quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
sábado, 15 de dezembro de 2018
Sou estrangeiro nesse mundo - Khalil Gibran
Mi estas fremdulo en ĉi tiu
mondo!
Sou um estrangeiro neste mundo!
Mi estas fremdulo kaj en la fremdeco estas kruela soleco, doloriga tedo; sed ĝi igas min pensadi pri ĉarma patrio, kiun mi ne konas, kaj plenigas miajn revojn je bildoj de lando malproksimega, kiun miaj okuloj ankoraŭ ne vidis.
Sou um estrangeiro e por isso minha vida é uma solidão cruel, tédio doloroso que me obriga a pensar numa pátria encantadora, que eu não conheço, mas que enche os meus sonhos, povoando-me a imaginação de imagens de um país distante, que meus olhos ainda não viram.
Mi estas fremda al mia parencaro kaj al miaj amikoj. Kiam mi renkontas iun el ili, mi diras al mi mem: " Kiu estas tiu ĉi? Kiel mi lin ekkonis, kia tradicio kunigis min kun li, kial mi al li alproksimiĝas, kaj kial mi sidas ĉe li?
Sou um estranho para meus parentes e amigos. Quando encontro um deles, digo a mim mesmo: "Quem é este? Como o conheci, que tradição me uniu a ele? Por que dele me aproximo e por que junto dele me assento?
Mi estas fremda al mi mem: kiam mi ekaŭdas la parolon de mia lango, miaj oreloj trovas stranga mian voĉon. Mi vidas mian kaŝitan personeco ridanta kaj ploranta, kuraĝa kaj timema; mia estado admiras miam estadon, kaj mian spiriton deĉifras la spirito mia, sed mi restadas malkonata, malmontrata per nebulo, forkaŝitan de l' silento.
Sou estranho a mim mesmo: quando ouço as palavras de minha língua, meus ouvidos acham estranha a minha voz. Vejo minha oculta personalidade rindo e chorando, corajosa e medrosa; meu ser admira o meu ser e o meu espírito decifra o meu espírito, mas eu continuo desconhecido, encoberto pela névoa, oculto, ao longe, pelo silêncio.
Mi estas fremda al mia korpo: kiam mi staras antaŭ la spegulo, ĉiam mi vidas en mia vizaĝo tion, kion mia animo ne sentas, kaj mi trovas en miaj okuloj tion, kion la profundoj de mia estaĵo ne enkaŝas. Mi laŭiras la stratojn de l'urbo kaj min sekvas la junuloj, kriante: " Jen la blindulo; ni donu al li bastonon por ke li sin apogu per ĝi". Kaj mi foriras de ili rapidante.
Sou estranho ao meu corpo: quando me contemplo frente ao espelho, sempre vejo em meu rosto aquilo que minha alma não sente e acho nos meus olhos aquilo que as profundezas de meu ser não ocultam. Eu acompanho a estrada da cidade e os jovens me seguem gritando: " Eis um cego; demos-lhe uma bengala para que ele se apoie." E eu me afasto deles rapidamente.
Poste mi renkontas aron da knabinoj, kiuj ekprenas min je la vesto, dirante: "Li estas surda kiel ŝtono; ni plenigu liajn orelojn je l' melodio de la flirto". Kaj mi forlasas ilin dekurante.
Depois encontro um grupo de meninas que me puxam pelas vestes, dizendo: Ele é surdo como a pedra; enchamos seus ouvidos com a melodia do flerte". E eu as abandono, correndo.
Poste mi renkontas grupon da plenaĝuloj, kiuj stariĝas ĉirkaŭ mi, dirante: "Ni rektigu la kurbecon de lia lango, ĉar li estas muta, kiel tombo"; kaj mi deiras de ili, timante.
Depois encontro um grupo de adultos que se estabelecem próximo a mim, dizendo: "Desencurvemos sua língua, porque ele é mudo como um túmulo"; e eu me desvio deles, temendo.
Kaj poste mi renkontas grupeton de maljunuloj, kiuj indikas al mi per fingroj tremetantaj kaj diras:" Li estas frenezulo forperdinta sian prudenton".
E depois encontro um grupinho de idosos que me apontam com os dedos tremendo e dizem: "Ele é um louco que perdeu a prudência".
