sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O signo revisitado (Lúcia Santaella)



O signo revisitado




Segundo Santaella, em sua obra Teoria Geral dos signos, se o signo é algo que traz um objeto para uma relação com um interpretante, então o signo exibe consequentemente cada uma dessas três modalidades: 

 
        -    ele é algo em si mesmo (primeiridade)
  - ele é em conexão com um segundo (secundidade)
   - ele é uma mediação entre um segundo e um terceiro (terceiridade)




O Signo no Mundo do Dicionário e da Enciclopédia



O Signo no Mundo do Dicionário e da Enciclopédia
Introdução

Obs.: O trabalho abaixo foi apresentado no dia 19 de abril 1996, em Florianópolis, SC, na sede do "Traço Freudiano" (um grupo de psicólogos, terapeutas e psicanalistas), e será publicado na próxima edição da revista anual do grupo.

Publicações Markus J. Weininger

http://www.ced.ufsc.br/~uriel/signo.htm


Este trabalho discute uma tese básica, formulada por Umberto Eco na sua Semiótica e Filosofia da Linguagem. Eco, em continuidade de sua obra semiótica, quer descobrir se o valor do signo linguístico, o seu significado ou conteúdo, é constituído no campo lexical do dicionário, através de equivalências e definições, ou no campo textual de uma grande enciclopédia de todos os textos jamais formulados, através de instruções para a interpretação, tiradas da comparação com todas as ocorrências do signo nessa enciclopédia. A questão é, portanto, se o significado nasce da langue ou da parole, do sistema linguístico ideal ou do seu uso prático na linguagem concreta. Eco procura, assim, a resposta à pergunta de Nietzsche: „Quem fala?", se são as próprias palavras que falam, ou quem faz uso delas.

Vocabulário básico para uma “Análise do Discurso”



 

Vocabulário básico para uma “Análise do Discurso”




É importante conhecer alguns conceitos básicos que são utilizados durante a análise filosófica de um discurso. 
Por exemplo, quando se diz “enunciado”, devemos entendê-lo como sendo aquela “sequência acabada de palavras de uma língua emitida por uma ou vários falantes”. O 'fechamento' do enunciado é assegurado por um período de silêncio (realizado pelo falante) antes e depois da sequência de palavras, lembrando que ele pode ser formado de uma ou mais frases. Além dos enunciados gramaticais e semânticos, podemos ter também enunciados agramaticais e assemânticos. Pode-se acrescentar um adjetivo se se quiser qualificá-lo. Então teremos:
tipos de discurso: enunciado literário, polêmico, didático, etc.; 
tipo de comunicação: enunciado falado ou escrito; ou ainda 
tipo de língua: enunciado francês, latino, etc. 

Então, um conjunto de enunciados constituirá o corpo de dados empíricos (corpus) da análise linguística.

Entre Rios - documentário sobre a cidade de São Paulo

Entre Rios conta de modo rápido a história de São Paulo e como essa está totalmente ligada com seus rios. Muitas vezes eles passam desapercebidos e só se mostram quando chove e a cidade pára. 

Mas onde estão esses rios? Alguns foram escondidos de nossa vista e outros vemos só de passagem.
 
O video foi realizado em 2009 como trabalho de conclusão de Caio Silva Ferraz, Luana de Abreu e Joana Scarpelini no curso em Bacharelado em Audiovisual no SENAC-SP,

LINK para o documentário aqui


Vícios e Apegos

É interessante ver o Ram Dass (ou Richard Alpert) falando da gênese psíquica dos vícios (e apegos) do seu ponto de vista de mestre espiritual e sua formação de PhD em Psicologia, pela Stanford University (EUA). Um confesso insatisfeito com a Psicologia ocidental nos Anos 60 e 70, Ram Dass foi descobrir na Índia, no Budismo e no Hinduísmo, as descrições elucidativas para a consciência, e a partir de sua própria experiência cunhou algumas de suas conclusões, como a que está nesse discurso registrado em áudio e que segue no vídeo abaixo, “Vícios e Apegos” (9min) — traduzido para o português pelo canal JoeTheEagle do YouTube, a quem agradecemos pelo compartilhamento.
Uma das partes especialmente interessantes que fazer parte do circuito da “cadeia de reatividade“, tal qual Ram Dass explica, é como a ressaca da busca pela sensação de estar em casa acaba reforçando o sentimento inicial de que “somos maus“, de que originalmente não teríamos e não fomos permitidos o direito de desfrutar de Paz e Satisfação permanentes, uma vez que assim que o prazer acaba, o estado “a que voltaríamos” é o de ausência/carência.

