segunda-feira, 27 de abril de 2020

papel da mente na meditação e no despertar

Se você usa a frase “praticar os ensinamentos”, a seguinte sequência é assumida: há algum objetivo que deve ser alcançado, que há uma rota ensinada por alguém, alguma prática, para chegar a esse objetivo, e que você então usa sua mente para se mover vigorosamente em direção a esse objetivo.
A mente quer estar no controle desta operação. Quer ouvir o mestre, o guru, o professor, entender o que lhe é pedido e então usar a si mesma para se mover na direção prescrita.

Tudo isso está errado. 
A mente não é o veículo que se usa para executar os ensinamentos; ao contrário, ela é o obstáculo que previne a pessoa de diretamente experimentá-los. 
A única coisa útil e produtiva que a mente pode fazer é desaparecer.

Sri Ramana Maharshi sempre disse que seus ensinamentos verdadeiros foram dados em silêncio. Aqueles que estavam receptivos foram os que conseguiram sair do caminho mental, permitindo que as emanações silenciosas de Sri Ramana operassem neles.

Num dos versos do seu poema filosófico Ulladu Narpadu, escreveu:

“Quem pode meditar naquilo que é só o que existe? Não se pode meditar nisso porque isso não está aparte daquilo. Só se pode sê-lo.”
🔻Essa é a essência dos ensinamentos de Sri Ramana.🔻


Em outra parte deste mesmo trecho, ele aborda o papel da mente no caminho do autoconhecimento
A única coisa útil e produtiva que a mente pode fazer é desaparecer“. 
Desaparecer, em tradução aproximada, seria se recolher ao silêncio profundo e soltar a ideia de controle, deixando o Ser brilhar.  

Como diria Sri Nisargadata Maharaj, outro venerado indiano do Yoga, “não é o que você faz que importa, mas o que você deixa de fazer".




fonte: Dharmalog.com

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