Mi estas fremdulo en ĉi tiu mondo!
Sou um estrangeiro neste mundo!
Mi estas frendulo, ĉar mi travojaĝis Orienton kaj Okcidenton kaj ne trovis mian landon, nek renkontis iun, kiu min konas nek kiun aŭskultis pri mi.
Sou um estrangeiro porque viajei pelo Oriente e pelo Ocidente e não encontrei meu país, nem encontrei alguém que me conhecesse nem que tenha escutado algo ao meu respeito.
Mi vekiĝas matene kaj trovas min mallibera en senluma kaverno de kies plafono dependas serpentoj kaj ĉe kies anguloj abundas insektoj.
Acordo de manhã e encontro-me preso em uma escura caverna, com serpentes a pender do teto e insetos em todos os seus ângulos.
Poste mi aliras al la lumo, sekvate de l' ombro de mia korpo, sed la ombroj de mia animo iradas antaŭe de mi tien, kie mi ne scias; ili priserĉas aferojn, kiujn mi ne komprenas kaj tenas objektojn de mi nebezonatajn.
Depois dirijo-me para a luz, acompanhado pela sombra de meu corpo, mas as sombras de minha alma seguem , lá, a minha frente, onde não conheço; Elas revistam as coisas que eu não compreendo e sustentam objetos que me são desnecessários.
Kaj kiam vesperiĝas, mi revenas kaj rekuŝigas min sur matracon elfaritan el strutaj plumoj kaj dornaĉoj. Tiam strangaj pensoj min ekposedas, kaj transprenas min inklinoj ĉagrenaj, ĝojigaj, dolorigaj, agrablaj.
E quando anoitece, volto e novamente me deito sobre o colchão feito de pena de avestruz e como se ele fosse feito de espinhos. Então estranhos pensamentos se apossam de mim: inclinações penosas, alegres, dolorosas e agradáveis.
Je l' noktomezo envenas al mi, el tra la fendaĵoj de l' kaverno, fantomoj de praaj tempoj kaj spiritoj de jam fogesitaj nacioj. Mi ilin fikse rigardas kaj ili min ankaŭ rigardas fikse; mi alparolas ilin demandante, kaj ili respondas min ridetante.
À meia noite vêm a mim, através das fendas da caverna, fantasmas dos tempos antigos e espíritos de nações já esquecidas. Olho-os fixamente e eles também me olham assim; Dirijo-me a eles com perguntas e eles me respondem sorrindo.
Poste mi intencas preni ilin, sed ili eknevidebliĝas kaj neniiĝas kiel fumo.
Depois me vem a intenção de toca-los, mas eles se tornam invisíveis e se desvanecem como fumaça.
Mi estas fremdulo en ĉi tiu mondo!
Sou estrangeiro neste mundo!
Mi estas fremdulo kaj ne ekzistas iu, kiu scipovas eĉ unu vorto el la lingvo de mia animo.
Sou estrangeiro e não existe alguém que saiba até mesmo uma palavra da língua de minha alma.
Mi iras tra la dezerto kaj mi vidas riverojn suprenirantajn el la profundaĵoj de l' valo al la montosupro. Mi vidas, ke nudaj arboj sin kovras, belaspektiĝas, ekfruktas kaj disigas sian foliaron en unu minuto, kaj poste, ke ties branĉoj defalas sur la herbetaron kaj iĝas serpentoj tremantaj. Mi vidas la birdarojn deflugantaj, alteniĝantaj, malsupreniĝantaj, ĝoje kantantaj kaj ululantaj. Mi vidas, ke poste ili haltas kaj, malferminte la flugilojn, ili fariĝas nudaj knabinoj kun longaj, delasitaj hararoj kaj etenditaj koloj kiuj rigardas min el palpebroj ombrumitaj per amo, ridetas al mi per lipoj rozecaj, ŝmiritaj per mielo, kaj etendas al mi manojn blankajn, delikatajn, parfumitajn per olibano.
