quarta-feira, 27 de junho de 2018
O que é “iluminação"? por Eckhart Tolle
Afinal, o que significa ser "iluminado"?
A palavra iluminação transmite a ideia de uma conquista sobre-humana – e isso agrada ao ego –, mas é simplesmente o estado natural de sentir-se em unidade com o Ser. É um estado de conexão com algo imensurável e indestrutível. Pode parecer um paradoxo, mas esse “algo” é essencialmente você e, ao mesmo tempo, é muito maior do que você.
A iluminação consiste em encontrar a verdadeira natureza por trás do nome e da forma. A incapacidade de sentir essa conexão dá origem a uma ilusão de separação, tanto de você mesmo quanto do mundo ao redor.
Quando você se percebe, consciente ou inconscientemente, como um fragmento isolado, o medo e os conflitos internos e externos tomam conta da sua vida. (…)Se você é governado pela mente, embora não tenha escolha, vai sofrer as consequências da sua inconsciência e criar mais sofrimento. Você vai carregar o fardo do medo, das disputas, dos problemas e do sofrimento. Até que o sofrimento force você, no final, a sair do seu estado de inconsciência.
- Eckhart Tolle
(extraído da obra "O Poder do Agora")
meditação ativa
"Continue até que você se veja na pessoa mais cruel da Terra, na criança faminta, no prisioneiro político.
Pratique até que se reconheça em todos no supermercado, na esquina, no campo de concentração, numa folha, numa gota de orvalho.
Medite até que se veja numa partícula de poeira em uma galáxia distante.
Veja e ouça com todo seu SER.
Se você estiver totalmente presente, a chuva do Dharma vai irrigar as sementes mais profundas da sua consciência, e amanhã, enquanto você estiver lavando os pratos ou olhando o céu azul, aquela semente vai germinar, e o amor e a compreensão vão aparecer como uma linda flor".
— THICH NHAT HANH, em 'Teachings on Love' (via Wake Up London)
Não perca tempo - Mooji
Vale a pena ler esta interessante reflexão de Nando Pereira:
Existem algumas mensagens que você encontra em praticamente todas as escolas. Uma delas é “não perder tempo” no caminho do autoconhecimento.
Dilgo Kyentse Rinpoche (1910-1991) dizia: não esqueçamos “quão rápido a vida se vai, como um flash de relâmpago no verão ou o aceno de uma mão”. Ele também insistia para que não perdêssemos “um único momento”.
Robert Adams (1928-1997), professor yogue, também lembrava para “não perdermos tempo com frivolidades”.
O grande mestre Zen Dogen (1200-1253) escreveu: “Desperdiçar a passagem do tempo é estar confuso e sujo no flutuante mundo do nome e do ganho”.
Existem algumas mensagens que você encontra em praticamente todas as escolas. Uma delas é “não perder tempo” no caminho do autoconhecimento.
Dilgo Kyentse Rinpoche (1910-1991) dizia: não esqueçamos “quão rápido a vida se vai, como um flash de relâmpago no verão ou o aceno de uma mão”. Ele também insistia para que não perdêssemos “um único momento”.
Robert Adams (1928-1997), professor yogue, também lembrava para “não perdermos tempo com frivolidades”.
O grande mestre Zen Dogen (1200-1253) escreveu: “Desperdiçar a passagem do tempo é estar confuso e sujo no flutuante mundo do nome e do ganho”.
O jamaicano mestre de Advaita Mooji enfatiza a necessidade de dedicar tempo a descobrir a verdade, mas sem se perder no caminho, sem ficar buscando pra sempre no que poderíamos chamar de um perambular em círculos por escolas, práticas e mestres infinitamente, numa espécie de “samsara espiritual”.
No vídeo abaixo, de onde foi transcrito o trecho abaixo, ele explica a dedicação, o uso do tempo e a necessidade do interesse verdadeiro na busca.
Eis o vídeo completo com Mooji — legendas em português disponíveis nos controles de Closed Captions (CC) e Configurações, na base do vídeo:
Don't waste time!
fonte: http://dharmalog.com/2017/06/08/mooji-nao-perca-tempo/
meditação? acontece!
A meditação é um acontecimento, esse é o primeiro ponto. O segundo é, a meditação não exige esforço. A chave para a meditação é a não exigência de esforço. Não é fazer alguma coisa, mas não fazer nada, que é meditação. E criar uma condição onde você possa realmente não fazer nada é tudo o que é importante para examinar.
o sonho da vida e a crença do sonhador
— Helen Schucman (1909-1981), co-autora de Um Curso em Milagres, Cap. 27
Universos sobre pernas - Flávio Siqueira
ótima reflexão de Flávio Siqueira, a qual reproduzo abaixo:
Universos sobre pernas
Nesse
espaço infinito que chamo de universo, entre galáxias, planetas,
cometas chocando-se, estrelas que nascem e morrem, entre o mistério em
constante movimento há um micro cosmos caminhando sobre pernas. Sou
espaço que se reconhece como indivíduo, maravilhado por fazer parte de
algo que não posso nominar.
Sinto-me
incapaz de entender o cosmos que sou e isso me inquieta. Em que tipo de
universo vivo? Que universo sou? Recorro à fresta da ciência, há tantos
limites. A filosofia me ajuda na busca por significados, mas em cada
resposta novas perguntas, tantas, tantas, tantas, novos dilemas,
paradoxos que me mantém em movimento.
Movimento-me.
Vivo no tempo que sei relativo. Grita em mim o contraste entre o eterno
que habita este vasto espaço contido em um corpo, templo do que não
cabe na cronologia que modifica meus traços, meus pensamentos, o mundo
que me veste. Modifico-me e mal percebo.
Sobre
a janela anseio respostas. Suspiro com saudade da casa que desconheço.
Suspiro. Deixo que os olhos passeiem entre o horizonte e as estrelas,
que descansem sobre o teto escuro da noite na Terra e se percam,
ultrapassam camadas de ar, de gases, de verdades, de crenças e se
percam...
Agora
tudo é silêncio. Possibilidades. Vagando, deixei de saber. Encanto,
universos que se encontram, galáxias infinitas, não posso calcular, os
fenômenos geram explosões devastadoras, mundos que nascem e morrem
contemplados pelo silêncio do abismo em movimento, voraz em sua lógica
caótica, promotora de vida, de morte, de espantos.
Sou
além grão de poeira das estrelas. Forma que temporariamente assume
alguma consciência e depois vai, vira outra coisa, reintegra-se ao
mistério.
O
corpo onde não caibo perderá a forma. Universo decantando-se em outros
universos, assumindo múltiplas paisagens, outros mundos que se desfazem.
Cada
expressão de consciência é parte de uma única mente. Fragmentos do
absoluto reconhecendo-se entre o lapso de vida e morte, caminhando em
busca de significados, esforçando-se para permanecerem, relutando em ir.
Mas
talvez o único jeito de permanecer seja colocando-se no fluxo do
movimento que não cessa, que modifica todas as coisas, que nos desfaz,
quem sabe, para lembrar que somos parte do todo e que o todo se
reconhece ao nos reconhecermos.
Somos consciências do universo. Mistérios aculturados contidos em identidades que anseiam pelo céu.
O
céu, abrigo de mistérios indecifráveis, contemplados em nossas frestas,
expressões simétricas dos mundos que habitam esse espaço que sou,
universo que caminha sobre pernas.
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