sexta-feira, 3 de abril de 2020

Tempo e espaço: o que são? - Eu e o outro: o que somos?

 

O objetivo desta reflexão é compreender um pouco mais sobre a natureza da consciência, bem como do tempo e do espaço (fenômenos subjacentes à percepção que temos do mundo).

 

Tempo e espaço são reais e independentes da noção de ego? Eles existem independentes de nossa própria percepção corporal?

 

 

 

O que é "mundo exterior" e "mundo interior"?


Existe um espaço objetivo, além de nossa percepção corporal e mental??

  Existe um tempo e um espaço objetivos, que pudessem existir por si só, situando-se além de nossa experiência subjetiva de percepção?

Noutras palavras: tempo e espaço são realidades que independem do sujeito?

Sem nosso corpo-mente, algo pode ser experimentado? 

E como diferenciaríamos exterior e interior se fôssemos pura consciência, sem corpo/mente que nos permitisse interpretar fenômenos?



Sobre a real natureza do tempo e do espaço

Preliminarmente, façamos uma breve reflexão sobre a natureza do tempo, do espaço e do mundo tridimensional: 

Quase todos nós "experimentamos" (em nosso atual nível de percepção/consciência) um único paradigma, dentre tantos possíveis: o paradigma do mundo físico, condicionado pela 4ª dimensão, que conhecemos como tempo/espaço, sobre a qual temos frequentemente, apenas uma vaga percepção.

Ocorre que nossa "experiência" sensorial nos diz que a realidade material é tridimensional, e que o tempo e o espaço são duas "realidades" objetivas, certo? 

Mas, e se estivermos enganados? E se nossa "realidade" for bem diferente disso que acreditamos que é? E se o tempo e o espaço forem uma ilusão?

Há muitos físicos, filósofos e místicos afirmando que é nossa consciência, em constante movimento que nos dá a sensação ilusória do tempo que passou, e do tempo que ainda virá... Vamos tentar compreender bem isso?

Observe como tudo que chamamos de passado, nada mais é do que um conjunto de "recordações", de memórias subjetivas acumuladas. Estão na mente (subjetiva), e não fora dela. Tais memórias, costumamos chamar de 'ego', ou 'eus psicológicos'. 

E o que chamamos de futuro? Nada além de um conjunto de projeções ou imaginações que poderiam ser facilmente classificadas como alucinações... mais uma  vez, todas elas baseadas em experiências passadas. Isso é fato: embora aparentemente dotados de mente sã, estamos alucinando quase o tempo todo! E o mais incrível: isso acontece tanto de dia, como de noite, enquanto sonhamos ou temos pesadelos.

Geralmente pensamos no tempo como algo objetivo e mensurável, já que aparentemente o experimentamos como "algo que flui" (embora ninguém consiga defini-lo ao certo). 

A essa aparente fluição chamam de passado, presente e futuro. Então criamos um aparelho para "medir objetivamente" o fluir desse tal tempo: o relógio. Esse instrumento certamente tem sua utilidade prática no dia a dia, mas... podemos efetivamente dizer que ele mede objetivamente isso que chamamos "tempo"? 
Nossa vida comum agora está organizada em compromissos que passam a ser "cronometrados", mas poucos reparam que o mover desses ponteiros não evidencia a existência de qualquer tempo concreto, objetivo. Um relógio faz apenas a "medida do movimento", parafraseando o famoso filósofo grego Aristóteles (evidentemente, sem movimento, não é possível se falar em tempo. Se o universo fosse imóvel, não haveria tampouco percepção de tempo)... 

Assim, o relógio não mede tempo objetivo algum, mas apenas tenta traduzir em linguagem humana, a duração ou a frequência do movimento dos corpos ou fenômenos percebidos mentalmente. 
Noutras palavras, tenta medir a frequência com que fenômenos naturais sofrem transformações, ou se repetem, permitindo a comparação e a rotulação destes mesmos fenômenos com outros semelhantes.

