O conto oriental abaixo nos convida a refletir sobre o problema da ascese mística mal compreendida e mal aplicada. Boa intenção ou a simples posse de poderes paranormais não são garantia de uma vida com sabedoria, bom senso e equilíbrio.
Ao vê-lo, correu até Sidarta, manifestando sua alegria!
Após algumas horas de silêncio, o monge solitário desatou a falar de seus
próprios progressos espirituais: ele conseguira levitar, dominando o efeito gravitacional. Agora, lhe era possível transportar-se ao outro lado do rio, sem molhar
seus pés.
Sidarta perguntou-lhe quantos anos levara para alcançar o domínio desta habilidade.
O monge disse-lhe que, seguramente, mais de 40 anos.
—Não teria sido mais fácil e rápido, atravessar o rio utilizando-se do
seu barco? perguntou Sidarta.
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