domingo, 20 de dezembro de 2015

A Semiótica de Peirce: artigo científico


SEMIÓTICA DE CHARLES PEIRCE: O ÍCONE E A PRIMEIRIDADE
 
SEMIOTICS OF CHARLES PEIRCE: THE ICON AND THE FIRSTNESS

Wellington Anselmo Martins


Resumo: Este artigo trata da filosofia de Charles Sanders Peirce (1839-1914), mais
especificamente da sua semiótica. Delimitamos os conceitos ícone e primeiridade. Esses
conceitos são apresentados individualmente, mas também procuramos mostrar a relação que há
entre eles na semiótica de Peirce. Para concretizar esse objetivo, as nossas referências são
alguns especialistas no pensamento peirceano, como Ibri (1992) e Santaella (2012). Toda essa
reflexão ocorre dentro do campo da lógica e da fenomenologia.

Palavras-chave: Semiótica. Peirce. Ícone. Primeiridade. Fenomenologia.

Abstract: This article deals with the philosophy of Charles Sanders Peirce (1839-1914), more
specifically its semiotics. We delimit the concepts: icon and firstness. These concepts are
presented individually, but also we try to show the relation between them in the semiotics of
Peirce. To achieve this goal, our references are some experts in Peirce's thought, as Ibri (1992)
and Santaella (2012). This whole reflection occurs within the logic and phenomenology field.
Keywords: Semiotics. Peirce. Icon. Firstness. Phenomenology.

Acesse o artigo em: http://fajopa.com/contemplacao/index.php/contemplacao/article/view/93/95

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Dia de nascimento de Zamenhof, o iniciador do Esperanto




 
Esperantistas de Bauru e do mundo comemoram dia de nascimento de Zamenhof, o iniciador do Esperanto

Lázaro Luiz Zamenhof nasceu em Bialistoque, na Polônia, e desde sua infância sofria muito por causa do preconceito e ódio raciais e religiosos existentes em sua cidade natal. Judeus, poloneses, russos e alemães formavam comunidades distintas, cada uma com sua língua, costumes e religião e viviam em desentendimentos freqüentes.
Zamenhof notou que a maior parte dos mal-entendidos tinha sua origem na incompreensão causada pela diversidade de línguas e viu, na criação de um idioma único, unindo os povos, um meio de estabelecer um sentimento fraterno entre as pessoas de todas as raças, nações ou religiões.
Começou a sonhar com uma língua neutra para ser ensinada a todos os povos como uma segunda língua. Descobriu que acrescentando prefixos e sufixos às raízes latino-germânicas poderia formar novas palavras, a língua não precisaria ter um vocabulário imenso e isso facilitaria o aprendizado.
Seu pai decidiu que ele seria médico e o enviou à Universidade de Moscou. Por essa ocasião, os primeiros manuscritos contendo o esboço da nova língua foram destruídos pelo pai julgando que faria um bem para o filho, pois achava que a "língua internacional" lhe perturbaria o juízo e prejudicaria os estudos.
Ao retornar a Varsóvia, resolveu de novo trabalhar no seu projeto. Reconstituiu tudo sem dificuldades. Aproveitou do projeto original o que lhe parecia bom, descartando o que não tinha solidez. Acrescentou novas idéias e descobertas, utilizou raciocínios novos e descobriu que a atitude do pai fora um estímulo à realização de um trabalho mais completo e aperfeiçoado.
Em 1885, já médico, especializou-se em oftalmologia, montando um consultório em Varsóvia. Conheceu Clara Zilbernik, mais tarde sua esposa, mãe de seus 3 filhos e grande colaboradora na divulgação do Esperanto.
O “Primeiro Livro” surgiu em 26/07/1887, em russo, usando o pseudônimo "Doutor Esperanto". Contou com o auxílio financeiro do pai de sua noiva para a publicação. Feitas edições em outras línguas, surgiram os primeiros adeptos, clubes para ensino da língua, revistas e livros. Faleceu no dia 14/04/1917, deixando viúva e três filhos, todos mortos pelos nazistas em 1940.
Desde o 1º Congresso Mundial de Esperanto, ocorrido em 1905, em Boulogne-sur-Mer, na França, o interesse pela Língua Internacional tem crescido muito e o idioma expande-se por todos os continentes.
Estima-se que no mundo inteiro já existam milhões de pessoas que aprenderam o Esperanto.A semente lançada por ele germinou. O movimento esperantista prossegue sempre com sua mensagem de confraternização universal.

Em Bauru, há cursos regulares de Esperanto em sua sede, na Rua Batista de Carvalho, nº 4-33 sala 1403, as pessoas que se destacaram na difusão do Esperanto em Bauru e região. O telefone da Sociedade Bauruense de Esperanto é (14) 3011-2457. 