Vejam como é fácil perceber a falácia do tempo considerado objetivamente (existente de forma independente de nossa percepção):


Se alguém nos perguntar "quanto dura o movimento do planeta em torno do sol", só sabemos repetir convenções arbitrárias criadas por nós mesmos... Podemos até dizer que um ano dura "365 dias, 5 horas, 48 minutos e alguns segundos, mas... o que significa "um dia"? alguém dirá: 24 horas... Mas o que significa "uma hora"? 60 minutos...e assim por diante...
resumindo: Uma parte que pode ser subdividida em partes menores, sucessiva e indefinidamente... até que nossa própria percepção de aparente fluidez do tempo não mais sirva para nada. 
Assim, você não consegue, empírica e intuitivamente, saber "quanto dura" "um segundo"... Por que não?
Porque se trata de uma convenção humana! Não estamos efetivamente diante de um fenômeno objetivo, mas apenas de uma medida inventada pelo próprio ser humano, para traduzir algo que ele próprio entende (ou não entende) como o aparente "fluir do tempo".

O próprio humanoide, para comunicar acontecimentos, convencionou a existência de um "tempo passado", de um "tempo futuro"... Um pouco depois, isso já não foi suficiente e passou a fracioná-lo segundo critérios ainda mais arbitrários, decidindo "qual o tamanho" de cada "pedaço de tempo". 
Fica claro que ninguém na verdade sabe definir o que é o tempo. 

Você poderia objetar: "mas, percebo o tempo passando! logo, ele (tempo) é real... Percebo o que é meu passado, meu presente e o que pode ser o futuro..." 
Sim, a percepção subjetiva (e portanto amplamente relativa e variável) do tempo nos dá a sensação de que o tempo está passando... e não nos damos conta de que estamos percebendo algo que é psíquico, mental, não físico, não concreto.

Existe uma outra ilusão de ótica que pode ser usada como metáfora: quando você ainda é criança e adentra um trem, logo que ele começa a se mover lentamente, você tem a nítida sensação/percepção (ilusória) de que são os objetos e pessoas lá fora do trem que estão se movendo. Demora algo para você se dar conta de que é "você" (situado dentro do trem) que se move. Hoje você sabe que movimento aparente do "mundo exterior" ao trem é uma ilusão.
Do mesmo modo, devido ao nosso estado de consciência, ainda cremos que é o tempo que passa (que flui, que se movimenta), quando de fato, é você que está "se movendo" no eterno Agora (também conhecido como eternidade).

Noutras palavras: Como a percepção do "transcorrer do tempo" acontece na mente e não se trata de algo absolutamente real e objetivo que se possa encontrar no mundo (que seja completamente independente do próprio percebedor), podemos concluir que o tempo se trata de um "fenômeno" físico-mental absolutamente subjetivo. Isto é: para cada pessoa, o tempo é percebido/sentido mentalmente de forma diferente, conforme o que e como tal pessoa esteja experimentando com seu corpo-mente. 

Veja ainda que a percepção deste tempo se molda conforme o contexto: se estamos dormindo ou acordados, se estamos sob efeito destas ou daquelas substâncias químicas, etc. Sentindo intenso prazer no corpo/mente, a sensação será de que o tempo se desvanece, quase desaparece, dissolve-se, se sente como que "fluindo muito rapidamente"... já, se estiver sentindo intensa dor física ou sofrimento psíquico, imediatamente o tempo passa a ser sentido fluindo mais intensa e lentamente.  


Ademais, Einstein demonstrou que essa mesma relatividade do tempo psicológico (passando mais rápido ou mais devagar) também se estende ao tempo enquanto dimensão puramente física, inclusive podendo ser mensurada. Ele percebeu e demonstrou matematicamente que o tempo pode sim variar também conforme nossa velocidade de deslocamento, bem como conforme as distorções promovidas por grandes concentrações de massa onde se encontre o sujeito observador. Assim, quanto mais próximo de uma grande concentração de massa (um planeta, um sol ou um buraco negro), mais lentamente o tempo passa para esse observador que está ali situado.

