domingo, 19 de março de 2017

Sintropia: Agrofloresta em Grande Escala - Large-scale agroforestry

Somos "animais racionais", certo?
Pelo menos é o que aprendemos na Escola e na Filosofia...
Só que geralmente esse animal não se comporta como racional, mas age ede maneira burra, estúpida, autodestrutiva... enfim, muito aquém da inteligência, dignidade e racionalidade da qual se acredita portador...
Mas de repente, muitos começam a notar que não podemos sobreviver nos isolando da natureza, que não somos "mais inteligentes", mas que somos parte de um "sistema inteligente"!
Não é "NÓS versus NATUREZA"; é "NÓS & NATUREZA".
Escolha um dos breves documentários e VEJA O QUE É POSSÍVEL, O QUE JÁ ESTÁ SENDO FEITO, em prol de uma ação antrópica mais integrada e harmonizada com a própria natureza (a nossa e a do outro)!
IMPERDÍVEL!!!

Aprenda um pouco sobre o conceito de sintropia 

(contrário da entropia)

 




É preciso preservar, mas é possível regenerar!!



O agricultor e pesquisador suíço Ernst Götsch é prova de que a agricultura regenerativa pode ser um caminho de desenvolvimento para o país. Estabelecido em uma fazenda na zona cacaueira do sul da Bahia desde os anos 80, vem desenvolvendo técnicas de recuperação de solos. 

O equivalente a 480 campos de futebol foi recomposto, dos quais 350 se transformaram na primeira Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) da Bahia. 

Além da colheita agrícola, observou-se que a fazenda desenvolveu seu próprio microclima, 14 nascentes de água foram recuperadas e a fauna repopulou o lugar. 

A partir do experimento – chamado de agricultura sintrópica –, Götsch elaborou um conjunto de princípios e técnicas para integrar produção de alimentos e regeneração natural de florestas que tem sido adaptado a diferentes regiões e climas nos últimos 30 anos.


Agora conheça a incrível "Fazenda da Toca"!

Agrofloresta em Grande Escala - Large-scale agroforestry, Fazenda da Toca

 

  
  

Quem é ERNST GÖTSCH?

 Uma vida pela regeneração da floresta 

  

  assista em: https://www.youtube.com/watch?v=SKl3_Xigjyc

 

Aula prática completa de Agrofloresta

assista em: https://www.youtube.com/watch?v=W-UGjSz_rRU 

 


Quem é ERNST GÖTSCH?

Cientista dedicado ao melhoramento genético, buscava nas plantas forrageiras – seu objeto de estudo – genótipos que fossem mais resistentes às doenças. 

De repente, Götsch começou a se questionar: “Será que não conseguiríamos maior resultado se procurássemos modos de cultivo que proporcionassem condições favoráveis ao bom desenvolvimento das plantas, ao invés de criar genótipos que suportem os maus-tratos a que as submetemos?” 
Assim nasceu a Agricultura Sintrópica, a partir da pesquisa de Ernst Gotsch, suíço nascido em 1948. Na década de 70, Götsch desenvolve seus primeiros estudos sobre sistemas complexos de plantio, em áreas no norte da Suíça e no sul da Alemanha. Sempre buscando o caminho dos consórcios entre espécies, testou, por exemplo, as antigas tradições de plantação de milho junto com feijão, mas também experimentou novas associações como trigo e ervilha ou framboesa, maçã e cereja, entre outras. 
Do sucesso das colheitas surgiu a ideia de organismo. Da ideia de organismo viria a da cooperação e, dali, a ideia da sucessão dos sistemas, etc. Tais conceitos vieram a fundamentar sua filosofia e sua técnica.
Em 1979 muda-se para a Costa Rica, onde realiza trabalhos de recuperação de solos degradados com a implantação de Sistemas Agroflorestais altamente produtivos, sempre prescindindo de qualquer agroquímico.
Chega ao Brasil em 1982 e em 1984, fixa-se em uma fazenda no sul da Bahia. O nome da Fazenda, como de costume na região, era uma crônica da realidade local: “Fazenda Fugidos da Terra Seca”. Aproximadamente 500 hectares de terra tornada improdutiva devido às práticas de: corte de madeira, repetidos ciclos de cultivo de mandioca nas encostas dos morros, criação de suínos nas baixadas e formação de pastagens por meio de fogo ao longo das margens da estrada que corta a fazenda. 
Ali Ernst continuaria o desenvolvimento obssessivo de seus experimentos em Sistemas Agroflorestais Sucessionais, alcançando alta produtividade em grande variedade de espécies vegetais, com destaque para o cacau e a banana. Além de alimentar sua família e dali tirar sua renda, a consequência de sua intervenção pôde ser empiricamente observada mais tarde. A Mata Atlântica ressurgia na área, com todas as suas características de flora e fauna. Hoje são cerca de 410 hectares de área reflorestada, dos quais 350 foram transformados em RPPN, além de 120 hectares de Reserva Legal. Além disso, cerca de 14 nascentes ressurgiram na fazenda que hoje, seguindo a tradição cronista, passou a chamar-se “Fazenda Olhos d’Água”.
Referência internacional em Sistemas Agroflorestais Sucessionais, Ernst Gotsch desenvolveu uma apurada técnica de plantio cujos princípios e práticas podem ser aplicados a diferentes ecossistemas. “Amazônia, Cerrado, Altiplano Boliviano, Caatinga, eu vi que todos esses lugares podem ser um paraíso quando bem trabalhados”. Com uma visão da agricultura que reconcilia o ser humano com o meio ambiente, Gotsch tem artigos publicados, mas nunca escreveu sobre o conjunto de suas observações, pois acredita que sua pesquisa não está acabada. E, mesmo sobre as conclusões a que já chegou, diz que “não há o que ser dito, pois é óbvio”, com a clareza daquilo que dá certo que, naturalmente, nos salta aos olhos.
Deborah Spósito  
http://liberdadenamochila.com.br/ernst-gostch-e-a-agricultura-sintropica/

 

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