não ocupa seu próprio corpo? 
Diga ao médium que você deseja muito incorporar a entidade que é ‘VOCÊ MESMO’, seu Eu, sua Identidade, seu Ser.
O que acha que aconteceria nesta experiência? Quantos eus identificados com você apareceriam? Seu Ser-essência iria incorporar ali? Quem se apresentaria?
Acontece comumente: não estamos ‘em nós’! A gente não tá "na gente", boa parte do tempo! Estamos 'por aí', como se diz...  autômatos sonâmbulos! por ali, lá e acolá... e o corpo aqui... à deriva.... por vezes, a perigo.
O que acontece a uma casa vazia? O que sucede com uma residência abandonada pelo dono?
Logo aparecerão "andarilhos", oportunistas, gente estranha de toda sorte. Não faltarão elementos imundos, promíscuos, forasteiros, gentes com todo tipo de vícios... pensamentos viciantes, emoções e sentimentos viciantes e viciados, eus de querer, de desejar ‘issos e aquilos’
E atraídos pelo espaço descuidado e desvigiado, vão entrando, sozinhos ou em bando... 
Isso é o que ocorre de regra em qualquer lugarejo. Pois não é que, assim como é fora, é também dentro? 

Nosso mundo exterior é ‘espelho‘, um tipo de ‘projeção cinematográfica em 3D’, um ‘holograma compartilhado’ do universo interior de todos nós. Tal 'reflexo exterior' do que há e do que ocorre no ‘interior psíquico’ não é uma simples representação metafórica de algum poeta inspirado. Isso é muito mais real do que parece, não é um mero jogo de palavras. Trata-se aqui de um acontecimento real e atual; repito: não estamos aqui falando por parábolas ou símbolos.

Então, o primeiro passo é retomar a posse da sua própria casa. Parar de deixar seu corpo perambulando sonâmbulo por aí, vagando à deriva... e começar a pôr mais atenção aos intrusos pensamentos e emoções... que antes nem percebíamos não serem nós. Alertas como vigia ou sentinela, seguimos observando... observando e observando...

Ao sentinela não cabe a tarefa mental de analisar, julgar, condenar ou justificar os elementos invasores. 
Uma vez flagrados os andarilhos que ocupam nossas “salas, quartos e porões' psicológicos,  uma vez iluminados pela 'lanterna interior' da consciência, vão-se desarticulando, se desagregando e finalmente perdendo energia e domínio sobre nossa casa. 
Uma vez identificados, limpa pode ser a casa. Uma vez que essa casa esteja mais arejada e iluminada, o trabalho vai paulatinamente avançando, sem saltos fantásticos...

O objetivo fundamental de nossas vidas
Você já se perguntou sobre qual é sua missão nesse mundo?

Se não sabe qual é, se essa resposta lhe parece difícil ou complexa demais, fique tranquilo! Sua dúvida acaba agora:
Seu trabalho fundamental nesta vida consiste em limpar, e limpar, e depois limpar... e mais uma vez, limpar...

Purificar nossa moradia, nossa casa interior (do qual nosso corpo físico é tão somente outro reflexo), não é trabalho para nossa personalidade ou nossa mente. Antes, é a mesma mente que será limpa! Antes, são as mesmas memórias alojadas na mente que serão varridas. Serão elas a ser gradual e radicalmente dissolvidas.
Nossa mente, mesmo recheada de cultura, memórias e mil saberes, não consegue resolver a complexa equação que gera a realidade à nossa frente a cada instante. Nossa ignorância é espantosa, quase completa... nosso cérebro não 'percebe' a ilusão da realidade fabricada por ele mesmo e é literalmente incapaz de assimilar/processar mais do que uma ínfima porcentagem dos dados disponíveis de momento a momento. Se não percebemos a realidade tal como ela é, de que adianta a nossa mente querer saber ou controlar essa mesma realidade mediante artifícios psicológicos e joguinhos mentais?
Sendo assim, não serão ‘pensamentos bons’ (mentais) que irão limpar a mente dos ‘pensamentos não bons’ (igualmente mentais)!  Não serão ‘emoções boas’ que expulsarão as ‘emoções não boas’. Memórias e emoções redivivas não se autodissolvem, não se anulam... antes, se acumulam...

Porém... se não é a mente, então QUEM é o dono da casa? 
O senhor da casa é a fagulha divina em nós: nosso Íntimo, nosso Ser, nosso espírito. A única energia capaz de pulverizar 'memórias', impurezas acumuladas com o tempo. Só o Agora pode aniquilar/dissolver o resultado matemático e energético do acúmulo de tanto tempo (memória) dentro de nós mesmos.

Uma casa não se limpa a si mesma.
Uma casa só pode ser limpa por interferência e decisão do seu próprio dono, nunca pela vontade dos imundos andarilhos forasteiros que a ocupam indevidamente.

Quem somos nós? 
Incorporemos a nós mesmos!  Conjuremo-nos a nós mesmos!

Sejamos iniciados em... nós mesmos.
Sejamos conhecedores profundos da única realidade realmente acessível e modificável: nós mesmos!


Silvio MMax.

Nenhum comentário:

Postar um comentário