Três trechos do educador e filósofo brasileiro Paulo Freire (1921-1997)
para reforçar e comungar com a onda de ativismo que acontece no Brasil
de Norte a Sul, catapultados pelo protesto do aumento de R$ 0,20 da
passagens dos transporte público paulista, mas que se ampliou para um
desabafo contra a corrupção, o mau uso do dinheiro público e os
desmandos políticos que há alguns anos se instauraram no Brasil.
Os
trechos são dos livros “Professora Sim, Tia Não” (1993), “Pedagogia do Oprimido” (1968) e “Cartas à Cristina” (1994).
1
Paulo Freire. “Professora Sim, Tia Não” (1993).
“A amorosidade de que falo, o sonho pelo qual brigo e para cuja
realização me preparo permanentemente, exigem em mim, na minha
experiência social, outra qualidade: a coragem de lutar ao lado da
coragem de amar. (…) Não é, porém, a esperança um cruzar de braços e
esperar. Movo-me na esperança enquanto luto e, se luto com esperança,
espero.”
2
Paulo Freire. “Pedagogia do Oprimido” (1968).
“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se
libertam em comunhão”. (…) ”Somente quando os oprimidos descobrem, o
opressor, e se engajam na luta organizada por sua libertação, começam a
crer em si mesmos, superando, assim, sua “convivência” com o regime
opressor. Se esta descoberta não pode ser feita em nível puramente
intelectual, mas da ação, o que nos parece fundamental é que esta não se
cinja a mero ativismo, mas esteja associada a sério empenho de
reflexão, para que seja práxis”.
3
Paulo Freire. “Cartas à Cristina” (1994).
“A pessoa conscientizada tem uma compreensão diferente da história e
de seu papel nela. Recusa acomodar-se, mobiliza-se, organiza-se para
mudar o mundo.”
autor: Nando Pereira
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