sexta-feira, 12 de julho de 2013

um quarto de segundo: o livre arbítrio

Vamos revisar como os sentimentos se originam. Primeiramente, ocorre um contato direto com o estímulo sensorial, e isto serve de base para o sentimento subsequente. Por exemplo, primeiro você vê uma pessoa passando pela porta, e então reconhece a pessoa como um velho amigo ou talvez como uma ameaça; isto traz um sentimento como resposta. Uma vez que esse sentimento surge, pode por sua vez, dar origem a um desejo ou uma aversão com relação ao objeto, que não é igual ao sentimento original. 
Então, a resposta de desejo ou aversão pode levar a alguma outra coisa, como por exemplo, à intenção. Muitos desejos não resultam em intenções.
Quando sentar em meditação, você poderá notar sensações sutis e efêmeras, que são experimentadas com um certo tom de sentimento. Isso pode levar à atração, aversão ou indiferença, e esses sentimentos podem ou não dar origem a uma intenção e uma ação subsequente. 
Normalmente, essa sequência completa de eventos está unida porque nós, inconscientemente, nos identificamos com ela, ao invés de observá-la com cuidado. Por meio da aplicação da atenção plena discriminativa e cuidadosa, você pode distinguir esses eventos na sequência em que surgem.

Como explicou a psicoterapeuta Tara Bennett-Goleman, a aplicação cuidadosa da atenção plena aos sentimentos, nos oferece uma alternativa à repressão, supressão e expressão compulsiva das nossas emoções. Citando a pesquisa do neurocirurgião Benjamin Libet, Bennett-Goleman nos mostra que do momento em que surge uma intenção, a ação pretendida tem início um quarto de segundo depois. 

Tara Bennett-Goleman comenta, “Esta janela é crucial: é o momento em que temos a capacidade de seguir o impulso ou rejeitá-lo. Pode-se dizer que o arbítrio reside aqui, neste quarto de segundo.”

~ Alan Wallace – Genuine Happiness

FONTE:
http://equilibrando.me/

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