O homem
está dormindo. Este sono não é o sono comum, é um sono metafísico. Mesmo
quando você pensa que está acordado, você permanece adormecido.
Com os olhos abertos, andando na rua, trabalhando em seu escritório, na escola ou na biblioteca, na igreja ou no clube, você permanece adormecido... você está adormecido em todo lugar. Você está simplesmente adormecido.
Esse sono metafísico tem de ser quebrado, esse sono metafísico tem de ser completamente abandonado. A pessoa tem do tornar-se uma chama de consciência. Somente então a vida começa a ser significativa, somente então a vida ganha significado, somente então é vida, não a vida do dia-a-dia, comum, rotina maçante - a vida tem poesia em si e mil e uma flores de lótus no coração. Então há Deus.
Com os olhos abertos, andando na rua, trabalhando em seu escritório, na escola ou na biblioteca, na igreja ou no clube, você permanece adormecido... você está adormecido em todo lugar. Você está simplesmente adormecido.
Esse sono metafísico tem de ser quebrado, esse sono metafísico tem de ser completamente abandonado. A pessoa tem do tornar-se uma chama de consciência. Somente então a vida começa a ser significativa, somente então a vida ganha significado, somente então é vida, não a vida do dia-a-dia, comum, rotina maçante - a vida tem poesia em si e mil e uma flores de lótus no coração. Então há Deus.
Deus não é uma teoria, não é um argumento. É uma experiência importante na vida. E a importância só pode ser sentida quando você não está adormecido. Como você pode sentir a importância da vida estando adormecido? A vida é significante, imensamente significante. Cada momento dela é precioso. Mas você está adormecido. Apenas olhos despertos podem ver essa importância, viver essa importância.
Um desses
dias houve uma pergunta. Alguém indagou: Osho, você fica nos dizendo para
celebrar a vida. O que há para celebrar? Eu posso entender. A
pergunta é relevante. Parece não haver nada para celebrar. O que há para
celebrar? A pergunta dele é a sua pergunta, é a pergunta de todo mundo.
Mas a
realidade é exatamente o contrário. Há tudo para celebrar. Cada momento é tão
imenso, tão fantástico, cada momento traz tanto êxtase. . . Mas você está
adormecido. O êxtase vem, paira ao seu redor e se vai. A brisa vem, dança
ao seu redor e se vai. E você permanece adormecido. As flores
desabrocham e a fragrância vem a você, mas você está adormecido. Deus
fica cantando de mil e uma formas, Deus dança ao seu redor, mas você está
adormecido.
Você me pergunta: O que há para celebrar? O que não há para celebrar? Tudo que uma pessoa pode imaginar está aí. Tudo que alguém pode desejar está aí. E é mais do que você pode imaginar. É em abundância. A vida é um luxo!
Pense num homem cego. Ele nunca viu uma rosa desabrochar. O que ele tem perdido? Você sabe? Você não pode sentir nenhuma compaixão por ele? Ele tem perdido algo, algo divino. Ele não vê o arco-íris. Ele não vê o nascer nem o pôr-do-sol. Ele não vê as folhagens das árvores. Ele não vê a cor. Que escura é a consciência dele! E você tem olhos e diz: O que há para celebrar? O arco-íris está aí, o pôr-do-sol está aí, as árvores verdes estão aí, uma existência tão colorida...
Você me pergunta: O que há para celebrar? O que não há para celebrar? Tudo que uma pessoa pode imaginar está aí. Tudo que alguém pode desejar está aí. E é mais do que você pode imaginar. É em abundância. A vida é um luxo!
Pense num homem cego. Ele nunca viu uma rosa desabrochar. O que ele tem perdido? Você sabe? Você não pode sentir nenhuma compaixão por ele? Ele tem perdido algo, algo divino. Ele não vê o arco-íris. Ele não vê o nascer nem o pôr-do-sol. Ele não vê as folhagens das árvores. Ele não vê a cor. Que escura é a consciência dele! E você tem olhos e diz: O que há para celebrar? O arco-íris está aí, o pôr-do-sol está aí, as árvores verdes estão aí, uma existência tão colorida...
