quarta-feira, 29 de abril de 2020

o sonho que vivemos...


“Não há necessidade de uma saída!
Você não vê que uma saída é também uma parte do sonho?
Tudo que você tem que fazer é ver o sonho como sonho.”
Sri Nisargadatta Maharaj (1897-1981), sábio indiano de Advaita Vedanta




“Cada clara e cristalina manifestação do mundo inteiro é um sonho; esse sonho não é nada mais do que todas as coisas que são absolutamente lúcidas. 
A dúvida de uma pessoa sobre isso é em si mesma um sonho; a confusão da vida é um sonho também. 
Neste preciso momento, todas as coisas são um sonho, estão dentro de um sonho, ou expõem um sonho. Conforme estudamos as coisas, raízes e caules, ramos e folhas, flores e frutos, luzes e cores – todas são um grande sonho.
Nunca confunda isso com o estado de sonho da mente.”
Dogen Zenji (1200-1253), mestre japonês do Zen-Budismo


Dicas de Eckhart Tolle para o autoconhecimento

PENSAMENTOS SELECIONADOS DE ECKHART TOLLE



O autor aborda de forma brilhante, as principais características da nossa essência e do nosso ego. A partir da compreensão de quem somos, conseguimos compreender melhor o que nos impede de experienciar o "Agora", e, portanto, de conhecer a nós mesmos e sermos felizes verdadeiramente.

Sugiro a leitura da obra na íntegra. Tolle ensina técnicas praticáveis no dia a dia: 
  


Existe uma linha fina entre honrar o passado e se perder nele

Existe uma linha fina entre honrar o passado e se perder nele. Por exemplo, você pode se conscientizar e aprender a partir dos erros que você cometeu, então se mover e mudar o foco para agora. Isso é chamado de se perdoar.
Deixar ir requer força e muita coragem. Muitas vezes deixar as coisas ir é um tipo maior de grandeza do que se defender ou agarrar-se à situação.

Você é um ser humano, não um ser-fazendo

Na pressa do nosso dia a dia, todos nós pensamos demais, desejamos demais, buscamos demais e esquecemos de apenas apreciar o ser.

🔻Pare de se definir e definir os outros🔻


segunda-feira, 27 de abril de 2020

Para encontrar a paz - "Tudo depende de teus passos" Thich Nhat Hanh

O seguinte texto de autoria do monge zen Thich Nhat Hanh estava pregado essa semana (agosto/2016) num mosteiro budista na Espanha, onde estava sendo realizado um retiro de meditação.

Um dos participantes e amigo pessoal publicou na Internet o original em espanhol junto da foto da folha que foi pregada no mosteiro (abaixo), e me permitiu compartilhar aqui. 

É um pequeno grande lembrete sobre a presença e a apreciação da paz no momento presente, na autoria do passo de cada um. 
Ao ver a foto pela primeira vez, e ler a mensagem naquela foto, tirada no mosteiro, por alguns segundos imaginei a foto e me senti momentaneamente lá, no alto, no ermo e no verde, em silêncio, quase podia ver os monges desacelerando o tempo com seus passos calmos, e descansei na imagem.
 
Eis a foto e a mensagem (a tradução segue logo abaixo):
 Crédito: Reginaldo Menezes (agosto de 2016).
A semente da plena consciência se encontra em cada um de nós, mas nos esquecemos de regá-la. Acreditamos que só seremos felizes no futuro, quando conseguirmos uma casa, um carro ou um doutorado. Mantemos uma luta em nossa mente e em nosso corpo e não sentimos a paz e a alegria que temos ao nosso alcance neste preciso instante: o céu azul, as folhas verdes e os olhos de nosso ser querido.
O que é mais importante? São muitas as pessoas que passam em provas e compram casas e carros, mas seguem sendo infelizes. O mais importante é encontrar a paz e dividi-la com os demais. E para encontrá-la, podemos começar a caminhar com calma. Tudo depende de teus passos".
— Thich Nhat Hanh, em "O Longo Caminho Leva à Alegria: Um Guia para a Meditação Andando"

papel da mente na meditação e no despertar

Se você usa a frase “praticar os ensinamentos”, a seguinte sequência é assumida: há algum objetivo que deve ser alcançado, que há uma rota ensinada por alguém, alguma prática, para chegar a esse objetivo, e que você então usa sua mente para se mover vigorosamente em direção a esse objetivo.
A mente quer estar no controle desta operação. Quer ouvir o mestre, o guru, o professor, entender o que lhe é pedido e então usar a si mesma para se mover na direção prescrita.

Tudo isso está errado. 
A mente não é o veículo que se usa para executar os ensinamentos; ao contrário, ela é o obstáculo que previne a pessoa de diretamente experimentá-los. 
A única coisa útil e produtiva que a mente pode fazer é desaparecer.

