segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Um Connosco - poema

De um monge carmelo, de Portugal:

Um Connosco



«Ele fez-se um de nós,
e mais ainda,
fez-se um connosco.»


Hoje, venho adorar-Te,
Jesus Menino,
No presépio que construíste em cada irmão.
No silêncio da oração,
Vou de presépio em presépio e
Olho cada um no coração,
Procurando encontrar-Te aí.

Vejo, que olhar-Te escondido
Na pessoa do irmão,
Antes de Te adorar,
Faz-me pedir-Te perdão
Perdão, por tantas vezes não Te reconhecer;
Perdão, por tantas vezes não Te compreender;
Perdão, por tantas vezes não Te acolher.

Olhar-Te na fragilidade do presépio
que o meu irmão é,
faz-me vê-lo com olhos novos,
com os Teus próprios olhos.
Começo a ver os dons com que O revestiste
A beleza interior que lhe concedeste,
A graça com que o adornaste,
Quando o escolheste para fazer nele
O Teu presépio.

Divino Menino
Ajuda-me a fixar o meu olhar
No coração de cada irmão,
Onde Tu habitas,
Para que o possa ver sempre
Com os Teus próprios olhos,
E assim será Natal!

(Detalhe de mosaico de Marko Rupnik, SJ | séc. XXI)

Nenhum comentário:

Postar um comentário