Mesmo
assim eu entendo. Sua pergunta é relevante. Entendo que sua pergunta tem algum
sentido. O arco-íris está aí, o pôr-do-sol está aí, o oceano, as nuvens, tudo está
aí — mas você está adormecido. Você nunca viu uma rosa. Você passou por
ela, você olhou a rosa — não estou dizendo que não a tenha olhado, você tem
olhos, assim, você olha — mas você não a viu, não meditou sobre ela, você não
deu nem um único momento de sua meditação a ela, você nunca esteve em
sintonia com ela, você nunca esteve ao lado dela, sentado perto, em
comunhão, você nunca disse ‘oi’ para ela, você nunca participou com ela. A vida
passa, você continua aí, sem participar. Você nunca está em harmonia com a
vida, por isso sua pergunta é significativa. Você tem olhos, mas não vê, tem
ouvidos e não ouve, tem coração e não ama — você está profundamente adormecido.
Isso tem
de ser entendido, eis porque continuo a repetí-lo muitas vezes. Se você
entende que está adormecido, o primeiro raio do despertar entra em você. Se
você pode sentir que está adormecido, então você não está mais, então você está
exatamente à beira de onde o dia se rompe — a manhã, a alvorada.
Mas a primeira coisa essencial é entender que “eu estou adormecido”. Se você pensa que não está adormecido, você nunca estará acordado. Se pensa que essa vida que você tem levado até agora é a vida de um ser acordado, por que então você deveria buscar e procurar caminhos para acordar a si mesmo? Quando um homem sonha e sonha que está acordado, por que ele deveria tentar acordar? Ele já acredita que está acordado. Esse é o maior truque da mente e todos estão sendo enganados por ele. O maior truque da mente é dar a você a ideia de ser aquilo que você não é, é ajudá-lo a sentir que você já é aquilo.
Mas a primeira coisa essencial é entender que “eu estou adormecido”. Se você pensa que não está adormecido, você nunca estará acordado. Se pensa que essa vida que você tem levado até agora é a vida de um ser acordado, por que então você deveria buscar e procurar caminhos para acordar a si mesmo? Quando um homem sonha e sonha que está acordado, por que ele deveria tentar acordar? Ele já acredita que está acordado. Esse é o maior truque da mente e todos estão sendo enganados por ele. O maior truque da mente é dar a você a ideia de ser aquilo que você não é, é ajudá-lo a sentir que você já é aquilo.
Osho, em "Sufis: O Povo do Caminho"
Insólito caso vivido por Ouspensky
Quando caminhava pelas ruas de São Petersburgo, Ouspensky propôs-se a não esquecer nem por um minuto sequer de si mesmo. A todo momento recordava-se de si mesmo. Declara que até já via um aspecto espiritual em todas as coisas. Sentia-se transformado, aumentava a sua lucidez espiritual, etc. No entanto, algo curioso aconteceu… De repente, sentiu necessidade de entrar em uma tabacaria para comprar seus cigarros. Depois que o atenderam e embrulharam seu pedido de cigarros, saiu tranqüilamente fumando ao longo de uma avenida. Andou por diversos lugares recordando diferentes temas, ocupado em vários assuntos intelectuais, etc. Logo, ficou absorvido em seus próprios pensamentos. Uma hora e meia mais tarde, chegava em casa. De repente, observou bem a sua habitação, seu quarto de dormir, a sala, o escritório e lembrou-se que tinha dormido. Havia andado por tantos lugares com a sua consciência adormecida. Ao entrar na tabacaria, suas boas intenções de permanecer desperto tinham se reduzido a poeira cósmica. Lamentou a situação; entre a tabacaria e a sua casa passara-se uma hora e meia e todo esse tempo passeara pelas ruas da cidade com a consciência completamente adormecida.
Samael Aun Weor
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