Sri Ramana Maharshi sempre disse que seus ensinamentos verdadeiros foram dados em silêncio. Aqueles que estavam receptivos foram os que conseguiram sair do caminho mental, permitindo que as emanações silenciosas de Sri Ramana operassem neles.

Num dos versos do seu poema filosófico Ulladu Narpadu, escreveu:

“Quem pode meditar naquilo que é só o que existe? Não se pode meditar nisso porque isso não está aparte daquilo. Só se pode sê-lo.”
🔻Essa é a essência dos ensinamentos de Sri Ramana.🔻

quinta-feira, 23 de abril de 2020

filme "Dark Waters – O Preço da Verdade" - resenha

O que um filme poderia dizer sobre o teflon da sua panela?

"Dark Waters – O Preço da Verdade"

 

O primeiro detalhe interessante a respeito do excelente filme “Dark Waters – O Preço da Verdade" (dirigido por Todd Haynes), é saber que foi baseado em uma história real e inspirado no artigo Dark Waters, do romancista e ensaísta americano Nathaniel Rich, publicado em 2016 na revista The New York Times Magazine, intitulado “The Lawyer Who Became DuPont’s Worst Nightmare”.

A obra cinematográfica é feliz em narrar a odisseia do protagonista Robert Bilott (interpretado por Mark Ruffalo), que já era advogado de sucesso defendendo grandes empresas de químicos. Ironicamente, contudo, ele acaba sendo procurado por dois agricultores de sua cidade-natal, angustiados porque seus animais estavam morrendo devido a contaminação por lixo tóxico. 

Ele, então, resolve iniciar uma meticulosa investigação particular sobre as possíveis causas da intoxicação do solo e do rio daquela região.

🔺 alerta de spoilers abaixo 🔻

É assim que Dark Waters consegue expor muito bem os métodos questionáveis da famosa DuPont, uma das empresas mais poderosas da indústria química mundial. O protagonista, graças a sua tenacidade e senso de responsabilidade social, acaba descobrindo como referida empresa não só contaminou severamente o ar, o solo e as águas da região, como também tinha prévio conhecimento dos efeitos nocivos para a saúde humana, do uso de seus produtos (a base de teflon). Por 'efeitos nocivos', entenda-se: enfermidades graves (diversos tipos de câncer), malformações e morte precoce de funcionários e milhares de clientes, sem contar os danos nefastos e incalculáveis ao meio ambiente.

Evidentemente, o exaustivo processo nos tribunais americanos acaba bem expondo como o sistema e a burocracia costumam favorecer o corporativismo empresarial. O enredo de “O Preço da Verdade”, contudo, não o torna um filme de ação ou de suspense como seu trailer sugere. Isso não quer dizer que a trama não seja envolvente e emocionante, reforçando especialmente a tensão e a pressão sofridas pelos protagonistas, ao longo de inúmeros anos de exaustiva luta contra a poderosa e multimilionária Dupont e seu famoso teflon.

De bônus, você talvez se lembre de outro memorável filme -“Erin Brockovich” (que conta a impressionante história da mulher que acabou descobrindo e investigando vários casos graves de contaminação de água causada pela empresa Pacific Gas and Eletric Company, também nos EUA, em 1993). Enfim, se você não assistiu, fica também essa outra dica!

Embora a questão ambiental apareça como pano de fundo, Dark Waters trata realmente é do conflito entre dois aspectos relevantes da vida em sociedade: de um lado a prosperidade (afinal, as pessoas precisam de seus empregos) e do outro, a ética (respeito para com o ser humano, em primeiro lugar). 

Os políticos espertalhões sempre apelarão para o falso dilema entre esses dois aspectos, como se não fosse possível conciliar economia e bioética... sem lembrar que, quando fracassamos no respeito por nós mesmos e pelo ambiente, já fracassamos em todo o resto.

🔺FICHA TÉCNICA🔻

Gayatri Mantra

Gayatri Mantra

Om bhur bhuvaha svaha
Tat savitur varenyam
Bhargo devasya dhimahi
Dhiyo yonah prachodayat

 



(Tradução)

Ó deus da vida que traz felicidade
Dá-nos tua luz que destrói pecados
Que tua divinidade nos penetre
E possa inspirar nossa mente



tradução literal, do sânscrito:
 
AUM  - A manifestação da Luz do Criador

BHUR - O Plano da Manifestação do Ser 

BHUVA - O Fogo destruidor dos sofrimentos

SWAH ou SWAHA, ou ainda SVAH, OU SVAHA, ou ainda SVUH ou SUVHA  - 
O Plano Mental, o Reino da Iluminação.  
Em sânscrito, significam :  Que assim seja! Que se manifeste!


terça-feira, 21 de abril de 2020

resenha do filme "A Chegada"



O que nossa realidade tem a ver com nossa linguagem?

