Mais um excelente texto para reflexão de autoria de Flávio Siqueira, abordando de modo 'cortante', nossa mania de acreditar que nosso paradigma é melhor que o paradigma do outro...
Nossa visão de mundo, nossa filosofia, nossa ideologia... o quanto tudo isso de fato nos aproxima da realidade, da verdade mais pura sobre qualquer coisa?
No fundo, o que vemos, senão um fragmento da paisagem, pelo "buraquinho de uma fechadura"?
Seus olhos
Sua mente é o lugar de onde você observa a vida, portanto seu olhar denuncia onde você está. Ninguém vê exatamente como você. Ninguém é exatamente como você. Esse lugar é só seu. Você é seu olhar. Como sente, como escolhe, como pensa, com se movimenta na história, a sua história.
Quase não vemos
Só enxergamos a superfície. Quase não vemos a conexão entre acontecimentos, o quanto se vinculam, complementando-se, provocando desencadeamentos de situações que jamais teremos acesso. Por isso é melhor não ter pressa em julgar nada. Cada evento carrega bilhões de possibilidades. Nós, com nossa mente condicionada, só percebemos uma, duas, três no máximo.
Caixas
São nossas regras, nossos
códigos, nossa moral, nossos preconceitos se tornando maiores do que as
pessoas, sobrecarregando-as, fazendo com que pensem que a liberdade é
uma utopia, um erro. Engano: a liberdade é a essência do ser e por mais
que as caixas nos protejam chegará o momento em que precisaremos sair
delas.
Há milhares de anos filósofos, religiosos e cientistas tentam responder
qual o sentido da vida. Há muitas explicações, muitas tentativas, mas
nunca haverá contundência definitiva enquanto a pretensão for encontrar
uma resposta absoluta, que se encaixe para todos. O sentido é pessoal.
Reflexo da somatória de significados cotidianos que se projetam no
caminho. Para mim o sentido da vida agora é escrever esse bilhete para
você. Depois? Depois descobrirei. Acho que todo sentido da existência se
projeta no agora, no lugar onde vivo, no olhar que sou.
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