domingo, 4 de dezembro de 2022

Thich Nhat Hanh - Como Acalmar a Mente?

O vídeo abaixo, (mais uma excelente contribuição do Canal Corvo Seco) trata a respeito do papel dos nossos hábitos e das emoções na determinação e no condicionamento do nosso comportamento. 

Há uma forma de evitar ser subjugado pela força avassaladora de nossas emoções e hábitos mecânicos... somos prisioneiros dessas forças, quando não somos conscientes delas.

Como podemos fazer cessar o medo, a raiva, o desespero e os desejos? 

Como Acalmar a Mente?

 Podemos fazer isso a partir da prática da atenção plena: "respiração consciente", do "caminhar consciente" e da "contemplação profunda". Focalize totalmente sua atenção na realidade presente, aqui e agora... 

Deste modo, você poderá percorrer os cinco estágios que nos levam a não mais sermos vítimas das circunstâncias, das emoções e dos pensamentos descontrolados:

1)Reconhecimento, 

2)Aceitação, 

3)Acolhimento 

4) Olhar em profundidade e 

5) Insight (iluminação)

Esses são os cinco estágios para acalmar corpo e mente.

(...) "Reconhecimento: se estamos zangados, dizemos "reconheço que a raiva está dentro de mim".

Aceitação: quando estamos zangados, não negamos a raiva.

Aceitamos aquilo que está presente.

Ouvir e entender nossos sofrimentos internos resolverá a maioria dos problemas que encontramos.

Acolhimento: abraçamos a raiva como faz uma mãe com o filho que chora.

Nossa atenção plena acolhe a emoção, e só isso já é capaz de acalmar a raiva e a nós mesmos.

Olhar em profundidade: quando nos acalmamos o suficiente, conseguimos observar profundamente para entender o que provocou a raiva, ou seja, 'o que está fazendo o bebê chorar".

Insight: o fruto do olhar profundo é a compreensão das causas e condições, tanto primárias quanto secundárias, que provocaram a raiva e fizeram nosso bebê chorar.

Talvez ele esteja com fome. Talvez o alfinete da fralda o esteja machucando.

Talvez nossa raiva tenha surgido quando um amigo nos falou em um tom ofensivo, mas de repente nos lembramos de que essa pessoa não está bem hoje porque seu pai está muito doente.

Continuamos a refletir dessa forma até compreendermos a causa de nosso sofrimento atual.

A compreensão nos dirá o que fazer ou não fazer para mudar a situação." (...)


 Segue abaixo o vídeo:

 
Thich Nhat Hanh (Vietnã, 1926 - 2022) é um dos mais respeitados líderes espirituais do mundo. Mestre do zen-budismo responsável por popularizar o mindfulness.

Defensor da paz, autor e palestrante, Hanh escreveu mais de 100 livros e espalhou pelo mundo técnicas meditativas de como levar uma vida repleta de consciência, de forma leve e sustentável. 

O ensinamento-chave do Nhat Hanh é que, através da atenção plena, pode-se aprender a viver com felicidade no momento presente – a única forma de, verdadeiramente, se desenvolver a paz, tanto em si próprio quanto no mundo. 

 

 

Trechos do livro “The Heart’ of the Buddha’s Teaching”, de Thich Nhat Han. 

“Precisamos irradiar a luz da atenção plena em tudo o que fizermos, para que a escuridão do esquecimento desapareça”. Thich Nhat Hanh. 

“Quando praticamos a respiração consciente, estamos praticando a volta ao momento presente, no qual tudo está acontecendo. Aqui e agora”. Thich Nhat Hanh. 

“Meu objetivo está no aqui e agora, o único tempo e lugar onde uma vida autêntica é possível”. Thich Nhat Hanh.  

“A força do hábito costuma ser mais forte do que nossa vontade. Dizemos e fazemos coisas que não queremos e depois nos arrependemos. Causamos sofrimento a nós mesmos e aos outros, e de forma geral produzimos grande quantidade de destruição. Podemos ter a firme intenção de nunca mais fazer isso, mas sempre acabamos fazendo de novo. Por quê? Porque a força do hábito (vashana) acaba vencendo e nos levando de roldão. Precisamos da energia da atenção plena para perceber quando o hábito nos arrasta, e fazer cessar esse comportamento destrutivo. Com atenção plena, temos a capacidade de reconhecer a força do hábito a cada vez que ela se manifesta. ‘Alô força do hábito, sei que você está aí!’ Nessa altura, se conseguirmos simplesmente sorrir, o hábito perderá grande parte de sua força. A atenção plena é a energia que nos permite reconhecer a força do hábito e impedi-la de nos dominar”. - Thich Nhat Han.  

“Vigilante entre os desatentos, desperto entre os sonolentos, o sábio abre caminho assim como um cavalo de guerra se distancia de um cavalo fraco”. - Shakyamuni Buda.

 

 

 Saiba mais em: https://amenteemaravilhosa.com.br/thi... 

livros de Thich Nhat Hanh: 

Medo - Sabedoria Indispensável para Transpor a Tempestade: https://amzn.to/3rtKXRs 

A Essência dos Ensinamentos de Buda: https://amzn.to/3kPMFvm 

 O Milagre da Atenção Plena: https://amzn.to/2V7JcNM 

 Lista de livros de Thich Nhat Hanh: https://amzn.to/3wVndXC 


Papaji - Descanse em Eterna Paz

 Quando a mente se agita, o mundo surge... portanto, fique quieto!