Uma coisa eu posso lhe garantir: o elogiadíssimo filme A Chegada (de 2016), é diferente de tudo que você já assistiu com o tema ‘extraterrestres’. 

Baseado no conto A história da Sua Vida de Ted Chiang, The Arrival (título em inglês) recebeu oito indicações ao Oscar de 2017 e levou o prêmio de melhor edição de som. Muito pouco pela originalidade e qualidade de uma obra que, sem dúvida, já é um clássico no gênero ficção científica.

 O filme

A Chegada começa quando doze espaçonaves alienígenas pousam em distintos locais na Terra (Inglaterra, Rússia, Venezuela, China e Paquistão) e a linguista Dra. Louise Banks (Amy Adams) é convocada pelo governo americano para auxiliar nas tentativas de tradução da língua alienígena, bem como de comunicação com os novos e estranhos visitantes.

Deste modo, o enredo do filme trabalha expondo a reação por parte das autoridades mundiais, de distintos grupos culturais, e até dos influenciadores digitais. O filme expõe logo de início o primeiro grande desafio que enfrentaríamos: como nos comunicar com seres que não utilizam formas humanas de linguagem? 

Assim, enquanto a tensão mundial aumenta e pesquisadores do mundo todo lutam contra o tempo para compreender a linguagem alienígena, a protagonista Louise começa a ter “flashbacks” sobre sua própria vida. Tais flashbacks, contudo, não são o que pareciam ser a princípio, e a partir de um certo ponto, começamos a perceber que as cenas que acreditávamos ser o passado, eram na realidade, fragmentos do futuro da personagem.

O que é o passado? O que é o futuro?

O filme é brilhante na forma como desafia a linearidade do tempo. Interessante notar como os símbolos (grifos) usados pelos alienígenas são circulares, não apresentando começo ou fim. Do mesmo modo, o início e o final da história também são interligados de forma circular (não linear) e completam um círculo, da mesma forma como a linguagem utilizada pelos alienígenas. É desta mesma forma que o tempo é representado no filme. 

Os Heptapods (como os alienígenas são apelidados) têm uma percepção diferente do tempo, o que eles representam de forma genial pela sua escrita. Ao começar a compreender a estranha língua alienígena, a protagonista passa simultaneamente a perceber o tempo também de forma não linear (não sucessiva – passado, presente e futuro).

Filosofia da Linguagem

Um aspecto extraordinário do enredo é representado na tentativa da pesquisadora Louise de explicar a hipótese dos linguistas Sapir e Whorf (primeira metade do século XX), segundo a qual a língua nativa de um grupo tem relação direta com o modo de pensar e perceber o mundo. Ou seja, segundo eles, a língua de um grupamento humano influenciaria ou determinaria a forma de pensar das pessoas que fazem parte deste mesmo grupo. 

Embora a hipótese não seja bem aceita pela maioria dos linguistas, ela serve muito bem como pano de fundo para o enredo ser costurado de forma verossímil.

Deste modo, ao contrário do que pensaríamos num primeiro momento, o questionamento que o filme traz não é “o que faríamos se alienígenas invadissem nosso planeta”, mas o que faríamos “se pudéssemos mudar nossas escolhas feitas no passado de nossas vidas”.
Enfim, uma ótima dica de filme para quem gosta de ficção científica e de temas relacionados a filosofia da linguagem, linguística, comportamento, etc.

Não deixem de assistir!

🔺Ficha técnica🔻

um papo sobre confiança - Matheus de Souza

Reflexão muito interessante sobre o tema "confiança". 

O autor do texto que transcrevo abaixo é autor da obra "Nômade Digital: um guia para você viver e trabalhar como e onde quiser" (Autêntica Business, 2019), e cofundador da "remotebox," uma comunidade feita por trabalhadores remotos para trabalhadores remotos.

Matheus já produziu conteúdos para marcas como Google, Nubank, Wise Up, PepsiCo, Caixa, Tudo Orna, Hotmart, Superlógica, entre outras. Em 2016 o LinkedIn o elegeu "terceiro brasileiro mais influente da rede em sua lista de Top Voices". Ele ainda promove cursos online e entre 2016 e 2017 foi sócio da Crush Design, startup focada em mobiliário digital e design open source, premiada no Sinapse da Inovação 2016 como uma das 100 startups mais inovadoras do Estado de Santa Catarina.