Além disso, antropologicamente falando, sabemos que culturas muito distintas possuem paradigmas diferentes para compreender o tempo e sua aparente passagem. Isto é, diferentes culturas enxergam ou interpretam o tempo de maneiras também distintas e até contraditórias entre si.

Assim, sem um corpo e, consequentemente, sem mente, como seria possível perceber o tempo? 


Não seria. Perceberíamos unicamente a eternidade, um único Agora (passado, presente e futuro unificados, integrados.. Não veríamos um filme, mas um "grande quadro" incluindo tudo simultaneamente).


O mais impressionante é que problema semelhante também ocorre com o espaço: geralmente o pensamos como algo externo a nós, e frequentemente confundimos as convenções de medidas espaciais com o espaço aparente em si mesmo.
Mas tal qual o tempo, o espaço também só é perceptível no contexto da consciência ou inconsciência do sujeito percebedor. Noutras palavras, só percebemos o espaço porque temos um corpo e uma mente que "traduz" nossas experiências em termos de fenômenos espaciais e temporais. 
Nosso corpo é nossa medida e nosso limite de conhecimento da realidade aparente em movimento... 
Assim, o espaço é uma elaboração neurológica e psicológica para a compreensão do que o mundo é.
Basta observar o que acontece durante um sonho simples. Todo o espaço percebido e vivenciado pelo sonhador é "psiquicamente" construído e preenchido com "pessoas e objetos" sem quaisquer dimensões físicas concretas ou palpáveis. Não obstante, interagimos com todos eles indistintamente, e nossa percepção nos diz que são reais físicos.


O que acontece enquanto dormimos?

É fato científico evidente que, enquanto dormimos, nossa mente continua totalmente ativa (tal qual se estivéssemos "acordados", no chamado 'estado de vigília'). A diferença é que enquanto o corpo 'dorme', nossos medos, desejos, em forma de memórias, se encontram sem os filtros da moral e das leis e códigos de conduta. Uma vez soltos, sem as limitações temporais e espaciais, sem a repressão da sociedade, manifestam-se bem mais livre e desordenadamente, o que pode explicar em parte o porquê da sensação/percepção de confusão e surrealismo que se experimenta nos sonhos. 

Ocorre que, embora tais alucinações oníricas pareçam desaparecer no instante em que acordamos em nossas camas, o fato é que elas continuam existindo noutros níveis mentais, não tão perceptíveis. Uma vez em estado de vigília, temos inúmeras obrigações, tarefas e distrações. Mas o que pode nos assegurar que as vivências que referimos como "mundo exterior" realmente estão acontecendo "fora de nós mesmos"?

Se tivéssemos alguma doença neurológica ou psíquica grave, seria relativamente fácil distinguir entre imaginação/alucinação e realidade: Bastaria que outra pessoa confiável confirmasse a ocorrência factual daquilo que também estamos aparentemente experimentando.
Mas e quando o sonho é compartilhado (quando quase todas as pessoas que você conhece também vivenciam o mesmo processo psíquico), como distinguir ou assegurar o que externo, real, daquilo que é produto de nossa própria mente? 
Como diferenciar o mundo dito externo daquele que é puramente interno? 
Como compreender que está sonhando, que tudo a sua volta não passa de um espelhamento de si mesmo, de suas fantasias, desejos, medos, anseios, aversões e ambições? 
Como convencer os demais de que estão sonhando e projetando, com suas mentes, as "realidades" que acreditam serem puramente externas, reais?

O filósofo alemão Kant já havia entendido isso e já asseverava que tanto o espaço, quanto o tempo independem da experiência empírica, não estão fora do sujeito, nem são propriedades das coisas, mas constituem estruturas transcendentais (subjetivas, pertencentes ao sujeito cognoscente) que permitem o ato de conhecer.


Distraídos


Distraídos! ...distraídos estamos. Acreditamos que o real é apenas o que vemos e tocamos... e apelidamos a isso tudo de "mundo exterior". E nos convencemos da existência real e absoluta de uma dualidade entre mundos: exterior e interior.

