"O jeito de
mudar o mundo" passa necessariamente pelo 'meio' da educação.
Afinal, alguém nasce com nojo de gays, de judeus ou de nordestinos? algum ser humano nasce odiando/amando? alguém nasce racista ou 'skinhead'? alguém nasce com medo de barata ou adorando cães e gatos? alguém nasce torcedor do Flamengo ou do Palmeiras?
Seja o respeito, seja o desprezo pelo 'outro', todos são comportamentos aprendidos socialmente, portanto, culturalmente construídos e introjetados nos indivíduos que fazem parte de certo grupo. Isto não lhe parece óbvio?
Sendo assim, a 'educação' e os exemplos vivenciados no dia a dia, desde que nascemos, tem papel importantíssimo na dinâmica dos relacionamentos entre as distintas ‘tribos urbanas’, entre os distintos grupos e tipos étnicos, exerce importantes condicionamentos no modo 'como lidamos' uns com os outros.
Não é necessário negar a influência do fator genético. A falácia está em atribuir a esta única variável, todo o resultado final da 'equação' do comportamento humano. Tampouco podemos dizer que tudo é culpa do ambiente. Há interações entre estes dois fatores citados e também há uma coisa que geralmente muitos cientistas se esquecem: o livre-arbítrio.
A liberdade humana também existe, mas na prática, as opções evidentemente acabam sendo muito mais limitadas. Não se trata de ser ingênuo e romântico a ponto de imaginar que todos pensam e sentem livremente, que escolhem sem a influência dos estímulos e condicionantes que há a sua volta. Condicionamentos sociais ou naturais são forças impressionantes que não se deve desprezar, mas tampouco são determinantes absolutos de quem somos...
No final, quaisquer influências acabam tendo um caráter mais ou menos relativo. Somos o resultado da interação entre fatores genéticos, congênitos, ambientais (socioculturais, linguísticos, religiosos etc), e transcendentais (subjetivos, racionais, intelectuais, volitivos) que estão dentro de nós.
Pensemos nisso.
Silvio MMax.
Pesquisador se descobre psicopata ao analisar o próprio cérebro
24/12/2013
Um neurocientista americano que fazia estudos com criminosos violentos descobriu, por acaso, que ele próprio tinha "cérebro de psicopata".
Casado e pai de três filhos, James Fallon, professor de psiquiatria e comportamento humano da University of California, Irvine (UCI), disse à BBC Brasil que a descoberta fez com que ele reavaliasse seus conceitos a respeito de quem era. E transformou suas convicções enquanto cientista.
A experiência de Fallon, descrita no livro The Psychopath Inside, teve grande repercussão na internet.
Comentando o caso, um neurologista ouvido pela BBC disse que estamos interpretando os conhecimentos gerados pela genética de maneira "perigosa".