Eu caminho através do deserto e vejo rios subindo das profundezas do vale para cima do monte. Vejo que árvores nuas se cobrem de folhagem , no mais belo aspecto , e se frutificam em um minuto, e depois que esses ramos caem sobre a relva e se transformam em trêmulas serpentes. Vejo pássaros voando para o alto e para baixo, cantando alegremente e lamentando. Vejo que depois eles param e, abrindo as asas, tornam-se meninas nuas com longos e soltos cabelos e pescoços estendidos, que me observavam com pálpebras sombreadas pelo amor; sorrindo para mim com os lábios rosados, borrifados pelo mel, e estendendo-me brancas mãos, delicadas, perfumadas pelo olíbano
Poste, ekskuiĝante, ili malaperas for de mia vidado, kaj neniiĝas kvazaŭ nebulo, postlasante en la spaco la ehon de sia ridado kaj mokado pri mi.
Depois, tremulamente, desaparecem se afastando da minha vista, e se desfazem como névoa, deixando no espaço o eco de suas risadas a zombar de mim.
Mi estas fremdulo en ĉi tiu mondo!Sou estrangeiro neste mundo!
Mi estas poeto kiu versigas tion, kion la vivo proze verkas, kaj prozigas kion ĝi verse komponas.
Sou poeta que versifica aquilo que a vida escreve em prosa e faz em prosa aquilo que ela compõe em versos.
Tial mi estas fremdulo, kaj mi restados fremda ĝis la morto min prenos kaj transportos al mia patrio.
Por isso sou um estrangeiro, e permanecerei estrangeiro até a morte me tomar e me transportar a minha pátria.
Ĝ. Ĥalil' Ĝibran' - Rakontoj kaj Poemoj
Gibran Khalil Gibran - Contos e Poemas
Tradução do árabe para o esperanto pelo esperantista Georgo Abraĥam
Tradução do esperanto para o português pela esperantista Mary
Blog da Mary: La poeto - O poeta:
quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
quinta-feira, 19 de julho de 2018
vida material e vida espiritual - parte I
O lado material e o lado espiritual da vida - I
Porém, a crença ortodoxa comumente ensinada em nossa cultura nos diz: "há um corpo físico e há uma mente", "são substâncias distintas"... a teoria é essa, ainda que a interação entre corpo e mente não seja satisfatoriamente explicada até hoje.
Há, contudo, outro paradigma:
Vejamos: No mundo dos sonhos, não há distinção nítida entre passado, presente e futuro, podemos até nos ver flutuando e voando, atravessando paredes compactas, podemos conversar usando apenas o pensamento, visitar mundos desconhecidos etc...
Mas, mesmo com todas essas diferenças notórias entre um mundo e outro, ainda assim nossa consciência comumente não percebe que se trata de um sonho, de uma vivência onírica em outra dimensão "não física".
Isto é: mesmo com todas essas informações, enquanto dormimos em nossa cama, geralmente não nos damos conta que naquele momento, estamos sonhando, não é mesmo?
Mesmo isso ocorrendo todos os dias, sem exceção, por que raramente notamos que se trata de um sonho?
A constatação é que nossa consciência segue hipnotizada, dormindo em qualquer dimensão (já que tampouco há separação absoluta entre elas).
Mas, iludidos, creiamos estar “acordados”.
Melhor não perder tempo colando rótulos em ninguém... NEM em nós mesmos! Tais etiquetas são como roupas escondendo a nudez de nossa esplêndida ignorância.
O reconhecimento de que nada sabemos é o primeiro passo em direção à autêntica sabedoria (Sócrates). vida material ou vida espiritual – II
Há, contudo, outro paradigma:
Tudo que existe constitui uma unidade, constituída de uma única substância, tudo está conectado, não havendo separação real entre corpo e mente (vida material e vida espiritual)...
Pense então nessa divisão como meramente
didática, criada para facilitar o aprendizado de 'neófitos' como nós.
Analisando profundamente, podemos notar que ambos
os aspectos se fundem num todo único. Muito facilmente se pode constatar, pela simples observação e experiência pessoal, que um aspecto da vida sempre se reflete no outro tão
intrínseca e detalhadamente, que aquelas distinções, antes aceitadas como óbvias, vão se tornando cada
vez mais questionáveis e até mesmo obsoletas em muitos casos...
Logo, faço um convite: ousemos por um momento, olhar o ser humano, seu corpo e sua mente, sua psicologia e sua fisiologia, ambos como um todo único!
Sendo mais ousados ainda e dando um passo adiante, pensemos agora a sociedade, o mundo, os animais, os vegetais, o planeta... tudo formando um organismo vivo único, uma unidade complexa.