Abaixo segue a transcrição:


Um papo sobre confiança e bundas-moles

Tem tantas pessoas talentosas por aí desperdiçando seu potencial por falta de confiança.
Elas esperam que os outros acreditem nelas, mas não acreditam em si mesmas. Isso dói, cara.
A confiança é a base onde nossas vidas estão construídas. A confiança deve estar presente em relacionamentos, parcerias de negócio, lançamentos de produtos. Deve estar no botão enviar. No publicar. A confiança leva as coisas adiante.
Viver socialmente requer que, na maioria das vezes, não compartilhemos nossas opiniões, pensamentos e pontos de vida sobre o mundo. A sociedade quer que você seja um trabalhador dócil. Que escute as regras e faça seu trabalho para que as engrenagens continuem rodando.
Ah, e não podemos esquecer de bater o ponto. A sociedade pira quando não o fazemos. Já que, pra ela, o que importa são as horas trabalhadas, não o resultado entregue.
E os prazos? Amigo e amiga, foda-se a criatividade quando se tem um prazo.
É engraçado que a palavra inglesa pra isso seja deadline. Numa tradução literal, data limite.
Pra nossa criatividade, a data da morte. Aos poucos os deadlines, cada vez mais apertados, vão nos corroendo por dentro. E nos matando.

Só há uma versão de você — por que desperdiçar seu talento?


segunda-feira, 20 de abril de 2020

filme Poder Além da Vida (O Caminho do Guerreiro Pacífico)


O Caminho do Guerreiro Pacífico” é uma excelente leitura, baseada em fatos reais
Além disso, o livro ganhou em 2006 sua versão cinematográfica (link para assistir, no final), conhecida no Brasil com o nome Poder Além da Vida (há uma versão também em pdf disponível na internet caso prefira e-book).  

A obra escrita por Dan Millman (norte-americano que já publicou 13 livros em estilo auto-ajuda) é quase uma autobiografia (já que o autor admite que algumas passagens são ficcionais). 

Assim, o protagonista descreve sua vida desde que era um jovem ginasta que se preparava para as Olimpíadas, passando pelo encontro com seu inusitado e misterioso orientador “espiritual” (o qual aos poucos transmite seus ensinamentos). Nos conteúdos práticos e filosóficos que vai recebendo, se observa muito das filosofias orientais e, em especial, da filosofia budista.

A obra é inspiradora e já foi traduzida em vinte idiomas. Seu enredo apresenta um protagonista que, apesar de muito jovem, já era atleta de sucesso, tanto nos Estados Unidos, como no exterior. 
Apesar do sucesso nos esportes e na escola, Millman sentia que faltava algo em sua vida. Despertado certa madrugada por um pesadelo, ele vai até um posto de gasolina, onde encontra um velho que ele mesmo apelida de “Sócrates”. A partir de então, o protagonista inicia sua odisseia espiritual rumo ao confronto consigo mesmo (identificado como seu verdadeiro e maior inimigo). Aprendemos rapidamente que o maior obstáculo para nosso progresso somos nós próprios e que o autoconhecimento é fundamental para nossa autorrealização íntima.

A obra e o respectivo filme, de forma leve e bem-humorada, nos auxiliam a entender a aplicação de conceitos filosóficos profundos,  bem como a compreender melhor o papel dos desafios em nossas vidas.

Com clareza e simplicidade, importantes temas são pincelados: a iluminação espiritual, o propósito da vida, o medo da morte e do fracasso, a ansiedade, a importância do autocontrole e da disciplina, a impermanência e os paradoxos da vida humana


Evidentemente, o filme não é tão detalhado quanto a obra escrita. Além disso, o livro apresenta alguns desfechos distintos em várias passagens, quando comparados ao filme. O certo é que vale a pena ver o filme, tanto quanto ler o livro. 






 🔺Ficha técnica:🔻

citações de "O Poder do Silêncio", de Eckhart Tolle - 2ª parte

citações da obra 'O Poder do Silêncio'

(2ª parte)



Os trechos a seguir foram extraídos da interessantíssima obra  "O Poder do Silêncio"

Nela, o autor analisa as principais características egoicas que nos impedem de experimentar o "Agora", e, portanto, de conhecer a nós mesmos, em nossa essência, e sermos finalmente felizes verdadeiramente.


 

 

 

 

“A mente está sempre querendo alimentar-se para continuar pensando. Ela procura alimento para sua própria identidade, para seu sentido de ser. É assim que o ego se cria e se recria continuamente”.

“Você se dá conta de que esse ego é fugaz e passageiro? 

Quem percebe isso? É o Eu-Sou. Esse é o seu eu mais profundo, que não tem nada a ver com o passado e o futuro. 

Quando você se dá conta de que existe uma voz na sua cabeça que pretende ser você e não pára de falar, percebe que você vem se identificando com a corrente do pensamento. 
Quando percebe a existência dessa voz, você compreende que não é essa voz, mas a pessoa que a percebe. Ter liberdade é saber que você é a consciência por trás dessa voz.”

“Ao concentrar toda sua atenção ao momento presente, uma inteligência muito superior à inteligência da mente autocentrada entra no comando da sua vida. Sua ação presente se torna não só muito mais eficaz, como infinitamente mais satisfatória e gratificante”.

“Ao viver através do ego, você faz do momento presente apenas um meio para atingir um fim. Você vive em função do futuro, mas quando atingem seus objetivos, eles não te satisfazem. Ou pelo menos não por muito tempo.”