FONTE: Nando Pereira (Dharmalog.com)

“Quando nascemos, nós chegamos da sensação de estar plenamente em casa com o mundo exterior. Ao sermos soltos, nós ainda temos uma pequena sombra daquela sensação quando chegamos em casa no fim do dia, aqueles de vocês que tem uma casa, que colocam seus pés pra cima, relaxam, tomam uma xícara de chá ou seja lá o que for, aquela sensação de voltar pra casa, de voltar para um lugar seguro, ou o sentimento de voltar a estar em paz com o Todo. Quando nós somos separados disso, esta separação é criada pela mente, que é a raiz do sofrimento, como o Buda fica, o apego da mente pelas coisas que nos separam do Todo. Agora, uma vez que essa separação ocorre, há uma dor incrível. Você pode chamá-la de ser expulso do Jardim do Éden, pode chamá-la de pecado original, como você quiser chamá-la, há diferentes metáforas em diferentes sistemas, mas há uma dor incrível. E de alguma profunda maneira, todas as nossas ações a partir de então, são uma tentativa de retornar para aquele ‘de volta ao Todo'”.
~ Ram Dass, em “Vícios e Apegos” (Attachment and Addiction)






sábado, 21 de setembro de 2013

O conceito de 'Vazio'... ou "como me livro do "mim mesmo"

O Vazio: 

Um dos conceitos mais difíceis de entender no Budismo é o conceito de vazio, vacuidade. É freqüente que pessoas cometam um erro básico qu...


sábado, 14 de setembro de 2013

Iba Mendes: Jeca Tatu: o mal da terra


Iba Mendes: Jeca Tatu: o mal da terra:
"longo do século XIX e início do século XX, algumas questões assolaram o Brasil. Para os intelectuais do período, a chamada elit...



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Iba Mendes: A doutrina do branqueamento

Iba Mendes: A doutrina do branqueamento:

Racismo à brasileira “No século XIX as idéias do racismo científico foram traduzidas, divulgadas e estudadas no Brasil. Na segunda metade ...



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Iba Mendes: O movimento sanitário e a eugenia

Iba Mendes: O movimento sanitário e a eugenia: “Munford (1998) relata que, nas cidades, até o século XIX, existia um “certo equilíbrio de atividades” e que, com a mudança no modo de prod...



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Iba Mendes: Entre o Jeca Tatu e o Brasil moderno

Iba Mendes: Entre o Jeca Tatu e o Brasil moderno: “A preocupação do cronista do jornal O Tempo , de Concórdia, em meados do século XX, conforme se observa no fragmento a seguir, reflete ...





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a liberdade e o equilíbrio

Para ser totalmente livre, a pessoa precisa estar absolutamente cons­ciente, pois nosso cativeiro está enraizado na nossa inconsciência; ele não vem de fora.

Ninguém pode impedi-lo de ser livre. Você pode ser destruído, mas, a menos que você deixe, a sua liberdade não pode ser tirada de você. Em última análise, é sempre o seu desejo de não ser livre que tira a sua li­berdade. É o seu desejo de ser dependente, o seu desejo de negar a responsabilidade de ser você mesmo, que faz de você uma pessoa sem liberdade.

No momento em que a pessoa assume a responsabilidade por si mes­ma (e lembre-se de que isso não é um mar de rosas), existem espinhos também; não é açúcar no mel, existem momentos de amargura também.

A doçura é sempre contrabalançada pela amargura; elas vêm na mesma proporção. As rosas são contrabalançadas pelos espinhos, os dias pelas noi­tes, os verões pelos invernos. A vida mantém o equilíbrio entre os opostos polares.

