domingo, 15 de junho de 2025

All Our Sins - VNV Nation

música do grupo "VNV Nation", com cenas do filme "Samsara"

 

Excelente melodia!

excelente letra!

excelente escolha das imagens! 

 
















letra:


All Our Sins

I speak from a place
Where some talk of signs

resenha filme Show de Truman

 


O Show de Truman - O Show da Vida 

-O lado sarcástico e manipulador dos BBBs-

'Conhecendo' o lado de dentro e o lado de fora da "Casa Mais Vigiada..."

O filme começa no dia 10.909 da vida do personagem Truman e alguns "flashbacks" explicam um pouco da história do protagonista e porque ele vive do jeito que vive... 

Então, logo entendemos que o protagonista é a estrela de um programa de TV no estilo reality show, mas, com um detalhe sórdido: ele não tem conhecimento de que sua vida é um roteiro escrito e manipulado em um estúdio de TV.

Na trama, Truman Burbank (Jim Carrey) é um vendedor de seguros casado (Laura Linney) que, aos poucos, começa a notar que algumas coisas ao seu redor não fazem muito sentido. Ele começa a estranhar sua cidade, seus supostos amigos e até sua mulher.  

No enredo, aconteceu que o idealizador do programa conseguiu “adotar” um bebê de uma gestação indesejada e a criança passou a ser tutelada por uma empresa, que a transformou em uma inédita e questionável experiência lucrativa.

Sim! Truman é, sem saber disso, comprado desde antes de nascer, para ser usado como "animador de auditório" de um programa de entretenimento. Por trás de uma vida aparentemente perfeita, em uma cidade ideal que está ali "para fazê-lo feliz", na verdade, todos estão apenas interpretando papéis e ajudando o diretor do programa e seus investidores a ganhar muito dinheiro.  

A expectativa comum nos reality shows é a mesma de qualquer filme: o espectador precisa se "identificar" com o protagonista e melhor ainda se isso acontecer também com os demais personagens coadjuvantes. Ao assistir O Show de Truman, percebemos que todos estão conectados emocionalmente ao personagem principal e "torcem por ele", assim como no nosso cotidiano, pessoas “assistem” às outras, cobram determinadas posturas dela, esperam que vençam provas, que sejam corajosos, que sejam fiéis, que se vinguem, que sejam competitivos, mas compreensivos, que sejam fortes e vencedores, mas que também sejam sensíveis, complacentes, racionais, mas emocionais, etc...

Semiótica e Metalinguagem 

Sim. O Show de Truman acaba se mostrando uma excelente leitura semiótica de nossa sociedade, uma crítica inteligente de como nossas vidas são acompanhadas pelas distintas instituições sociais, que acompanham nosso progresso, nossa evolução, como nos premiam ou nos castigam, conforme atendamos ou não as suas expectativas.

Desde que foi lançado, O Show de Truman tornou-se fonte de inúmeras reflexões sociológicas, antropológicas e filosóficas. 

Em sua metalinguagem, obteve formidável sucesso em exibir "um show exibindo um show e criticando o show".  E ainda com o privilégio de contar com a excepcional trilha sonora de ninguém menos que Burkhard Dallwitz e Philip Glass!!

 

Por que aceitamos a realidade ao nosso redor? 

Mas... por que Truman simplesmente “não se rebela contra sua liberdade fictícia e não abandona logo o enredo”? 

Dzongsar Jamyang Khyentse - Observe a Projeção Mental


Observe a Projeção Mental

 “Nenhuma das suposições sobre quem você é, quem finge ser, ou sobre os rótulos que cola em si mesmo é o verdadeiro ‘você’. 

São apenas suposições. E são justamente essas suposições, presunções, fantasias, rótulos e etc. que criam a ilusão do samsara. 

 

Embora o mundo ao seu redor e os seres que fazem parte dele ‘apareçam’, nenhum ‘existe’; é tudo uma ilusão fabricada. 

Depois de aceitar totalmente essa verdade – não apenas intelectualmente, mas na prática – você se tornará destemido. Você verá que assim como a vida é uma ilusão, a morte também é. 

Mesmo que você não consiga perceber totalmente essa visão, familiarizá-la reduzirá exponencialmente seu medo da morte”. 

Dzongsar Jamyang Khyentse. 

 

 Segue no vídeo abaixo, um conselho importantíssimo de como se comportar em relação à mente, durante uma prática de meditação:


 

 

Citações e trechos do livro “Living is Dying”, de Dzongsar Jamyang Khyentse. 

“A lei e a justiça são projetadas para manter a paz e criar uma sociedade harmoniosa, mas em muitos casos o sistema de justiça criminal funciona em benefício dos bandidos e dos ricos, enquanto os pobres e inocentes sofrem com leis injustas.”  

 “Às vezes percebemos que tudo é nossa própria projeção, mas na maioria das vezes não. Não percebemos que tudo é nossa própria interpretação. É aqui que ficamos cegos.” 

“Enquanto houver fluxo de pensamentos, não haverá fim para a projeção do samsara.”  