Limite Zero e Marco Zero - Audiolivros


Sugestão de leitura






 

CLIQUE AQUI para ouvir o audiolivro "Marco Zero"


o que é ho’oponopono?

Na língua havaiana, a palavra “ho’o” significa “fazer...", "realizar...", "criar...", "causa”.  "Pono" significa "equilíbrio, bondade, retidão, ordem perfeita". Assim, “Ho'oponopono” quer dizer “método de criar ordem e equilíbrio perfeito para curar uma situação” (Joe Vitale). 
A filosofia e as técnicas Ho’oponopono passaram a ser mais conhecidas a partir da publicação da obra Limite Zero (escrita por Joe Vitale), a qual abordou suas próprias vivências quando conheceu o professor e divulgador Ihaleakala Hew Len
A história de como Hew Len conseguiu curar um pavilhão inteiro de criminosos que sofriam de doenças mentais no Havaí, sem sequer conversar ou interagir com nenhum deles, soa incrível. 
Segundo a obra, por meio da análise das fichas de cada paciente, o terapeuta I. Hew Len aplicava as palavras-chave do ho’oponopono. Tal processo foi então suficiente para modificar o estado de espírito. 
Consequentemente, a atividade mental dos detentos também se alterava na mesma proporção, até que Hew Len conseguiu curar os presos conforme promovia a cura de si mesmo.

 


🔺Como funciona o ho’oponopono?🔻


sexta-feira, 17 de abril de 2020

Falácia, Sofisma, Convencimento e Retórica


Retórica: a arte de convencer e persuadir


  • conceitos introdutórios

  • como elaborar um discurso

  • valor e limite da lógica

  • sofismas e falácias: conceito e exemplos


    observação importante: este texto foi elaborado com base nos artigos filosóficos de autoria de Flora Silva, Sérgio Biagi Gregório e Fredric M. Litto, cujas referências bibliográficas seguem no final.

    Retórica: convencer ou persuadir?

    Uma breve introdução

    Evidentemente, não precisamos ser especialistas em lógica para argumentar.

    Fazemos isso em nosso dia a dia quase que sem perceber. Mas é óbvio que conhecer um pouco algumas regras, torna mais fácil a tarefa de avaliar e identificar argumentos válidos e inválidos. Grande parte dos discursos está assentada sobre base argumentativa.

    Perelman acha importante distinguir o ato de convencer do ato de persuadir. Enquanto o ato de convencer se dirige unicamente à razão, o ato de persuadir, visa atingir a vontade e o sentimento do interlocutor. No primeiro, os únicos recursos são o raciocínio lógico e as provas objetivas, aplicáveis a qualquer “auditório”. Seu caráter é, pois, estritamente demonstrativo e atemporal (como num raciocínio matemático).  Na persuasão, há liberdade para o uso de argumentos verossímeis e seu caráter é mais ideológico, subjetivo e temporal. 

    O primeiro conduziria a certezas, enquanto o segundo deveria ser capaz de levar o auditório à adesão aos argumentos apresentados.

    Bom, independente dessa questão terminológica, o fato é que a “arte de bem falar” e de mostrar eloquência diante de um grupo de pessoas tem sido objeto de interesse do homem há milênios. 

    O caráter argumentativo da fala humana está presente desde a infância e nas questões mais corriqueiras. 

    Os pais argumentam com a criança e esta argumenta com seus pais, com todas as ferramentas de que dispõe. O namorado argumenta com a namorada, os amigos entre si, o professor com seus alunos, o político com seus futuros eleitores e assim sucessivamente. 

    A retórica está intimamente ligada à argumentação. Retórica é bem mais que um simples conjunto de regras de oratória. No mundo grego, a oratória tornou-se uma necessidade fundamental do cidadão, que deveria defender suas ideias perante as assembleias. Aos poucos, começaram a surgir os profissionais da retórica – os primeiros advogados. 

citações de "O Poder do Silêncio" - Eckhart Tolle - 1ª parte

"O Poder do Silêncio": citações

 (1ª parte)

Eis um livro pequeno em número de páginas, mas extremamente denso em conteúdos práticos.

 

Os trechos a seguir podem ser encontrados na obra  "O Poder do Silêncio", na qual você poderá constatar algumas das características do ego, bem como meios pelos quais podemos escapar de suas principais armadilhas. 

A experiência do "Agora" é a forma mais rápida e eficaz de  conhecer a nós mesmos. 

Aconselho a leitura.






 "Sempre que houver silêncio à sua volta, ouça-o. Isso significa apenas percebê-lo. Ouvir o silêncio desperta a dimensão de calma que já existe dentro de você, porque é só através da calma que se pode perceber o silêncio. Nesses momentos você se liberta de milhares de anos de condicionamento humano coletivo.