Assim, uma pessoa que esteja pronta para aceitar a responsabili­dade por ser ela mesma, com todas as suas belezas, amarguras, alegrias e aflições, pode ser livre. Só uma pessoa assim pode ser livre.

Viva isso em toda sua agonia e em todo o seu êxtase — ambos são seus. E nunca esqueça: o êxtase não pode vir sem agonia, a vida não po­de existir sem a morte e a alegria não pode existir sem a tristeza.

É assim que as coisas são — não se pode fazer nada a respeito. Essa é a própria natureza, o próprio Tao das coisas.

Aceite a responsabilidade por ser como é, com tudo o que você tem de bom e com tudo o que tem de ruim, com tudo o que tem de belo e com tudo o que não é belo. Nessa aceitação, ocorre uma transcendência e a pes­soa se torna livre.


Osho, em "Liberdade: A Coragem de Ser Você Mesmo"
  Publicado no blog palavras de Osho

Koans e Contos Zen



O que é um koan?

O koan é um método milenar utilizado pelos Mestres de escolas zen-budistas de meditação para conduzir seus discípulos a um estado elevado de consciência: a "iluminação" ou "Satori".
Para atingir este estado, o discípulo deve ter anulado completamente qualquer atividade mental ou processo de identificação. Entenda-se por "processo de identificação", os inúmeros pensamentos desordenados, recordações, sonhos, anseios, medos ou ansiedades...
A mente humana, em seu atual estágio de adormecimento,  possui a tendência de reagir o tempo todo. O objetivo do koan é "nocautear" a mente mediante a propositura de uma questão absurda, enigmática, sem resposta lógica.
Por isso, o koan é traduzido como um diálogo enigmático entre um autêntico Mestre e discípulo que visa levar o praticante a escapar das armadilhas e labirintos da mente, experimentando a Verdade, além do Ego e da ilusão do mundo material. Uma experiência inesquecível.

Como usar o koan?

- Num local calmo, o estudante escolherá uma posição confortável e, em seguida, deve concentrar sua mente na questão proposta pelo koan.
Sua mente deve ser completamente absorvida pelo problema proposto, como uma esponja absorve um líquido.
O koan deve preencher por completo a mente e nada além do koan deve permanecer na mente.
-  O estudante deve ocupar-se em obrigar a mente a descobrir a resposta do enigma ou problema-koan. Assim que uma resposta for apresentada pela sua mente, o estudante deverá descartá-la absolutamente, uma após a outra, sem apaixonar-se por nenhuma delas, até que a mente esgote o processo do pensar. 
DICAS
1 - estudar o koan calmamente, sem preocupação com o tempo exigido;

2- se não captar nenhum sentido, estudar de novo, e de novo, e de novo... novos sentidos irão se revelando... 
3- não se contentar com as respostas inteligentes, bem elaboradas que a mente produzirá... 
4- cuidado com a divagação da mente, que logo se cansa do 'brinquedo' e quer ir atrás de outro...
5- Aceitar cada resposta sucessivamente, como se tivesse ganhado um 'presente'... 
6- Não recriminar, nem julgar cada resposta... aceitar cada resposta com gratidão, mas tampouco se apegar a elas... logo abandone-as, uma a uma! -  
7- A concentração é o segredo para o sucesso. Esqueça-se o estudante do relógio, do telefone, dos compromissos futuros ou fatos passados.


O momento da "iluminação" será uma consequência natural.
LEMBRE-SE: "Uma mente distraída é como um barco à deriva que nunca chega a lugar algum." 
A meditação resulta de prática diária e de concentração perfeita.



Para ter acesso a koans e outros contos zen, acesse a página específica: 
http://oficina-de-filosofia.blogspot.com.br/p/koans-e-contos-zen.html


  

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O que está feito está terminado


Há alguns anos, um abade famoso estava construindo uma nova sala em seu monastério. Quando chegou a época das chuvas*, ele parou o trabalho e mandou os pedreiros para casa. Esse era o momento de silêncio em seu monastério.
Alguns dias depois, um visitante apareceu, viu o prédio construído pela metade e perguntou ao abade quando sua sala seria terminada. Sem hesitar, o monge respondeu:
- A sala está terminada.
- O que o senhor quer dizer com “terminada”? – respondeu o visitante surpreso. – Ela ainda não tem telhado, portas ou janelas. Há pedaços de madeira e sacos de cimento em toda parte. Você vai deixar essas coisas aí, desse jeito? Está louco? O que quer dizer com “terminada”?
O velho monge sorriu e respondeu gentilmente:
- O que está feito está terminado – e então se retirou para meditar.