Mas quem sonha (com o corpo dormindo na cama), sonha em qual mundo? 
Quem está acordado, vive em qual mundo?

O mundo dos sonhos é tão "interior" e ao mesmo tempo tão irreal, subjetivo e fantasioso quanto o mundo que chamamos "exterior", que chamamos de mundo real. Por que dizemos isso?

Porque no fundo, nossas percepções (tanto no caso do sonho, como no caso da experiência tridimensional) continuam tendo como fonte nossas próprias mentes...
Sonhos são gerados, em boa parte, como notou Freud, a partir de nossos medos, desejos, fantasias, anseios, projetos, imaginações, fragmentos de memórias etc...
Uma vez acordados fisicamente, continuamos vivenciando no dia a dia, o efeito aparentemente mais concreto de nossos desejos, medos, memórias...
Então, qual dos mundos é menos real? qual dos mundos é mais subjetivo? Aquele que acreditamos ser o interno ou aquele que dizemos ser o "externo"?

Comparando-se sua vida quando crê que está acordado, com aquela outra experiência de quando sonha à noite em sua cama, temos que: Você, o sonhador, enquanto sonha, crê quase sempre, que está acordado, FAZENDO, FALANDO, ANDANDO, VIBRANDO, COMENDO, COMPRANDO, CASANDO, SOFRENDO, GOZANDO... mas está só... DORMINDO!


Agora: o que ocorre com esse mundo do seu sonho, com todas as pessoas, coisas e situações, quando você, o sonhador, desperta na cama?

Qual a verdadeira e objetiva realidade de tudo que o sonhador sonhou durante os momentos de sonho que às vezes pareceram horas, às vezes dias ou meses?

Para onde foi aquele "espaço", o que sucedeu àquele "tempo", àquela realidade onírica?

E aqui nesse outro mundo que você chama de mundo real, exterior? Aqui você também passa suas horas, FAZENDO, FALANDO, CORRENDO, COMPRANDO, SOFRENDO, GOZANDO... Quando você morrer e esse mundo não for mais sua realidade, o que terá acontecido com as pessoas, coisas e situações que vivenciou? o que será feito de todas as suas ações, pensamentos, projetos, conflitos, paixões, posses?

 

"Não há lá fora"! 


O que você vê e sente, é sempre, em qualquer plano dimensional, reflexo de sua percepção. Esta percepção tetradimensional (comprimento, largura, altura e tempo), por sua vez, só é possível, graças à existência de um complexo chamado corpo-mente. 
Sua consciência, pouca ou muita, desdobrada em planos dimensionais distintos, conforme a frequência em que se está vibrando, perceberá o mundo como externo a si, mas no fundo, experimenta um mundo que só existe dentro dessa mesma consciência, e que se projeta como separada do experimentador, graças à própria mente que projeta, que cria a imagem do mundo "lá fora".
Objetivamente, de fato, só há um mundo, uma realidade! Essa dualidade que se traduz no dilema "interior versus exterior" é o princípio da ilusão, da delusão que nos afeta... 

Em estado sonambúlico, sonhamos e "vemos" uma separação... do mesmo modo que o sonhador à noite em sua cama, imaginou um mundo cheio de pessoas e acontecimentos, o qual sabemos, só existiu dentro de sua mente psicológica, graças a sua própria imaginação, medos, fantasias etc.
Não há nada externo que não esteja internamente em nós representado...
Nenhuma ação, nenhuma bênção, nenhuma desgraça, nenhum paraíso, nenhuma tragédia, nenhum milagre, nenhum conflito, nenhum crime!
Nada há nenhum interno que não se projete, de algum modo, naquilo que ordinariamente denominamos 'exterior'. 

Algumas conclusões

Toda essa reflexão tem por fim chamar a atenção para nos darmos conta de que a realidade que aparentemente nos cerca, constitui mera projeção de nós mesmos (incluindo-se aqui o que chamamos consciente e inconsciente), percebida por nós mesmos de uma maneira subjetiva (embora nossos corpos nos confiram a ilusão de que estamos experimentando coisas, pessoas ou acontecimentos externos a nós mesmos). 