"Qualquer barulho perturbador pode ser tão útil quanto o silêncio. Basta abolir suas resistências interiores ao barulho, deixando-o ser como é. Essa aceitação também leva você ao reino da paz interior que é a calma. ”

“A calma é o lugar onde a criatividade e as soluções dos problemas são encontradas”

“A calma e o silêncio são a própria inteligência. A consciência básica da qual provêm todas as formas de vida. A forma de vida que você pensa que é, vem dessa consciência e é sustentada por ela”.

“Quando você olha num estado de calma para uma árvore ou uma pessoa, quem está olhando? É algo mais profundo do que você. A consciência está olhando para a sua própria criação. A Bíblia diz que Deus criou o mundo e viu que era bom. É isso que você vê quando olha num estado de calma, sem pensar em nada ”.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

"Ser feliz ou ter razão": uma análise do discurso

...
Oito da noite, numa avenida movimentada. 
O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo e ela consultou no mapa antes de sair. 
Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.
Percebendo que além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.
Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados. Mas ele ainda quer saber: 

- Se tinha tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais... E ela diz: 
- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.
Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!

Considerações semióticas e análise do discurso


"Ser feliz ou ter razão" é uma pergunta capciosa que nos coloca diante da falácia do "falso dilema".

Nesta falácia, o interlocutor nos obriga a escolher entre apenas duas alternativas como se estas fossem as únicas possíveis diante de certo contexto prático.
Primeiro aspecto a considerar: Se você pensar bem, notará que as causas e efeitos apresentadas ("ser feliz/infeliz e ter razão/não ter razão") não se excluem necessariamente, ou seja: posso ser feliz "tendo razão", como posso continuar "infeliz sem ter razão alguma".
Em segundo, considere que na maioria das situações que vivenciamos no dia a dia, sempre há várias alternativas e não apenas duas ("ter/não ter razão").

Admito: em muitas situações, na grande maioria até, é melhor calar do que falar, principalmente se nossa fala estiver carregada de raiva, ira ou ressentimento. O mal causado será ainda maior falando...
Por outro lado, a mera submissão de um ao outro, seja a pretexto de "salvar" um relacionamento, seja para garantir uma momentânea sensação de bem estar (que nada tem a ver com a verdadeira felicidade) não necessariamente é a atitude mais inteligente.

Os dez conselhos de Dipa Ma


Dipa Ma (1911-1989) foi uma mulher notável da região de Bengala. Em 1957, passou a praticar vipassana, realizando notável progresso. Em 1963 começou a estudar os siddhis, poderes espirituais.
Em 1967, ela se mudou para Calcutá onde ensinou meditação para alunos como Joseph Goldstein, Jack Kornfield e Sharon Salzberg, os quais mais tarde se tornaram proeminentes professores nos EUA. No começo dos anos 80 ela ensinou no Insight Meditation Society in Barre, em Massachusetts”.
Tendo sido aluna de Mahasi Sayadaw, na Birmânia, Dipa Ma foi reconhecida amplamente por sua realização espiritual e poderes supranormais.
Abaixo seguem dez conselhos de Dipa Ma. Impossível se perder se você segui-los:
  1. Escolha uma prática de meditação e se mantenha com ela. Se você quer progresso na meditação fique com uma técnica.
  2. Medite todos os dias. Pratique agora. Não pense que poderá fazer mais depois.
  3. Qualquer situação é trabalhável. Cada um de nós tem enorme poder. Isso pode ser utilizado para ajudar a nós mesmos e os outros.
  4. Pratique a paciência. Paciência é uma das mais importantes virtudes para o desenvolvimento da vigilância e da concentração.
  5. Liberte sua mente. Sua mente é todas as estórias.
  6. Refresque o fogo das emoções. A raiva é um fogo.
  7. Divirta-se no caminho. Sou muito feliz. Se você vier meditar você também será feliz.
  8. Simplifique. Viva de forma simples. Uma vida muito simples é boa para tudo. Muito luxo é um obstáculo para a prática.
  9. Cultive o espírito da bênção. Se você abençoar aqueles à sua volta isso o inspirará a ser zeloso a cada instante.
  10. Esta é uma jornada circular. A meditação integra a pessoa inteiramente.

FONTE:

Obra "Linguagem e Ideologia", de José L. Fiorin

Linguagem e Ideologia


José Luiz Fiorin – ed. Ática, 1988 (série Princípios)

desconheço o autor da síntese abaixo. Se algum leitor souber, me informe, para que eu mencione os devidos créditos.


