A ONG Bauru Transparente (Batra) tem como objetivo de fiscalizar os
poderes Executivo e Legislativo da cidade. A Batra começou em 2009 e, desde então, vem
desenvolvendo uma série de atividades, tendo a finalidade de disseminar a
importância da consciência política junto à população.
Em sua luta pela transparência, a Batra trabalha principalmente em duas linhas de ação:
– Combate à corrupção
- Projetos
de conscientização em relação a questões como ética e cidadania.
São da Batra os seguintes trabalhos:
Combate à Corrupção:
1. Luta para que a Câmara de Bauru não elevasse o número de Vereadores, conseguindo que o aumento fosse de apenas uma cadeira;
2. Implantação de várias diretrizes e sugestões na Lei da Ficha Limpa Municipal, aprovada na Câmara;
3.
Cobrança junto ao MP sobre os gastos indevidos da Autarquia DAE – Depto
de Água e Esgotos utilizando de recursos para obra da Estação de
Tratamento de Esgotos;
4. Participação no Movimento contra a Corrupção em Analândia;
5. Participação em todas as etapas (Municipal,Estadual e Nacional) da Consocial;
6. Apoio ao movimento pela preservação do Cerrado bauruense;
7. Luta pela regulamentação e implantação da Lei de Acesso à Informação em Bauru tanto na Prefeitura quanto na Câmara;
Projetos de Cidadânia:
1.
Projeto Voto Consciente com a realização de palestras de conscientização
sobre o sistema eleitoral brasileiro para escolas públicas e privadas,
universidades, moradores da periferia, etc.
2.
Projeto Caravana da Cidadania em parceria com o IFC com palestras,
formação de cidadãos para a fiscalização em postos de saúde da família;
3.
Projeto Relatório de Demandas de Bauru realizado por um grupo
interdisciplinar coordenado pela Batra para apontar aos partidos com
sede em Bauru as necessidades da cidade em Educação, Saúde, Urbanização,
Segurança, Meio Ambiente, Serviços Públicos, Bem Estar Social, Lazer e
Esportes
4.
Projeto de Acompanhamento dos Trabalhos Legislativos em Bauru com a
divulgação de todo conjunto de informações referentes ao mandato de
2008-2012 possibilitando aos cidadãos análise minuciosa sobre todo
trabalho realizado pelos vereadores em quatro anos de suas gestões;
5.
Projeto do Livro Cidadania Consciente num regime democrático para ser
integrado a grade curricular do ensino médio estadual em Bauru;
6.
Organização da Gincana para alunos que tiverem aulas sobre o livro
Cidadania Consciente com a distribuição de prêmios as equipes vencedoras
dos colégios; 7. Programa Ágora: A Batra e o Jornal da Cidade na Escola, em parceria e harmonizados
com a Lei de Diretrizes e Base da Educação, desenvolveram um programa
educacional para levar aos estudantes da educação infantil, do ensino
fundamental e ensino médio e superior, conteúdos e atividades que
instrumentalizem, incentivem e desenvolvam o gosto pelo exercício amplo
da cidadania, calcado em participação política efetiva, organizada,
pacífica, qualificada pela informação, balizada pela ética e orientada
para o bem comum da nossa sociedade
Todo
município deveria ter uma organização que pudesse fazer o elo entre o
cidadão comum e o Poder Público, auxiliando na fiscalização dos atos do
Executivo e do Legislativo, uma entidade que incentivasse ações ligadas a
Educação, Conscientização e divulgação das informações aos munícipes.
No site da Batra (www.batra.org.br) há informações de como fundar uma ONG com estas características acima descritas.
Tudo o que vemos são fragmentos. Reflexos do que está em movimento.
Nenhuma experiência se limita ao "fato" objetivo, mas acompanha o
interminável fluxo da existência que modifica todas as coisas, o tempo
todo. O que aconteceu ontem interferirá no hoje enquanto processa os
desdobramentos de amanhã. Isso não vemos. Só vemos em parte. Fragmentos.
Palavras… Deixe que descansem
…palavras são apenas códigos. Elas costumam ser úteis quando
expressam o que nos habita, o que somos. O que somos vale mais do que
palavras. Quando alguém precisar de você, não se preocupe com as
palavras. Apenas seja. Apenas esteja. Abrace, fique perto, ouça. Se as
palavras vierem, ótimo. Caso contrário, deixe que elas descansem.
Crianças indígenas morrem mais de gripe e desnutrição
RUBENS VALENTE
em ATALAIA DO NORTE (AM)
Infecção e fome explicam
quase um quinto das mortes de crianças com menos de um ano entre 2000 e
2012.
Taxa de mortalidade infantil entre índios em 2012 foi mais do que o dobro da média nacional no mesmo ano
A pequena Ingrid, filha do cacique da etnia mayoruna Antônio Flores,
líder de uma aldeia com seu sobrenome no Vale do Javari (AM), teve
apenas quatro dias de vida.