Assim é que "formamos uma unidade"... em inúmeros sentidos.
Sendo mais ousados ainda e dando um passo adiante, pensemos agora a sociedade, o mundo, os animais, os vegetais, o planeta... tudo formando um organismo vivo único, uma unidade complexa.
Assim é que "formamos uma unidade"... em inúmeros sentidos.
Quando um dos elementos (na aparência distintos, isolados, diferenciados) sofre um desequilíbrio, todo o organismo é afetado de algum modo... Noutras palavras, todo 'indivíduo', como se fosse uma célula desse grande corpo, é afetado em maior ou menor grau, em maior ou menor intensidade.
Outro exemplo de que a aparente dualidade corpo/mente é de certo modo ilusória, são as doenças psicossomáticas, cujo rol, segundo o CID (código internacional de doenças), aumenta a cada dia.
Outro exemplo de que a aparente dualidade corpo/mente é de certo modo ilusória, são as doenças psicossomáticas, cujo rol, segundo o CID (código internacional de doenças), aumenta a cada dia.
Há não muito tempo apenas psicólogos abraçavam a tarefa de estudá-las. Hoje, tais enfermidades fazem parte obrigatória da formação profissional de qualquer médico, neurologista, fisiologista ou psiquiatra. E a cada dia que passa, mais pesquisadores vão desconfiando e constatando que enfermidades antes consideradas como de origem exclusivamente física (meramente 'biológica'), na verdade tem origem (ou ao menos influência) de 'mecanismos psíquicos'.
Outro aspecto interessante que podemos considerar/analisar quando estamos avaliando a distinção entre o mundo interior e o exterior é a questão do sonho. Então, pergunte-se:
Agora mesmo, neste exato momento, você está sonhando ou está acordado?
Ou pergunte-se: Como sabemos que estamos no mundo físico?Você poderia provar/demonstrar que está vivenciando uma experiência no
'mundo exterior' (estritamente material)?
Vejamos: No mundo dos sonhos, não há distinção nítida entre passado, presente e futuro, podemos até nos ver flutuando e voando, atravessando paredes compactas, podemos conversar usando apenas o pensamento, visitar mundos desconhecidos etc...
Mas, mesmo com todas essas diferenças notórias entre um mundo e outro, ainda assim nossa consciência comumente não percebe que se trata de um sonho, de uma vivência onírica em outra dimensão "não física".
Isto é: mesmo com todas essas informações, enquanto dormimos em nossa cama, geralmente não nos damos conta que naquele momento, estamos sonhando, não é mesmo?
Mesmo isso ocorrendo todos os dias, sem exceção, por que raramente notamos que se trata de um sonho?
A constatação é que nossa consciência segue hipnotizada, dormindo em qualquer dimensão (já que tampouco há separação absoluta entre elas).
O fato é que não importa se estamos 'experimentando' materialidade ou espiritualidade, se estamos 'sintonizados' com algo 'físico' ou 'energético', simplesmente continuamos sonhando
Por que as pessoas então resistem tanto em aceitar que, agora mesmo, neste exato instante, estão também dormindo profundamente?
Por que achamos que agora, só por estarmos aparentemente manipulando um corpo físico, estaríamos 'acordados'?
Não é possível que agora mesmo, estejamos vivendo "dentro" de um outro tipo específico de sonho?
Este sonho é o que se denomina "o sonho da consciência".
E ele ocorre rotineiramente, não importa se estamos usando corpo físico, ou se ele está repousando numa cama. Nossa consciência simplesmente segue lá, no mundo dos sonhos, tal qual se estivesse aqui. O fato de não termos lá os mesmos limites corpóreos e morais da dimensão física, dá um outro colorido, é verdade. Mas o sonho continua sendo sonho. O sonho não deixa de ser sonho só porque ele ocorre em outra dimensão (nível de percepção).
Costumamos pensar que somos muito espertos, mas corriqueiramente nos debatemos em dramas e tramas ridículos, projetados por nós mesmos, nos 'mundos internos/externos', oníricos, físicos ou não físicos...
Sonhamos (inconscientemente) à noite. Isso não seria um indício de que também sonhamos durante outras hora do dia? Por que as pessoas então resistem tanto em aceitar que, agora mesmo, neste exato instante, estão também dormindo profundamente?