. Introdução
            A linguística não se preocupou com as relações entre a linguagem e a sociedade, mas apenas com as relações internas entre os elementos linguísticos.
        A linguagem é, antes de tudo, uma instituição social, o veículo das ideologias, o instrumento de mediação entre os homens e a natureza, entre os homens e outros homens.
          O objetivo do livro não é mostrar que uma pronúncia de prestígio é imposta com a finalidade de discriminar pessoas; nem que o acesso a certas posições de destaque está ligado à aquisição de variedades linguísticas consideradas certas ou elegantes; nem que a norma linguística utilizada pelos que detêm o poder transforma-se em “língua modelo”; nem que as variedades linguísticas utilizadas pelos segmentos sociais subalternos são consideradas “erros”, “transgressões” e por isso seus usuários são ridicularizados; não é dizer que a linguagem é um instrumento de poder e que os segmentos sociais dominantes tentam ridicularizar a palavra dos dominados... O objetivo do livro é refletir sobre as relações que a linguagem mantém com a ideologia: o autor deseja analisar qual o lugar das determinações ideológicas neste complexo fenômeno que é a linguagem, bem como analisar como a linguagem veicula a ideologia, demonstrando o que é que é ideologizado na linguagem.

2. Marx e Engels dão as primeiras dicas

        Os autores da obra A ideologia alemã mostram que, nem o pensamento, nem a linguagem constituem domínios autônomos, pois ambos são expressões da vida real.
      Ao mesmo tempo em que goza de certa autonomia, a linguagem sofre determinações sociais e é preciso separar estes dois níveis: o de sua autonomia e o de suas determinações.

3. As primeiras distinções

            A língua é social na medida em que é comum a todos os falantes de uma comunidade linguística.
            O sistema (língua) é mais do que uma lista de palavras, ela é um sistema de oposições, de valores ( /l/ é diferente de /r/, diferente de /m/.....; dizemos o homem e não *homem o ...)
            Um sistema linguístico é uma rede de relações que se estabelece entre um conjunto de elementos linguísticos e estas relações dão um determinado valor a cada componente do sistema e permitem selecionar o elemento apropriado para figurar em cada ponto da cadeia da fala e combinar adequadamente esses elementos entre si. A língua é uma estrutura internalizada pelos falantes (abstrata) que se realiza nos atos de fala.

Despertar, iluminação...o que isso significa?


(...) Despertar não significa que 'você despertou', significa que há apenas o despertar. Não há “você” que está desperto, só existe pura consciência. Enquanto você se identificar com um “você”, quer esteja acordado ou não acordado, você ainda estará sonhando. Despertar é despertar do sonho da existência de um “eu separado”, é a revelação que existe apenas consciência (...)


 

(...)“A Iluminação é um processo destrutivo, tanto quanto construtivo. Não tem relação com 'se tornar feliz ou melhor'. Iluminação é a desconstrução da mentira. É ver através das pretensões. É a erradicação completa de tudo que se acredita ser verdade.
Adyashanti




sexta-feira, 10 de abril de 2020

As raízes do sofrimento (por Eckhart Tolle)

 Afinal, o que é o Sofrimento?

 


Como não ser consumido pelo sofrimento

A chave do estado de alerta consciente


O sofrimento consiste na energia vital aprisionada que se desprendeu do campo energético total e se fez temporariamente autônoma, através de um processo artificial de identificação com a mente. 

Ela se volta para dentro de si mesma e se torna algo contrário à vida, como um animal tentando comer o próprio rabo. Por que você acha que a nossa civilização se tornou tão autodestrutiva? 

Acontece que as forças destrutivas da vida, ainda são energia vital. Mesmo quando começamos a deixar de nos identificar e nos tornamos observadores, o sofrimento ainda continua a agir por um tempo e vai tentar fazer com que voltemos a nos identificar com ele. 

Embora não esteja mais recebendo a energia originada da nossa identificação com ele, o sofrimento ainda tem sua força, como uma roda-gigante que continua a girar, mesmo quando deixa de receber o impulso. 

Nesse estágio, o sofrimento pode até ocasionar dores em diversas partes do corpo, mas elas não vão durar. Esteja presente, fique consciente. Vigie o seu espaço interior. 

Você vai precisar estar presente e alerta para ser capaz de observar o sofrimento de um modo direto e sentir a energia que emana dele. Agindo assim, o sofrimento não terá força para controlar o seu pensamento. 

No momento em que o seu pensamento se alinha com o campo energético do sofrimento, você está se identificando com ele e, de novo, alimentando-o com os seus pensamentos. 

Perca a cabeça!