Na manhã do último domingo de março, dia 29, após o velório com parentes
que vieram de aldeias a muitas horas de viagem pelo rio Solimões, o
corpo do bebê foi enterrado em Atalaia do Norte (AM). A laje do túmulo
foi improvisada com tijolos retirados do muro do cemitério.
A Folha presenciou a cena quando o cacique, falando em sua língua e
traduzido por um primo, interpelou o enfermeiro no velório. Para Flores,
a culpa pela morte foi o excesso de soro dado à criança no hospital de
Tabatinga (AM). A causa oficial da morte foi infecção generalizada
decorrente de problemas na gravidez.
A perda que atingiu a família se repetiu tragicamente em todo o
território nacional entre 2000 e 2012. Dados do Ministério da Saúde
obtidos pela Folha com a Lei de Acesso à Informação revelam que gripe e
fome mataram 1.156 crianças indígenas de até um ano de idade no país, do
total de 7.149 mortes no período.
Combinadas, as duas causas responderam por 16% de todos os óbitos, quase
um quinto. As mortes por gripe representaram 13% do total, mais do que o
dobro da média nacional para infecções respiratórias no período
2000-2011 na população brasileira de zero a cinco anos.
Entre os guaranis-caiuás, no Mato Grosso do Sul, 40 morreram de
desnutrição, respondendo por 17% de todos as mortes do gênero entre os
bebês indígenas no país, embora a etnia corresponda a 5% da população de
índios brasileira. Outras 107 crianças xavantes morreram de gripe, ou
quase 12% do total nacional.
SEM CAUSA
Os números indicam a persistência de alto número de mortes entre os
ianomâmis. A taxa de mortalidade infantil saltou de 76 em 2000 para 150
em 2005, oscilou para 146 em 2011 e chegou a 133 em 2012.
A taxa de mortalidade infantil entre os índios em 2012, de 38 mortes
para mil nascidos vivos, foi mais do que o dobro da taxa nacional
observada nesse mesmo ano (15).
Como dissemos, estamos programados. O cérebro humano é um processo
mecânico. Nosso pensamento é um processo materialista, e esse pensamento
tem sido condicionado para pensar como budista, hindu, cristão, etc.
Portanto, nosso cérebro está condicionado. É possível ficar livre do
condicionamento? Há os que dizem que não, porque (…) como pode esse
condicionamento ser completamente erradicado, de forma que o cérebro
humano possa tornar-se extraordinariamente purificado, original, de
infinita capacidade?
Muitas pessoas admitem isso, mas ficam satisfeitas em meramente
modificar o condicionamento. Porém estamos dizendo que esse
condicionamento pode ser examinado, observado, e pode haver total
libertação do mesmo. Para descobrir por nós mesmos se é possível, ou
não, temos de inquirir sobre nossas relações. (Idem, pág. 78)
Em geral temos um problema, tendemos a preocupar-nos com ele, a
fragmentá-lo, analisá-lo, achar uma fórmula para resolvê-lo. E o
pensamento, como se pode observar, é sempre reação do velho; portanto,
nunca é novo, e o problema, entretanto, é sempre novo. Traduzimos o
novo, o problema, em termos de pensamento, mas o pensamento é velho (…)
(A Essência da Maturidade, pág. 12)
(…) Como é possível descobrirdes o que é novo, com a carga do que é
velho? É só pelo desaparecimento dessa carga que se descobre o novo.
Assim, pois, para descobrir o novo, o eterno (…), necessita-se de uma
mente extraordinariamente alerta, (…) que não vise a um resultado (…)
não interessada em “vir-a-ser”. (…)
(O Que te fará Feliz, pág. 129)
A palavra “apegar-se” significa pegar, agarrar, ter a sensação de que
você pertence a alguém e de que alguém pertence a você. Cultivar o
desapego dá origem à falta de afeição, à frieza, (…) desenvolve o
sentimento oposto (…) O desapego é um não-fato, enquanto o apego é um
fato. (…) Quando há apego, cultivar o desapego é um movimento rumo à
ilusão e você se torna frio, duro (…)
(Perguntas e Respostas, pág. 120)
Se estamos cônscios de que estamos apegados, vemos todas as
consequências desse apego - ansiedade, falta de liberdade, ciúme, ira,
ódio. No apego há também uma sensação de segurança (…) E, assim, há o
possuidor e o possuído (…) Estou apegado a você do fundo de minha
solidão e esse apego (…) diz: “Eu amo você” (…)
(Idem, pág. 121)
Você pode estar apegado a uma experiência, a um incidente, uma grande
sensação de orgulho, (…) de poder, (…), de segurança (…) Se você
percebe tudo isso, sem que ninguém lho diga, sem nenhum motivo, (…)
então você verá que o insight revela a coisa toda como num mapa. Havendo
esse insight, a coisa desaparece completamente e você não está mais
apegado.