Quando os pensamentos parecem ter vida própria

Pessoalmente tenho, há algum tempo, estudado as lições deste sábio contemporâneo conhecido como Eckhart Tolle, presentes principalmente na obra "O Poder do Agora". 
Recomendo incisivamente sua leitura, pois tenho constatado diariamente a veracidade de suas observações e conselhos.


Quando os pensamentos parecem ter vida própria...
É fato que nossa mente é "habitada" por incalculável número de memórias que podemos denominar "eus psicológicos". 
De fato, essa multiplicidade de 'entidades' habitantes de nosso universo interior são responsáveis pelos milhares de pensamentos e emoções (perceptíveis ou não). Esse fato é percebido e apontado por todos os mestres do autoconhecimento. Echkart Tolle não é exceção.
Pois bem: cada um desses eus-memórias possuem seus compromissos próprios, seus anseios, desejos, medos e vontades particulares... a ponto de parecer, olhando "de fora", que possuem identidade própria. Tais sujeitos pensantes habitam e desenvolvem suas dinâmicas dentro de nós mesmos. Paradoxalmente, pouco ou nada sabemos sobre eles... quem são? de onde provém? ou para onde vão depois de algum tempo? Além disso, temos pouquíssimo ou nenhum controle sobre essas memórias ou reações. 
Ao mesmo tempo em que parecem estranhos intrusos com "vida própria", são também de certo modo, nossas próprias criações! Se não são "nós mesmos", pelo menos estão sendo mais ou menos nutridos por nós mesmos. E isso é crucial. Eles vivem graças a nós mesmos!
Toda vez que nos deparamos com contradições/conflitos em nós mesmos, evidenciamos que essas múltiplas pessoas estranhas raramente respeitam nossa opinião, nossos ideais, vontades etc... Essas pessoas habitam nosso "interior psicológico", usufruindo de nossos recursos, de nosso capital, de nossas conquistas, sem pagar aluguel e fazendo o que bem entendem em nossa própria casa interior, em nosso próprio corpo.
Mas há mais um fato crucial a ser percebido: Somos nós que nos identificamos com eles e achamos que eles somos nós. Eis o grande e único trunfo de um pensamento, seja ele negativo ou não: confundir-se com "aquele" que realmente somos. E assim camuflados, permanecem vivos e se nutrindo de nossa vitalidade. Uma vez fortalecido, parecem ter "vida própria"... 


abaixo segue uma interessante reflexão de Flávia Melissa (http://flaviamelissa.com.br/):

 

 


(...) já há algum tempo venho notando que a maior parte das pessoas tem uma queixa em comum: o sofrimento. No livro "O Poder do Agora", Eckhart Tolle diz que a causa de todo o sofrimento é a perda de conexão com o momento presente e com as possibilidades infinitas de ser feliz no aqui e agora. E, de modo geral, o que causa nosso sofrimento é a nossa mente e seus pensamentos de que, de alguma forma, o agora deveria ser diferente do que é.

Se a carapuça está servindo por aí, bem vindo ao clube. Você não é um fracassado porque não consegue dar conta de seus pensamentos negativos e de sua mente que mente te dizendo coisas que não estão presentes no seu presente. Você é uma pessoa absolutamente normal, como qualquer outro ser humano.

A questão é que o funcionamento de nossa mente e a qualidade de nossos pensamentos estão intimamente relacionados com uma estrutura cerebral chamada amigdala, que faz parte do sistema límbico e que foi desenvolvida, ao longo de milhares de anos, para regular nossos comportamentos, emoções e memória. E, talvez, por um mecanismo psicológico evolutivo que visa a não repetição de erros, todos nós temos a tendência de buscar referências negativas em nossas memórias e emoções.


