num Brasil não tão distante no tempo:
Uma
das características comuns dos anúncios de escravos foragidos, diz
respeito à sua descrição, normalmente
caracterizados por sinais de cicatrizes, frutos de castigos sofridos. Acerca disso já tratava Joaquim Nabuco, em seu
livro “O Abolicionismo”:
“Diariamente
lemos anúncios de escravos fugidos denunciados à sede de dinheiro dos
capitães-do-mato com detalhes que não ofendem o pudor humano da
sociedade que os lê...” – “...anúncios de negros fugidos
acompanhados em muitos jornais da conhecida vinheta do negro descalço
com a trouxa ao ombro, nos quais os escravos são descritos muitas vezes
pelos sinais de castigos que sofreram, e se oferece uma gratificação,
não raro de um conto de réis, a quem o apreender e o levar a seu dono - o
que é um estímulo à profissão de capitães-do-mato”.
Veja outras imagens de anúncios muito elucidativos no interessante site do antropólogo Iba Mendes