Consta que Dzongsar Jamyang Khyentse Rinpoche ou Thubten Chökyi Gyamtso, é um mestre da linhagem Nyingma do budismo tibetano, cineasta e escritor. 
Nascido em 1961, em Khenpajong (leste do Butão), aos sete anos, foi reconhecido por Sua Santidade Sakya Trizin como a principal encarnação de Dzongsar Jamyang Khyentse Chökyi Lodrö, o herdeiro espiritual de uma das mais influentes e admiradas encarnações de Manjushri (o Buda da Sabedoria). 
Até a idade de doze anos, Dzongsar estudou no Mosteiro do Palácio do Rei de Sikkim no nordeste da Índia, onde estudou com vários mestres contemporâneos influentes como Dudjom Rinpoche, Dalai Lama e Dilgo Khyentse, que considera ser seu principal mestre. 
Ainda adolescente, Dzongsar construiu um pequeno centro de retiro em Ghezing em Sikkim e logo começou a viajar e ensinar pelo mundo. 
Em 1989, Dzongsar fundou a Siddhartha's Intent, uma associação budista internacional de centros sem fins lucrativos, a maioria das quais são sociedades e instituições de caridade, com a intenção principal de preservar os ensinamentos budistas, bem como aumentar a conscientização e a compreensão dos muitos aspectos do ensinamento budista além dos limites das culturas e tradições. 
Como cineasta, Dzongsar estudou com o italiano Bernardo Bertolucci; e seus dois filmes principais são “A Copa” (1999) e “Traveller e Magicians” (2003). Dzongsar Rinpoche é famoso pela liberdade descontraída com que se move entre culturas e povos e por sua dedicação incansável em trazer a filosofia e o caminho da iluminação para qualquer pessoa com um coração aberto. 


domingo, 8 de junho de 2025

A magia de ver tudo como sagrado

 


A magia de ver tudo como sagrado

 (autor desconhecido)

Quando acordamos de manhã, muitos de nós entramos em nossos telefones ou computadores automaticamente, começamos a ler, checamos mensagens, respondemos a coisas e passamos pelo mundo on-line no piloto automático.

Nós também passamos o nosso dia assim, lidando com o estresse e nos tornando cada vez mais sobrecarregados, esquecendo-nos de estar atentos e presentes.

Na maior parte do tempo, tudo parece normal. Estamos nos gerenciando. Nos bons dias, as coisas correm muito bem. Nos dias ruins, a frustração e o estresse chegam até nós de forma avassaladora.

Mas e se pudéssemos mudar tudo de uma maneira mágica?

O que aconteceria se mudássemos a maneira como vemos todas as coisas ao nosso redor, incluindo outras pessoas, incluindo nós mesmos, incluindo todas as pequenas coisas que vemos?

Tente isto: veja cada coisa como sagrada.

Veja o que acontece.

Agora, admito que “sagrado” é uma palavra muito pesada para  pessoas que não são espiritualizadas. Literalmente significa “conectado com Deus (ou deuses)”, e se você não for espiritualista, pode parecer um pouco estranho. Mesmo assim você pode ver as coisas de forma sagrada.

“Sagrado” é simplesmente elevar algo ao nível do divino. Isso pode ser Deus, se você acredita em Deus, mas poderia ser uma divindade do universo, o milagre da existência em cada momento. Se você pensar em como é louco existir e pensar em quão maravilhoso e milagroso é esse universo … eu diria que é divino, não importa no que você acredite.

Olhe para fora: as árvores, as flores e os pássaros que você vê... estão cheios de divindade. Eles são absolutamente sagrados. Assim é o vento, as estrelas, a luz do sol caindo sobre os rostos de estranhos, a capacidade de ver cores e de ter uma conversa e conexão com um outro ser humano.

Pense em todas as mudanças:

  • Se você começar a ver as coisas de forma elevada, tudo se tornará belo e agradável.
  • Se você vê outra pessoa como sagrada, então você as trata com respeito e até com amor, você olha profundamente para a beleza de seu ser e para o seu coração partido, você é grato por sua conexão com ela.
  • Se você vê suas posses como sagradas, você não as joga no lixo ou as coloca em um lugar qualquer – você as guarda com cuidado.
  • Se você vê seu trabalho como sagrado, não sente mais que é um fardo, mas um presente. Você faz isso por devoção, com amor, em vez de apenas tentar passar rapidamente por mais um dia.
  • Se você se vê como sagrado, de repente você começa a ver a bondade dentro de si mesmo. Você se trata melhor, colocando comida saudável dentro de si mesmo em vez de lixo.
  • Se você vê o mundo ao seu redor como sagrado, você passa por ele com admiração. Com uma sensação de querer aplaudir o universo por sua criação mágica. Com um senso de propósito, sendo parte deste milagre, querendo apreciá-lo completamente.

Olhe para tudo ao seu redor com admiração e apreço. 

Trate tudo com respeito e cuidado. Trate os outros como se estivesse se conectando com algo especial. E trate-se como uma manifestação do universo que de alguma forma recebeu a oportunidade de realizar a sua verdadeira natureza sagrada e pura.

 

(esse texto foi originalmente publicado no dia 16/11/2018, porém o 'site' não está mais acessível, nem consegui identificar o autor do texto. Se você souber indicar sua autoria, por favor, me informe para que eu possa registrar os devidos créditos)