A consciência, que naturalmente abarca toda a experiência possível, sempre só percebe conteúdos e projeções contidas nela mesma! Não é o mundo que contém o corpo e não é o corpo que contém a mente e a consciência. Mas é a consciência que contém a mente e que contém o corpo e o mundo experimentado. Nada há além da consciência.  
Essa consciência (que é você, que sou eu, que somos nós todos), originalmente universal, não mensurável e impessoal, quando se desdobra em mente-corpo e passa a projetar conteúdos, percebe-se agora a si própria, como limitada, individualizada e definida (temporal e espacialmente)... então se vê como "pessoa", como "indivíduo", e passa a ver outras partículas de consciência não como partes de um mesmo todo (a consciência universal, impessoal e original), mas como o "outro", separado, diferente, limitado...

Tendo em vista que não existe uma separação objetiva entre o que é o mundo exterior e o mundo interior, concluímos que cada um de nós está mergulhado em sua própria simulação de realidade, em sua própria "matrix"! 

Tal simulação é sempre criada a partir de nossa própria consciência​, a qual se acha mais ou menos condicionada pelas memórias (egos, pensamentos, eus psicológicos, programas contendo instruções de interpretação da realidade e de reação mecânica a certos estímulos). 

Mas, se cada pessoa tem sua própria simulação, por que tantos milhões ou bilhões de pessoas têm experiências tão semelhantes, dando-nos a impressão que vivemos todos os mesmos acontecimentos, a "mesma realidade exterior"?
Como muitas memórias (a maioria) são coletivas, então temos a sensação de que o mundo que vivenciamos é idêntico ou similar ao mundo que acreditamos estar sendo vivenciado por outras pessoas. Pode-se dizer então, há um sonho coletivo, ou um pesadelo coletivo.

Essas outras pessoas e acontecimentos que eu vejo... elas então não existem de verdade? São alucinações? Longe disso! Existimos enquanto consciência, não é? Todos existem enquanto consciência! Mas como não nos percebemos como consciência impessoal, infinita, sem forma, o que percebemos são consciências personificadas... Mesmo havendo eventos onde encontramos "outras consciências" dentro das nossas simulações de realidade, as pessoas que encontramos são espelhos, reflexos, versões adaptadas pela nossa própria consciência. Ou seja: as consciências existem, mas não da forma como as vemos ou imaginamos que são (com nossa percepção egoica).


Isso significa que originalmente, enquanto consciência, não temos forma (sem limitações dimensões) não temos início ou fim (atemporais), somos todos UM SÓ. 
E, pensando bem, é nisso que afinal consiste a profunda noção do amor, que muitos confundem com emoções, paixões, apegos, medos e uma porção de outros sentimentos ilusórias, todas tão equivocados quanto egóicos.
Assim, só pode amar, aquele que compreendeu profundamente aquilo QUE É, ou AQUILO DO QUAL FAZ PARTE, que percebe a inexistência de "outro" diferente de si mesmo. Experimentar amor só é possível àqueles que vivem nessa compreensão de unidade absoluta.
Do contrário, só sentimos e percebemos a separação, a dualidade (em todos os níveis e aspectos), a limitação, a individualização e todas as suas implicações, sendo a mais banal delas, a crença na existência de um ego pessoal, de um eu permanente, de pessoa separada do resto do mundo. 

Uma dos principais aprendizados nesta "realidade em que vivemos" é que somos absolutamente responsáveis por tudo que vivenciamos, embora muitas vezes preferamos nos enganar, acreditando que somos vitimas das situações ou de outras pessoas. Não somos vítimas no sentido rigoroso da palavra. Somos os reais artífices e criadores de nossa própria realidade, seja ela um paraíso, seja ela um inferno. Nós plantamos nossos paradigmas e intenções, nós colhemos os resultados. 

 

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