(Idem, pág. 121)
Reportagem
da agência Pública mostra por que São Gabriel da Cachoeira, com a maior
população de índios do Brasil, tem índice de suicídios dez vezes
superior à média nacional
Faz
pouco mais de dois meses que ela se foi, um dia antes do seu
aniversário. Maria – vamos chamá-la assim – completaria 20 anos em 2 de
março. Ninguém diria que não era uma indiazinha como tantas que colorem
as ruas de São Gabriel da Cachoeira, município no noroeste do Amazonas,
às margens do rio Negro. Era baixinha, os cabelos negros sobre os
ombros, as roupas justas, chinelo de dedos. Mas Maria estava ali só de
passagem. No seu enterro os parentes contaram que tinham vindo rio
abaixo para passar o período de férias escolares, quando centenas de
indígenas de diversas etnias deixam suas aldeias e enchem a sede do
município para resolver pendências burocráticas. Ali na cidade, ela
arrumou namorado, um militar, e passava os dias com ele, quando não
estava entre amigos. Mas nos últimos dias Maria andava triste: o casal
havia rompido o namoro. Estava estranha, nervosa. Os parentes contaram
que chegou a ter alucinações.
Os
pais tinham achado bom o fim do namoro. Ninguém chegou a conhecer de
perto o tal soldado. Nunca conseguiram ver o seu rosto porque, segundo
contaram, quando ele vinha ao bairro do Dabaru, um dos mais pobres do
município, onde a família morava numa espécie de vilazinha com casas
coladas umas nas outras, ele sempre se escondia nas sombras formadas
pela parca iluminação. Tinha o rosto coberto pelas trevas da noite. Era
branco? Era preto? Era gente?
Na
madrugada de sábado para domingo, dia 1o de março, depois de ter
passado a tarde e o começo da noite com o irmão mais velho e amigos
bebendo na praia do rio, Maria começou a se transformar de vez. Estava
agressiva. Os olhos já não eram os dela, contou o irmão, reviravam e
mudavam de cor enquanto ela gritava que os pais não gostavam dela, que
era ele o filho predileto. O irmão ainda arrastou Maria de volta, mas,
quando chegaram em casa, os pais não conseguiam enxergá-la. No lugar
dela viam apenas algo escuro, uma sombra. Um ser da escuridão. O pai não
pôde nem levantar da rede no pequeno quarto que dividia com os filhos.
Ficou chorando, atônito. Maria entrou no quarto ao lado, bateu a porta.
Não conseguiram abri-la, embora não estivesse trancada. Por uma fresta,
viram quando ela amarrou uma corda e se enforcou. No momento seguinte,
contam, a porta finalmente abriu. Ela já estava morta.
Dez vezes mais
Maria
é a vítima mais recente de uma tragédia assombrosa que se repete com
enredo semelhante há pelo menos dez anos em São Gabriel da Cachoeira e
que foi traduzida em números pelo Mapa da Violência 2014, da
Secretaria-Geral da Presidência da República.
Ni devas vivi en la estanteco. Ne en la estonteco, nek en
la pasinteco. La stato de meditado ne estas pensi, nek pripensi. Mediti estas
ne pensi. Mediti ne estas agado, estas ne-agado.
Kial ni devas mediti?
Ĉar ni bezonas senti la veran pacon kaj feliĉon.
La esenco de la paco ne estas en la mensa laborego.
La menso ne scias kio estas la paco.
Kial ne-pensi? ĉar la simpla ago de pensi ekkaŭzasmaltrankvilecon, kaŭzas ofte anksiecon, zorgante pri kio povas aŭ ne povas okazi, aŭ malkontenton
pro la pasintaj spertoj.
Kioj estas la penso, la emocio kaj la sento?
La pensoj kaj la emocioj estas tre grava afero por ni.
La plej grava afero estas koni kiel niaj pensoj aŭ la emocioj
funkcias. Scii tio permesas uzi plibone niajn kapablojn.
La koncentriĝo estas la vojo por atingi la stato de
meditado.
ĉi tio nur okazas se ni estas kapablaj de vivi la momenton.
Ĉu ni povas vivi la nuntempon, sen eskapis estantecon?
Interessante análise sobre os novos dogmas da pós-modernidade. Muitas vezes nos sentimos mais espertos que nossos pais, avós ou antepassados. Achamo-nos mais críticos, mais reflexivos e pessoas de mais bom senso que os que vieram antes de nós. Pensamos de nós mesmos que nos livramos dos dogmas, das crenças absurdas e das explicações incoerentes. Será?
O consumo e o dinheiro como religião
Apesar
de usarmos os mesmos símbolos religiosos de sempre, parece que estamos
aderindo a outros dogmas, muito mais ligados ao consumo, ao dinheiro, a
aparência, aos valores de mercado, do que aos tradicionais valores das
religiões, especialmente da fé cristã. Parece que mantemos os códigos,
mas estamos mudando os significados.
Dentro dessa nova cultura quem são os hereges? Os sacerdotes? E os sacrifícios, pecado, céu, inferno?
Nesse programa Flavio Siqueira reflete sobre isso, responde e-mails de ouvintes e propõe novas perspectivas de olhar. Acompanhe!
Seg à sexta, ao vivo, 08h. Reprises diariamente 15h, 20h e 03h.