Pratique a acefalia

Há muitas formas de se chegar à meditação. E há também muitas técnicas e formas distintas que podem ajudar a se alcançar distintos estados meditativos. Qual é melhor, qual ajuda e qual atrapalha, dependerá de cada pessoa em particular.
De qualquer modo, a primeira observação que acredito seja relevante é lembrar que nunca se deve confundir "meditação" com algum tipo de imaginação, mentalização, oração, intenção, conversação interna ou pensamento reflexivo. 
Há sim técnicas para se atingir a meditação que os especialistas chamam de ativas (nas quais o corpo se movimenta ordenada ou desordenadamente) e passivas (com o corpo parado, quieto). 
Porém, toda vez que a técnica recorre ao auxílio da imaginação, de mantrans, intenções, mentalizações,  objetos externos, música etc, é importante lembrar que você ainda não está propriamente "meditando", mas sim utilizando uma ferramenta para chegar (ou voltar) ao seu estado natural, o estado de meditação.
Assim, na medida em que você melhora sua concentração, as muletas e ferramentas auxiliares que no início foram eventualmente úteis, podem e devem ser dispensadas. Cedo ou tarde, precisaremos abandonar qualquer muleta ou apoio e seguir meditando, pura e simplesmente. Neste sentido, a meditação vipassana é um bom exemplo de meditação que o levará diretamente ao ponto da meditação, sem atalhos.
Por outro lado, é um engano acreditar que se pode voltar ao estado natural (meditação) instantaneamente, com a mente no atual grau de agitação e indisciplina (dispersa e acelerada). É óbvio que a visão da realidade, a visão de profundidade, só se torna possível quando as ondas no lago da mente se acalmam. A meditação é um estado natural do ser humano que se perdeu. Por isso, aconselha-se ao "meditador" que busque inicialmente colocar sua atenção na respiração, que também é algo natural. Uma vez que você consegue observar atentamente sua própria respiração natural, não entrecortada, não artificial, não forçada, nossa mente tenderá a acompanhar, acalmando-se também aos poucos. 
Aos poucos escapa-se da ditadura do pensamento acelerado.
Osho sempre falou bastante sobre a importância de se tirar o foco da mente, do pensamento compulsivo e mecânico.
Abaixo segue um interessante exemplo de meditação ativa, na intenção específica de facilitar o estado meditativo. Segue o trecho extraído da obra de Osho, "Meditação: A Primeira e Última Liberdade".

Da cabeça ao coração

 

(...)O primeiro objetivo: experimente ser acéfalo. Visualize a si mesmo como acéfalo; aja como se fosse. Essa sugestão parece ridícula, ilógica, mas é um dos exercícios mais importantes. Experimente e entenderá. Caminhe sentindo-se como se não tivesse cabeça. No princípio será apenas “como se”. Quando começar a sentir que não tem cabeça, achará esquisito e estranho. Mas em pouco tempo você estará se acomodando no coração.

Existe uma lei. Você talvez tenha notado que uma pessoa que é cega tem uma audição mais sensível, um ouvido mais musical. As pessoas cegas possuem uma sensibilidade para a música mais profunda. Por quê? A energia que normalmente circula pelos olhos, no caso, não pode passar por eles, então escolhe um caminho diferente que passa pelas orelhas.

Mooji - O Poder do Pensamento




Mooji - O Poder do Pensamento

 


 


Oferecendo a qualidade da sua presença




Excelente reflexão de Gustavo Gitti, que discorre inteligentemente sobre a dinâmica corrente dos relacionamentos humanos em geral. Percebe-se o profundo teor filosófico oriental que emana de sua argumentação. Basicamente o autor aborda o valor da presença, da postura de entrega e de disponibilidade, tão rara na atualidade. Sobre tema semelhante, já escrevi o texto O Segredo do Passeador de Humanos
Vale a pena refletir sobre suas ponderações:



Quando você for para o trabalho, para a faculdade, para uma balada, não vá com uma postura de buscar algo, conseguir algo, sugar algo do local ou das pessoas. 
Vá para oferecer, vá para gentilmente entregar às pessoas as qualidades de sua simples presença

Ofereça qualquer coisa. Um olhar profundo já é muito hoje em dia. Vá para os lugares e apenas treine olhar tudo com um olhar de abismo. Muitas pessoas precisam só disso: serem olhadas, contempladas suave e lentamente, reconhecidas em sua manifestação mais sutil, tocadas de alguma forma e conectadas com um outro que as transcende e reacende o mistério que as faz viver.

No momento em que se coloca em uma posição mendicante, você adentra um mundo de carência, sente-se incapaz de oferecer algo aos outros e termina com um olhar que suga e enfraquece a energia de qualquer um ao seu redor. Ao final do dia, você continuará insatisfeito e certamente terá construído relações patológicas com os seres, baseadas em sua carência.

Por outro lado, se adotar uma postura expansiva e radicalmente aberta, oferecendo sua existência ao deleite dos outros, você age reconhecendo que não tem nada a perder. Não há medo nem hesitação em seu olhar. Sem esperar ou exigir nada dos outros, você age desimpedidamente, em uma dança sutil em meio às situações. Qualquer solidez ou bloqueio é atravessada por sua leveza e transparência. Qualquer obstrução é liberada pela presença da sua espontaneidade. Você apenas sorri e faz todos sorrirem, ou ainda: você cria o espaço para que todos possam sorrir.