 * A monção (esse período é chamado de Vassa ou época das chuvas) na Tailândia dura de julho a outubro. Durante esse período, os monges param de viajar, deixam de lado todos os seus trabalhos e projetos e dedicam-se exclusivamente aos estudos e à meditação.



O trecho acima foi retirado de seu livro “Antes que o dia acabe, seja feliz!”, publicado no Brasil pela editora Fundamento


fonte: http://sobrebudismo.com.br/o-que-esta-feito-esta-terminado/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+SobreBudismo+%28Sobre+Budismo%29

A cultura como hierarquia de sistemas semióticos



A cultura como hierarquia de sistemas semióticos




A linguagem é comumente entendida como elemento fundamental distintivo do ser humano. O homo sapiens teria surgido por ter assumido uma posição ereta, liberado as mãos e braços. Contudo, isso seria de pouco valor sem a especial capacidade cognitiva para tornar-se especialista na comunicação com os demais indivíduos, substituindo o grito animalesco pela palavra.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Filosofia da Linguagem: alguns conceitos de Saussure



Alguns conceitos básicos de Saussure, na visão de Castelar de Carvalho

Semiologia / Linguística
A Semiologia (ou Semiótica) é a teoria geral dos sinais. Ela difere da Linguística por sua maior abrangência: enquanto a Linguística é o estudo científico da linguagem humana, a Semiologia preocupa-se não apenas com a linguagem humana e verbal, mas também com a dos animais e de todo e qualquer sistema de comunicação, seja ele natural ou convencional. A Linguística constitui, portanto, uma parte da Semiologia. Semiologia e Semiótica são termos permutáveis (a primeira surgiu na Europa, com Saussure, e a segunda, nos Estados Unidos, com o filósofo Charles Sanders Peirce).

O signo linguístico: arbitrariedade e linearidade
Para Saussure, signo é a união do sentido e da imagem acústica. O que ele chama de “sentido” é a mesma coisa que conceito ou ideia, isto é, a representação mental de um objeto ou da realidade social em que nos situamos, representação essa condicionada pela formação sociocultural que nos cerca desde o berço.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O que aprendemos sobre cidadania?

04/09/13  - Opinião1 – Jornal da Cidade - Bauru

O que aprendemos sobre cidadania?

Silvio Motta Maximino

Em três grandes protestos nos meses de junho e julho, centenas de milhares foram às ruas reclamar a aprovação e rejeição de projetos, criticar o comportamento imoral e vergonhoso de partidos e de políticos em todas as esferas... 

Partidos em geral levaram prá casa, além da bandeira rasgada ou queimada, a vergonha de terem sido literalmente expulsos da festa para a qual, aliás, não haviam sido convidados. 

Enganam-se os ressentidos que adoram enxergar “conspirações” fascistas ou golpes de Estado em cada esquina: o “puxão de orelha” tem explicação relativamente mais simples: um alerta contra a canalhice e cinismo daquelas agremiações que estão fracassando em seu papel de mediadores entre o povo e o poder político. Quando uma instituição social perde sua credibilidade e função, é colhida pela obsolescência. É muito triste ver isso acontecendo com os partidos políticos.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Temos governo ou desgoverno?

02/09/13 03:00 - 
Opinião - Jornal da Cidade 

Não podemos chamar isso que temos de governo!

Rafael Moia Filho
O povo brasileiro é desprovido de governantes, temos democracia, votamos, elegemos, até já cassamos um presidente, mas continuamos sem governo. Falta ao nosso país gestores que sejam visionários, mas que enxerguem além de suas contas bancárias que engordam após cada novo mandato. Que olhem para o horizonte e enxerguem mais do que seus próprios umbigos. Precisamos de gente honesta, que diariamente prove ser honesta por quatro ou até oito anos e assim até o final da vida.