Amor atômico, quântico, universal…
Um diálogo que mantive com um leitor:Leitor: No mundo da relatividade e da subjetividade humana, entendo o que diz, mas quando pensamos em nível universal, atômico, quântico, etc, o “amor” não passa de uma palavra, um conceito, uma criação humana, que depende de nós para existir. Pode ser que o amor seja o “melhor resultado” para uma experiência “humana”, ao invés de ser a finalidade de toda experiência.
Flavio: “amor” de fato não passa de uma palavra. É nosso meio relativo de expressar, confinando em palavras, o que transcende perspectivas universais, atômicas e quânticas (que também são palavras).
Tudo o que sabemos se vincula a nossa condição relativa e subjetiva, nossa humanidade é assim, portanto nossos códigos não poderiam ser diferentes. Aqui estamos tratando justamente da “experiência humana”, a minha e a sua experiência, e tentando encaixá-la em nossos contextos, sobretudo nossa limitada compreensão.
Quando falo “amor” vou até onde posso expressar, até onde o “conceito” cabe no código, até onde posso me fazer compreender, no entanto falo consciente do limite da palavra e das barreiras de compreensão.
Não posso desconsiderar que, para além delas, seja em que nível for, em amplitude “universal”, “atômica” ou “quântica”, teorias, experimentos, ciência ou filosofia, tudo depende de nós para existir, tudo é relativo, rarefeito, discutível.
Assim será até que eu enxergue as conexões e perceba como tudo aponta para uma coisa só.
Os vários nomes e percepções não anulam o fato de que algo nos move, nos une, nos conecta, seja no nível humano ou atômico, um caminho que me projeta em percepções, apesar dos limites, apesar das distâncias, a isso, amigo, eu chamo amor.
– flaviosiqueira.com - março, 2015
http://flaviosiqueira.com/2015/03/17/amor-atomico-quantico-universal/
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