Havia um discípulo do Buda Shakyamuni chamado Cudapanthaka. Ele era estúpido a ponto de não conseguir memorizar o
próprio nome.
Cudapanthaka se tornou discípulo do Buda, mas apesar de fazer o seu melhor sempre, a disciplina lhe era tão
difícil que finalmente um
dia decidiu sair. Quando estava saindo, Buda o chamou e o ordenou
como seu discípulo direto, dizendo-lhe:
“Cudapanthaka, você vai ficar aqui e virado
para o leste, recite repetidamente isto ‘Limpar a sujeira! Sujeira
limpa! ’ enquanto limpa as mãos com este pano branco”.
Ele
não conseguia sequer memorizar esta frase, embora ele tentasse de várias maneiras, enquanto ele limpava suas mãos. Assim muitos dias se passaram e o
seu pano branco se tornou muito sujo
por causa da sujeira de suas mãos. Ele então ficou chateado com a
sujeira do pano e logo tentou lavar a sujeira muitas vezes, mas não
conseguiu torná-lo branco como antes. Então ficou triste e preocupado. Foi até o Buda para pedir-lhe desculpas. O Buda lhe disse:
“O seu pano branco se
tornou sujo por causa da sujeira de suas mãos, isto aconteceu pela
sujeira de sua mente. Se isto é assim, como é que vai fazer?
“Cudapanthaka respondeu:
“Farei o meu melhor para limpar a minha sujeira
e a sujeira de outros.” Ele começou a limpar tudo, o jardim, salão
principal, instalações sanitárias, sapatos, bolsas, roupas e etc,
enquanto ele recitava “Limpar a sujeira! Sujeira limpa!”
Outros
discípulos notaram isso, mas continuavam tratando-o como um tolo. Um
dia, alguns discípulos tentaram testar Cudapanthaka que ultimamente
tinha conquistado boa reputação e lhe pediram para fazer um discurso
para muitas pessoas.
No discurso, ele disse: “sou verdadeiramente uma
pessoa tola. Por isso, não tenho quaisquer bons ensinamentos para pregar
para vocês, somente aquilo que eu lembro e tenho praticado sob
orientação do Buda. Gostaria de compartilhar isso, por favor, escutem,
por favor".
Logo que ele falou isso, recitou lentamente com uma bela voz e
suavemente.
“Limpar a sujeira! Sujeira limpa! Limpar a sujeira! Sujeira
limpa!”
Os discípulos que haviam tentado testá-lo ficaram muito
impressionados com a profunda compaixão na sua voz e se desculparam com
ele. Seu breve discurso foi concluído com aplausos.
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