domingo, 13 de dezembro de 2015

Amor atômico, quântico, universal…


Amor atômico, quântico, universal…

Um diálogo que mantive com um leitor:
Leitor: No mundo da relatividade e da subjetividade humana, entendo o que diz, mas quando pensamos em nível universal, atômico, quântico, etc, o “amor” não passa de uma palavra, um conceito, uma criação humana, que depende de nós para existir. Pode ser que o amor seja o “melhor resultado” para uma experiência “humana”, ao invés de ser a finalidade de toda experiência.
Flavio: “amor” de fato não passa de uma palavra. É nosso meio relativo de expressar, confinando em palavras, o que transcende perspectivas universais, atômicas e quânticas (que também são palavras).
Tudo o que sabemos se vincula a nossa condição relativa e subjetiva, nossa humanidade é assim, portanto nossos códigos não poderiam ser diferentes. Aqui estamos tratando justamente da “experiência humana”, a minha e a sua experiência, e tentando encaixá-la em nossos contextos, sobretudo nossa limitada compreensão.
Quando falo “amor” vou até onde posso expressar, até onde o “conceito” cabe no código, até onde posso me fazer compreender, no entanto falo consciente do limite da palavra e das barreiras de compreensão.
Não posso desconsiderar que, para além delas, seja em que nível for, em amplitude “universal”, “atômica” ou “quântica”, teorias, experimentos, ciência ou filosofia, tudo depende de nós para existir, tudo é relativo, rarefeito, discutível.
Assim será até que eu enxergue as conexões e perceba como tudo aponta para uma coisa só.
Os vários nomes e percepções não anulam o fato de que algo nos move, nos une, nos conecta, seja no nível humano ou atômico, um caminho que me projeta em percepções, apesar dos limites, apesar das distâncias, a isso, amigo, eu chamo amor.

flaviosiqueira.com - março, 2015
http://flaviosiqueira.com/2015/03/17/amor-atomico-quantico-universal/

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

existe vida após o parto?

Por meio de uma narrativa fictícia entre dois bebês ainda dentro do ventre de sua mãe, o autor acaba criando uma metáfora curiosa para traduzir o dilema dos humanos quanto a existência de vida após a morte física...
interessante!

No ventre de uma mãe havia dois bebês. Um perguntou ao outro:
"Vc acredita em vida após o parto?"
O outro respondeu: "É claro. Tem que haver algo após o parto. Talvez nós estejamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde."
"Bobagem", disse o primeiro. "Não há vida após o parto. Que tipo de vida seria esta?"
O segundo disse: "Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez nós poderemos andar com as nossas próprias pernas  e comer com nossas bocas. Talvez teremos outros sentidos que não podemos entender agora."
O primeiro retrucou: "Isto é um absurdo. Andar é impossível. E comer com a boca!? Ridículo! O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo o mais de que precisamos.O cordão umbilical é muito curto. A vida após o parto está fora de cogitação."
O segundo insistiu: "Bem, eu acho que há alguma coisa e talvez seja diferente do que é aqui. Talvez a gente não vá mais precisar deste tubo físico."
O primeiro contestou: "Bobagem, e além disso, se há realmente vida após o parto, então, por que ninguém jamais voltou de lá? O parto é o fim da vida e no pós-parto não há nada além de escuridão, silêncio e esquecimento. Ele não nos levará a lugar nenhum."
"Bem, eu não sei", disse o segundo, " mas certamente vamos encontrar a Mamãe e ela vai cuidar de nós."
O primeiro respondeu: " Mamãe, vc realmente acredita em Mamãe? Isto é ridículo. Se a Mamãe existe, então, onde ela está agora?"
O segundo disse: "Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir."
Disse o primeiro:" Bem, eu não posso vê-la, então, é lógico que ela não existe."
Ao que o segundo respondeu: " Às vezes, quando vc está em silêncio, se vc se concentrar e realmente ouvir, vc poderá perceber a presença dela e ouvir sua voz amorosa lá de cima."

Este foi o modo pelo qual um escritor húngaro explicou a existência de Deus.

Assassinatos de índios no Brasil hoje

Assassinatos de índios crescem 130% em 2014, aponta relatório

Aliny Gama
Do UOL, em Maceió
junho/2015

O relatório "Violência contra os Povos Indígenas no Brasil", elaborado e divulgado pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário), nesta sexta-feira (19), apontou o crescimento de 130% no número de índios assassinados em 2014.
O dado alarmante mostra que 138 índios foram mortos no ano passado, sendo 16 casos envolvendo mulheres. Já em 2013 foram registradas 53 mortes violentas.
As mortes foram ocasionadas, em sua maioria, por violações aos direitos das comunidades indígenas no país descritos em "conflitos extremamente graves".
O estudo detalha que parte das mortes foram resultado de conflitos internos, em função do uso de bebidas alcoólicas em áreas indígenas. Também há registros de assassinatos em decorrência da situação de confinamento populacional. Somente no Mato Grosso do Sul existem 40 mil pessoas confinadas em pequenas reservas. O relatório diz ainda que ocorreram outras mortes por "conflitos fundiários ou de conflitos com madeireiros que invadiram terras indígenas já demarcadas".
"A dor, as ameaças, as invasões, as torturas, as agressões cotidianas expressam as condições a que os povos indígenas continuam sendo submetidos", destaca o presidente do Cimi, Erwin Kräutler, que também é bispo da Prelazia do Xingu.