segunda-feira, 27 de agosto de 2012

mar...

brisa de mar... 
como escapar do mar avassalador 
que majestoso desafia, forjando eternas e sempre renovadas ondas contra ti?
tenta gritar ante ao mar: 
'não vais molhar-me!!'
'não sentirei tua brisa que queima!'
'não me tocarás com tuas umidades temperadas de sal e de cheiro exótico!'
'irei desviando de ti, 
saltarei sobre ti 
e não me tocarás,
não com o teu encanto!!

como isso seria possível?!
 

como desviar daquela salmoura que açoita?
salmoura que vem de frente, de cima, e de todos os lados...
como evitar tua brisa encharcada

que cobre, que molha inteiro?
não importa quanto se queira proteger...
das ondas que invadem a praia, nada nos protege.
elas vem! sempre! e nunca se cansam... 

e encharcam tudo...
De cada pensamento e emoção, pinga o sal molhado...
escorrendo e salgado se fica... 
seu cheiro no ar, sua umidade na pele, 
seu frescor e seu ardor...
de nada disso se pode livrar... 
justo agora, e fora da hora.

quando se está na frente do mar
impossível não se agitar, não se molhar
Ah! este mar que amolece a alma... 
e a alma se debate inúltil... 
inútil você mente... inutilmente!
e o mar, a alma dobra...
hipnotizada pelo mar, em vão se luta...
em vão se luta contra Poseidon... 
pobre mortal aquele que ousa
fugir à sorte...
e enfrentar a sorte é morrer de qualquer jeito. 
Ulisses! Ulisses! que fizeste para vencer o mar?
Mar! que fizeste?



As coisas tão mais lindas

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