Por que achamos que agora, só por estarmos aparentemente manipulando um corpo físico, estaríamos 'acordados'?
Não é possível que agora mesmo, estejamos vivendo "dentro" de um outro tipo específico de sonho?
Este sonho é o que se denomina "o sonho da consciência".
E ele ocorre rotineiramente, não importa se estamos usando corpo físico, ou se ele está repousando numa cama. Nossa consciência simplesmente segue lá, no mundo dos sonhos, tal qual se estivesse aqui. O fato de não termos lá os mesmos limites corpóreos e morais da dimensão física, dá um outro colorido, é verdade. Mas o sonho continua sendo sonho. O sonho não deixa de ser sonho só porque ele ocorre em outra dimensão (nível de percepção).
Costumamos pensar que somos muito espertos, mas corriqueiramente nos debatemos em dramas e tramas ridículos, projetados por nós mesmos, nos 'mundos internos/externos', oníricos, físicos ou não físicos...
Mas, iludidos, creiamos estar “acordados”.
A maioria continua sonâmbula, sem sequer perceber que 'ainda dorme'...
E quando alguém
ou a Vida (o carma) vem e nos chacoalha, gritando “ACORDE!!”, ainda
resmungamos, damos de ombros e viramos de lado na
cama... parece ainda não nos fartamos
de tanto 'dormir'.
Além disso, aquilo que julgamos ser o "mundo físico" (tão real e concreto), não passa de uma 'criação' de nossos próprios cérebros.
Além disso, aquilo que julgamos ser o "mundo físico" (tão real e concreto), não passa de uma 'criação' de nossos próprios cérebros.
E os cinco sentidos? não são "portas ou janelas" por meio das quais temos acesso direto ao "mundo exterior"; de fato, nossos sentidos são tecidos orgânicos dotados de terminações nervosas sensíveis a certo número limitado de ondas e frequências... nossos sentidos captam uma gama pequeníssima de impressões ... e é com elas que nosso cérebro/mente 'constrói' aquilo que depois chamaremos de 'realidade'...
Aquilo que a ciência chama de 'impulsos elétricos', 'ondas', 'fótons', 'frequências', são continuamente transformadas, filtradas e depois ainda interpretadas.
Aquilo que a ciência chama de 'impulsos elétricos', 'ondas', 'fótons', 'frequências', são continuamente transformadas, filtradas e depois ainda interpretadas.
Tudo aquilo que nosso aparelho físico conseguiu captar, nosso cérebro/mente depois vai selecionar, segundo critérios de relevância completamente desconhecidos. Por fim, aquilo de que tomamos consciência (e que portanto consideramos 'real') não passa de uma mera "representação interna" subjetiva (psicológica, mental), nada mais que isso...
Então, quanto do mundo que "vemos", "ouvimos" e "apalpamos" é realmente como supomos que é?
Então, quanto do mundo que "vemos", "ouvimos" e "apalpamos" é realmente como supomos que é?
Então,
vamos combinar uma coisa? Vamos parar de fingir que sabemos alguma
coisa sobre o mundo. Vamos admitir que não conhecemos a realidade ao
nosso redor.
É isso mesmo! Não sabemos... não conhecemos a origem, a causa do que vivemos ou experimentamos no mundo... não sabemos como surgiu e nem onde tudo isso vai dar... só podemos imaginar, deduzir, supor, conjecturar.
Então como saber se estamos indo bem ou mal em algum aspecto de nossa vida? Estar "bem " implica
em quê? Ter sucesso ou fracasso em algo, ter muita ou pouca
saúde, ter vida longa, isso ou aquilo... Nada disso prova coisa alguma.É isso mesmo! Não sabemos... não conhecemos a origem, a causa do que vivemos ou experimentamos no mundo... não sabemos como surgiu e nem onde tudo isso vai dar... só podemos imaginar, deduzir, supor, conjecturar.
Melhor não perder tempo colando rótulos em ninguém... NEM em nós mesmos! Tais etiquetas são como roupas escondendo a nudez de nossa esplêndida ignorância.
O reconhecimento de que nada sabemos é o primeiro passo em direção à autêntica sabedoria (Sócrates).
continua:
vida material ou vida espiritual – II
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