Tudo o que tem que fazer é parar todo o movimento da mente. Seja gentil com si mesmo. Abra seu coração e simplesmente seja. Apenas descanse em paz. Descanse naquilo que é sempre permanente e desapegue-se do resto. Tudo a que você é apegado, tudo que você ama,  tudo que você sabe, algum dia irá embora.

Mergulhe profundamente em si mesmo e acorde na Realidade... Este momento está disponível agora mesmo... Olhe para este momento, para este instante de tempo, olha para ele agora, e veja como você se sente. 

 

Papaji, ou Sri H.W.L. Poonja (1910 - 1997) foi um mestre de Advaita Vedanta discípulo de Ramana Maharshi e mestre de Mooji. Através de sua sabedoria profunda e autêntica Papaji ensinou a auto-inquirição (Atma-Vichara) que envolvia localizar o senso de “eu”, focalizando apenas nisso através de uma investigação direta. Entre 1991 e 1997, milhares de devotos desejando sinceramente por liberdade foram à Índia para se sentar em sua presença e receber seu “não ensino”, sua transmissão de mente silenciosa e a realização direta de Si Mesmo.

 

 No vídeo abaixo seguem trechos de gravações em satsangs. 

Papaji - Descanse em Eterna Paz

 
“Esta é uma boa prática: Manter a atenção em seu diamante e manter os ladrões longe dele. Permanecer quieto, e estar ciente dos pensamentos. Quando estiver ciente, você não terá nenhum pensamento, porque nenhum pensamento surge quando você observa. Quando você faz isso, você está naturalmente na própria Consciência. Nenhuma atenção, nenhuma intenção, simplesmente atenção. Nenhuma luta entre o dentro e o fora, apenas fique relaxado e à vontade. Sente-se quieto e observe a mente. Ela vai querer ir aqui e ali para aproveitar as experiências passadas e os prazeres. Traga-a de volta. Se você está ciente do ladrão ele não vai roubar você, mas se você não está ciente, então ele não vai deixar você ser feliz, ele vai roubar a propriedade da paz”. - Papaji. 

 “Não há diferença entre olhar para dentro na realidade, e fora no sonho, a criação. Isto não pode ser explicado. Em silêncio, na quietude ou no campo de batalha - ainda estar tranquila no campo de batalha, ou nos altos picos do Himalaia, meditando com ninguém ao seu redor. Não existe qualquer diferença. Quer seja agora ou no próximo ano ou no próximo nascimento, não importa”. Papaji. 

“Permaneça em Satsang, permaneça quieto, e sempre tenha amor pelo seu próprio Ser. Você não irá ganhá-lo por nenhuma tentativa ou esforço. São essas esperanças e desejos que ocultam a sempre-pura Consciência. Seu Eu Real pode se revelar num piscar de olhos, assim que você abandonar toda sua esperança e todo seu desejo, que são as doenças da mente”. Papaji. 

“Os desejos são problemas quando deixam traços na mente. São os traços que são perigosos, e não os desejos em si. Quando um pássaro voa, ele não deixa marcas no ar. Quando um peixe nada, ele não deixa qualquer marca na superfície da água. Se nós pudéssemos viver sem deixar quaisquer traços e marcas na mente, nós não teríamos nenhum problema. Este ciclo interminável é alimentado pelo desejo, o desejo de desfrutar de objetos sensoriais em um corpo. Quando cessa o desejo, o ciclo cessa. Este aparentemente interminável ciclo de nascimentos e mortes cessa com a cessação do desejo. O universo cessa, como se nunca houvesse existido. É assim que é”. Papaji.

 

Rupert Spira - A Causa do Conflito nas Relações



Rupert Spira (nascido em 1960, em Londres) é autor, palestrante e professor da filosofia Advaita (não-dualidade). 

Através do “caminho direto” - auto-investigação - seu ensino trata sobre a natureza essencial de nosso eu antes de ser condicionado ou qualificado pelo conteúdo da experiência. 

Trabalhando continuamente para investigar a natureza da mente e da realidade por meio de sua filosofia, Rupert explora e celebra a verdade do que essencialmente somos: a consciência de ser que brilha em cada mente como o conhecimento “eu sou”, que é temporariamente colorido pela experiência, mas nunca é modificado, alterado ou prejudicado por ela. 

Além de textos e ensaios, Rupert Spira publicou vários livros, e mantém reuniões regulares e retiros no Reino Unido, Europa e Estados Unidos. 

 

 

Trechos retirados de gravações em Satsang.

“A tragédia e comédia da condição humana é que passamos a maior parte das nossas vidas pensando, sentindo, agindo, percebendo e relacionando-se em nome de um eu inexistente”. Rupert Spira. 

“Se você se aproxima de outras pessoas com o desejo de obter a felicidade ou o amor deles, o relacionamento está condenado, no melhor dos casos, será um pacto entre duas pessoas que investem sua felicidade um no outro. Mas desta forma não pode haver verdadeira intimidade, não pode haver amor verdadeiro, é dependência, não é amor, o amor parece de fora, mas não é, é realmente o medo de perder o outro mascarado no amor”. Rupert Spira. 

“Em outras palavras, quanto mais liberdade se dá ao outro, menos eles precisarão um do outro, menos exigirão um do outro, menos felicidade eles investem um no outro, assim, maior é a profundidade do amor, maior a alegria. Mais divertido, mais carinhoso, mais espontâneo, mais liberdade terá o relacionamento”. Rupert Spira.

“A descoberta que a paz, a felicidade e o amor estão sempre presentes dentro de nosso próprio ser, e completamente disponível a cada momento de experiência, sob todas as condições, é a descoberta mais importante que qualquer um pode fazer”. - Rupert Spira.