segunda-feira, 25 de julho de 2016

empolgação e persistência na caminho do autoconhecimento



“Quando a prática for boa, tente não ficar muito excitado ou usar esse nível de concentração e inspiração como o padrão para toda prática futura.

Quando sua prática não for bem, não deixe isso sabotar ou desgastar sua determinação. Ao se deparar com circunstâncias ruins e obstáculos, considere tudo como as bênçãos compassivas do mestre, do darma e do resultado da prática. Podemos até atrair obstáculos nas horas antes de alcançar a iluminação. Dificuldades são, então, um sinal que sua prática está funcionando e deveriam te fazer feliz.
Jigme Lingpa 

A chave é consistência. O que acontece com frequência é que, no calor da inspiração, praticantes exageram na dose da prática, depois se sentem profundamente frustrados quando falham em vivenciar um bom sonho, não conseguem se concentrar adequadamente ou manter a calma. Tendo praticado até se fartar, eles param por uns meses, e quando eventualmente retornam, estão de volta à estaca zero.

Nesse ritmo, o progresso é muito lento. Uma abordagem muito melhor é a da tartaruga. Cada passo parece uma eternidade, mas não importa quão desanimado se sinta, continue a seguir a agenda de sua prática de modo preciso e consistente.
É assim que podemos usar nosso maior inimigo, o hábito, contra ele mesmo. O hábito gruda em nós como uma sanguessuga, ficando mais rígida e teimosa a cada momento, e mesmo que consigamos espantá-la, ainda ficamos com uma lembrança de sua existência que provoca coceira. Ao se habituar à prática regular,  usamos nosso inimigo contra ele mesmo ao contrabalançar maus hábitos com o bom hábito da prática. Nada é difícil uma vez que você se acostume.”
 Dzongsar Khyentse Rinpoche.


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