domingo, 16 de julho de 2017

meditação 24 horas por dia: Mooji



Não tente se livrar dos apegos, apenas reconheça Aquele que os observa...



“Apenas observe o que aparece de uma posição de neutralidade total, você tem o poder de fazer isso, não é difícil, a maior parte do tempo você já faz isso, você já faz isso com várias coisas, porque você não tem nenhum relacionamento em particular com elas. 

Você pode ver esses dois objetos aqui (mostrando um retrato de Ramana Maharshi e um guardanapo), você pode ver ambos com igual claridade, mas se você tiver um relacionamento diferente com este (mostrando o retrato), então é esse que provavelmente vai lhe causar problemas, não este aqui (mostrando o guardanapo). 
A maior parte das coisas que você vê no mundo não lhe causam problemas, porque você não tem nenhum sentimento especial por elas, você geralmente é perturbado pelas coisas que se tornaram valiosas pra você.”

(Mooji* - 1º de março de 2008, em Ubatuba, Brasil)

Note que essa “observação pura”, com “total neutralidade”, não quer dizer nenhum tipo de desprezo, nem se trata de ‘ser indiferente’ às experiências que a vida proporciona, às pessoas, ou à natureza. O “sentimento especial” que surge quando há apego é o problema. 
O desejo pessoal individual é o problema. A partir deste ‘desejo’ surge apego, o “sentimento” que atrai sofrimento. 
E isso se dá toda vez que o objeto do apego se afasta de nós, desaparece, se transforma, se modifica, ou quando não podemos manipulá-lo ao nosso bel prazer.



* O jamaicano Mooji (Anthony Paul Moo-Young -1954), foi artista de rua em Londres, mas por fim tornou-se discípulo do mestre indiano H.W.L. Poonja (1910-1997)



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