Pingos de reflexão
dias, horas, anos,
o que são?
são apenas isso:
dias, horas e anos...
cada um lhes atribui
seus próprios significados.
A tudo que nos
rodeia, no tempo e no espaço, damos sentido.
não há dias ruins... nem os há bons...
NÓS, e somente nós,
os entendemos bons... os sentimos ruins...
objetos, datas, pessoas, em símbolos tornamos...
e por fim confundimos:
pessoas com
objetos,
fatos com utopias,
símbolos com
pessoas.
enquanto isso, cada
coisa ou pessoa
continuou sendo
aquilo que era e que é,
que sempre foi.
Mas queremos
entendê-la: a “coisa”
a “pessoa”, a “ideia”
o “símbolo”
o “ser”...
E com a mente
pensante,
a tudo complicamos,
rotulamos, julgamos,
mastigamos...
A pergunta mais
relevante,
do homem para o homem,
talvez continue sendo,
como o grego já queria: “quem somos?”
Sendo o humano, a
medida de todas as coisas,
ou sendo ele, medida de coisa alguma,
afinal, o que/quem somos?
mutável em
aparência,
imutável em essência...
ambulante e pensante...
contradição.
Heráclito e
Parmênides... por que azucrinar nossas cabeças pensantes?
Ideias... tão
barulhentas... zunindo nos ouvidos...
humano imutável em
seu ser,
é "devir" em seu aparecer.
Qual sentido tem o
mutável
se no fim só resta o sempre imutável?
Eis o labirinto da
mente: a questão da existência numa mão
e o "fio de
Ariadne" na outra...
e até hoje Minotauros devoram egos pensantes,
mastigam pensamentos inúteis,
babam emoções e esperanças vãs,
não há Teseu que os salve!
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